Resumo Este estudo traça um panorama da imigração haitiana no Rio Grande do Sul, quanto a aspectos psicossociais, perfil sociodemográfico e socioeconômico, orientações aculturativas, preconceito e qualidade de vida. A pesquisa, de delineamento quantitativo transversal, contou com a participação de 67 imigrantes haitianos, com idades entre 19 e 58 anos (M = 33,87; DP = 5,47). A amostra é predominantemente composta por homens (77,6%), com alta escolaridade (M = 10,5; DP = 4,53) e que falam o idioma português (56,7%). A orientação aculturativa mais frequente é a de integração, que é mais presente entre homens, quem acessou o sistema brasileiro de assistência social; os mais jovens, os com maior fluência em outros idiomas e os que chegaram há mais tempo no Brasil. Além disso, o preconceito percebido e a qualidade de vida obtiveram resultados mais significativos em comparação a estudos com imigrantes haitianos realizados em outros países.
Esta pesquisa teve o objetivo de mapear ações de ocupação do espaço público em Porto Alegre, assim como compreender aspectos do funcionamento destas micropolíticas de ação. Para tanto, a investigação guiou-se a partir de três etapas simultâneas: o levantamento de informações através da mídia e redes de relacionamento; a observação de ocupações e o estabelecimento de contato com participantes e a realização de entrevistas, auxiliadas por uma proposta de produção etnofotográfica estabelecida previamente. A partir deste procedimento de coleta de dados, pôde-se estabelecer um panorama de temáticas que figuram em ocupações urbanas; locais e rotas utilizadas; formas de divulgação e organização dos eventos; assim como discutir aspectos vinculados ao público envolvido. As ocupações urbanas etnografadas emergem como possibilidades de dissenso político e ressignificação, muito diversificadas e em sintonia com as novas formas de organização social, onde a internet e a flexibilidade de papéis sociais despontam como tônica das ações.
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