Neste trabalho são apresentadas observações sobre a diversidade, sazonalidade e aspectos da nidificação de vespas solitárias em ninhos armadilhas colocados na Fazenda Experimental da Fundação Educacional de Ituiutaba, MG. As vespas nidificaram em gomos de bambu e em tubos de cartolina preta com 58 e 85 mm de comprimento e diâmetro interno com 6 e 8 mm, denominados de tubos pequenos (=TP) e tubos grandes (=TG), respectivamente. Os dados foram coletados mensalmente, durante dois anos. Um total de 296 ninhos de vespas foram obtidos sendo, 236 de Sphecidae (8 espécies) e 60 de Eumeninae (4 espécies). As nidificações ocorreram em maior freqüência durante a estação quente e chuvosa (setembro a abril) com os meses de fevereiro para os Sphecidae e janeiro para os Eumeninae, aqueles de maior atividade. Trypoxylon lactitarse Saussure nidificou durante todo o período de observação enquanto que, Pachodynerus praecox Saussure foi a única espécie que nidificou somente na estação fria e seca (maio a agosto). Os ninhos armadilhas mais utilizados foram TG (57,6% dos ninhos) pelos Sphecidae e TP (78,6% dos ninhos) pelos Eumeninae. Dentre os Sphecidae, a espécie mais abundante foi T. lactitarse (61% dos ninhos) e dentre os Eumeninae foi Pachodynerus brevithorax Saussure (80% dos ninhos). Além da estrutura dos ninhos, são apresentadas também observações sobre a estrutura dos casulos, mortalidade e inimigos naturais.
Ninhos de Monobia angulosa Saussure foram obtidos em ninhos armadilhas, na Fazenda Santa Cariota, Cajuru, SP (n=10) e na Estação Ecológica de Jatai, Luís Antônio, SP (n=3). As vespas nidificaram em gomos de bambu que variaram de 158 a 194 mm no comprimento e de 9,5 a 15 mm no diâmetro interno. Os ninhos consistiram de uma série linear de células, variando de 1 a 6, separadas por partições de barro, seguidas ou não por célula vestibular e fechamento, também de barro, construído na entrada do tubo ou mais internamente a ela. Células intercalares foram observadas em 33,3% dos ninhos. As células de cria foram aprovisionadas com lagartas previamente paralizadas e a oviposição foi realizada no teto da célula. Foram produzidas mais fêmeas do que machos, com as fêmeas sendo criadas nas células distais. Tanto o tamanho das fêmeas como o comprimento das células de onde elas emergiram, foram significantemente maiores que os dos machos. Os inimigos naturais foram: Chrysis intrincata Dahibom (Chrysididae), Anthrax sp. (Bombyliidae) e moscas Tachinidae. M. angulosa apresentou, pelo menos, duas gerações por ano, ambas presentes na estação quente e chuvosa.
ABSTRACT. Three nests of Euglossa (Glossura) annectans Dressler, 1982 were obtained from trap nests at Serra do Japi, Jundiai, Sao Paulo State, Brazil. The bees nested in bamboo cane (one nest) and in wooden-boxes (two nests). SolitalY (two cases) and pleometrotic (one case) foundations were observed. Two nests were re-used once by two females working in each of them. Re-using females that shared the nests were of the same generation and each built, provisioned and oviposited in her own cells, characterizing a communal association. The brood development period was related to climatic conditions. Natural enemies included Anthrax oedipus oedipus Fabricius, 1805 (Bombyliidae), Coelioxys sp. (Megachilidae) and Meli/lobia sp. (Eulophidae).
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