Este artigo aborda a linguagem no ensino de Geografia. Surge da seguinte problemática: quais linguagens são relacionadas ao conteúdo de região que estão presentes no ensino de Geografia? Dentro do ensino sobre região, no âmbito do 7º ano, considerando o uso de diferentes linguagens em escolas públicas da cidade de Juazeiro do Norte, realizou-se, metodologicamente, uma pesquisa exploratória em documentos como Projetos Políticos Pedagógicos-PPP, Regimentos Escolares-RE e o livro didático de Geografia; observações e registros das aulas dos professores de Geografia no 7º ano sobre o conteúdo regional com o propósito de identificar o uso das linguagens no ensino de região. Isto nos levou a verificarmos lacunas quanto ao uso de linguagens diversas no ensino de Geografia. Assim, situamos o Geozine como uma linguagem que combina esteticamente diferentes elementos artísticos, textos em prosa e versos, imagens, colagens, que amplia as condições metodológicas para o ensino de geografia. O Geozine se constitui como uma releitura do Fanzine, porém, com um olhar de reflexão de construção de conceitos Geográficos, que usa a arte e as linguagens criadas pelos alunos, e onde o professor é o mediador que, então se refaz enquanto educador.
A leitura das cidades pode ser feita por meio de diferentes fontes. Neste artigo,privilegiamos o registro fotográfico da cidade de Caicó, localizada na região do Seridó, no estado Rio Grande do Norte, e o olhar como ferramenta que possibilita geografizar essa iconografia. O livro Álbum fotográfico de Caicó (1995) é um reservatório que constela imagens importantes e o suporte para adentrarmos no espaço urbano. Para ler as imagens, geografizando-as, utilizaram-se algumas noções como as defendidas por Alberto Manguel (2001) de que as imagens e as palavras são a matéria pelas quais somos feitos; a referência à imagem imaginada de Gaston Bachelard (1993); a perspectiva de similitude de Michel Foucault (1988); e a complexidade de Edgar Morin (2008). A aproximação entre essas ideias significa uma estratégia para conduzir o olhar na geografização das imagens urbanas, fazendo reverberar lembranças, sensações, devaneios na composição da leitura do espaço citadino.
A relação entre cultura e espaço é discutida nesse artigo a partir das práticas festivas, mais especificamente, dos folguedos. Trafegando pelas trilhas das manifestações populares representadas pelos folguedos, reflete-se sobre a sua espacialidade como um viés que se enreda pelo espaço, favorecendo a identidade com o lugar. Nessa perspectiva, analisou-se os folguedos da Vila de Ponta Negra, na Cidade de Natal, enquanto manifestação da cultura que assume expressão socioespacial. A metodologia baseou-se em pesquisa bibliográfica acerca dos conceitos de cultura, festas populares, folguedos, espaço, lugar e identidade; pesquisa historiográfica sobre as origens e as características dos folguedos da vila; e, pesquisa de campo, por meio de entrevistas junto aos brincantes e mestres dos folguedos, e observação in loco de eventos nos quais os grupos se apresentaram. As análises empreendidas denotam que os folguedos da vila se instituem como fios da trama que articula cultura e espaço, reveladora do sentimento de pertença ao lugar. São práticas culturais que se inserem no processo de produção da cidade, no qual sujeitos anônimos são transformados em protagonistas, em um cenário onde o espetáculo vivifica a tradição, a identidade e o sentimento de pertença. PALAVRAS-CHAVE:Cultura, Espaço, Folguedo, Lugar. POWER RELATIONS BETWEEN THE SETTLED AND THE OUTSIDERSThe relationship between culture and space is discussed in this article from the festive practices, more specifically, folguedos. Traveling along the paths of popular manifestations represented by the folguedos, the article reflects on their spatiality as a bias that is entangled in space, favoring the identity with the place. From this perspective, the research analyzed the folguedos of Vila de Ponta Negra, in the city of Natal, as a manifestation of culture that takes social-spatial expression. The methodology was based on bibliographic research about the concepts of culture, popular festivities, folguedos, space, place and identity; historical research on folguedos of Vila origins and characteristics; field research through interviews with players and masters of folguedos, and in loco observation of events in which the groups presented. The analysis denote that folguedos of Vila are instituted as plot threads that articulate culture and space, revealing the sense of belonging to the place. They are cultural practices that fall within the city's production process, in which anonymous subjects are transformed into protagonists in a scenario where the show revives the tradition, the identity and the sense of belonging.
Edgar Morin é considerado o formulador de uma epistemologia da complexidade, artífice do pensamento complexo, da reforma do pensamento e um dos propositores da reforma da educação em bases transdisciplinares. Mais do que uma proposta de natureza programática, a noção de educação para a complexidade se pauta por princípios epistemológicos e meta-temas capazes de se desdobrar em saberes que religam a tríade indivíduo-sociedade-espécie. Este artigo apresenta um panorama alargado da emergência das ciências da complexidade em Edgar Morin, emergência no interior da qual se situa sua aposta na educação. É também um produto parcial dos estudos e pesquisas das autoras em torno da obra de Edgar Morin ao longo de mais de duas décadas. Daí porque se recorre aqui a fragmentos de produções anteriores das autoras, bem como aos registros de suas aulas expositivas nos Ateliês Educação e Complexidade oferecidos regularmente no Programa de Pós-Graduação em Educação da UFRN.
O presente artigo é resultado de parte de uma pesquisa de mestrado, realizada no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Geografia – Mestrado Profissional (GEOPROF), pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Ele busca apresentar as principais dificuldades relatadas pelos professores de Geografia das escolas públicas da rede estadual de Educação do RN, localizadas em Natal, e suas estratégias metodológicas utilizadas para ensinar Geografia. Os dados foram obtidos por meio da realização de questionários com os professores. Por meio dos quais obtivemos os seguintes resultados: as principais dificuldades apresentadas por esses professores estão atreladas a falta de recursos didáticos específicos para a disciplina de Geografia e as dificuldades de leitura e escrita de muitos alunos. Dentre as principais estratégias metodológicas citadas, a aula expositiva é a de maior destaque, com suporte do livro didático, que por sua vez é a base da seleção dos conteúdos. A avaliação, embora a prova escrita seja utilizada como recurso principal, também é realizada por outros meios como: atividades do livro ou elaboradas pelo professor e trabalhos de pesquisa.
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