Discutir competências interculturais na educação superior brasileira pressupõe um olhar para os aspectos culturais e desenvolvimento de competências nesse contexto, conceitos diretamente entrelaçados com discussões acerca da qualidade. A predominância de “formatos monoculturais arcaicos” que reproduzem diversas formas de racismo ou ainda um ambiente que se fundamenta em uma interculturalidade funcional nos instiga a nutrir reflexões sobre a evolução do contexto da educação superior na América Latina. Além disso, competências é um tema fundamental no ambiente educacional, visto que, preparar os discentes para o mundo global já é mais do que uma realidade. Essa pesquisa buscou analisar a percepção dos discentes quanto ao conceito de competências e competências interculturais e suas práticas em uma universidade pública brasileira. O caminho percorrido foi uma pesquisa de campo, qualitativa, estudo de caso, com uso de questionário e da Análise Textual Discursiva (ATD). Os principais resultados trouxeram confirmação teórica da predominância no Brasil do conceito de competências como input, o conceito de competências interculturais como uma ramificação deste e polissêmico, bem como os elementos (contexto, atores sociais e práticas) como essenciais para o desenvolvimento de competências interculturais na educação superior.
Resumo Competências interculturais na educação superior, em especial brasileira, constitui um tema incipiente apesar de sua importância longínqua e de ser um espaço indiscutivelmente composto de um rico arcabouço cultural. Ambiente com a predominância da perspectiva funcional da interculturalidade (CANDAU, 2012; WALSH, 2009), ainda carece de reflexões acerca do desenvolvimento de saberes sobre as temáticas que a permeiam. Este artigo buscou uma interlocução conceitual acerca de competências interculturais na educação superior, a partir de uma pesquisa bibliográfica do tipo qualitativa e exploratória, apropriando-se das principais publicações nacionais e internacionais a respeito do tema. A reflexão conceitual partiu de discussões acerca de competências e interculturalidade , bem como a junção dos dois construtos (competências interculturais) na educação superior. Portanto, foi possível realizar uma releitura com base nos conceitos de competências na ótica de inputs (corrente predominante norte-americana com ênfase no conjunto de características do sujeito) e outputs (corrente predominante europeia com foco nos resultados) e da interculturalidade (interação entre culturas) com concepção de classificação como relacional, funcional e crítica de Walsh (2009). Entende-se que a partir desta pesquisa sejam incitadas novas discussões e olhares acerca do tema, bem como estudos empíricos que venham agregar os resultados aqui apresentados, além de incentivar a busca por didáticas a serem implementadas que visam ao desenvolvimento de competências interculturais na Educação Superior.
A identidade de um povo é caracterizada por vários “artefatos”. Um deles é o dialeto, para alguns a fala. O estudo em questão buscou identificar dados que comprovem a história da criação do dialeto Camaco; as principais características desse dialeto e, analisar como esse dialeto se mantém nos dias de hoje. A pesquisa utilizou-se de entrevistas, com a história oral o qual foram extraídos os discursos que possibilitaram a construção do corpus e por meio da pesquisa documental as informações que complementaram a análise, além de uma pequeno questionário para conhecer a abrangência da linguagem na atualidade. Conclui-se que existem várias histórias acerca do nascimento desse dialeto. Também trata-se de uma busca de reconhecimento de identidade cultural e que aos poucos vem sendo esquecida podendo estar fadada ao fim.
Esse artigo traz uma discussão sobre as aproximações conceituais de internacionalização at home e interculturalidade, a partir de uma pesquisa bibliográfica qualitativa. Como principais resultados, temse a proposta de repensar a internacionalização at home como um meio de se desenvolver aspectos da interculturalidade no espaço da educação superior, além de um olhar para forças que minam e impulsionam esses construtos. As principais aproximações e distanciamentos identificados foram a incorporação das discussões de temas como a colonialidade e a interculturalidade crítica; a necessidade se expandir pesquisas na área, ainda incipientes quando se trata do ponto de vista de competências interculturais e a necessidade de se incluir a perspectiva histórica do contexto. Para os distanciamentos, entende-se que interculturalidade at home é muito mais abrangente do que a internacionalização at home, sendo esse último, um meio e não o fim para as discussões conceituais.
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