A produção do conhecimento científico vem sendo compreendida no decorrer dos séculos pelo modo como o ser humano faz ciência. Historicamente, essa ação, que é intencionalmente voltada a realizar e comunicar os resultados obtidos para que estes tenham valia nos mais variados temas e interesses, vem se sustentando em posturas investigativas ao estilo de que sujeito e objeto são assumidos na trama produtiva. Neste trabalho discutiremos a simbiose entre sujeito e objeto em diferentes perspectivas científicas, mais especificamente no racionalismo, no empirismo e na fenomenologia, três correntes epistemológicas em destaque que fundamentam os discursos sobre o que a ciência é nos dias atuais. Iniciamos pelo viés empirista de Francis Bacon, onde sujeito e objeto podem ser vistos independentemente e vamos em direção à visão fenomenológica, que entende a indissociabilidade de ambos, caracterizando o encontro fenômeno-percebido. Uma possível síntese compreensiva desse estudo sinaliza o movimento de enlace sujeito-objeto que se dá na produção da ciência, de modo que ao se abordar um, o outro também está presente Também foi possível ver que a maneira pela qual a ciência é produzida, até os dias atuais, permite identificar formas diferenciadas de abordá-la, tratá-la e desenvolvê-la. Sendo assim, o trazido neste texto visa contribuir com a educação, uma vez que abre possibilidades de compreensões das diferentes posturas assumidas e que sustentam os modos de produzir conhecimento. PALAVRAS-CHAVE: Conhecimento. Ciência. Fenomenologia.
http://dx.doi.org/10.5007/1981-1322.2016v11nespp317Neste artigo apresentamos compreensões sobre a hermenêutica filosófica, apontando-a enquanto uma teoria universal, por ser abrangente, não particularizada, crítica e presente desde os primórdios da filosofia ocidental, quando mencionada em Aristóteles, por exemplo. Nossa intenção é tomar as discussões ocorridas no grupo de trabalho de filosofia, no V Seminário Internacional de Pesquisa em Educação Matemática e conduzir a discussão para um horizonte que abra clareiras, não colocando em julgamento linhas de trabalhos e, muito menos, arbitrando sobre ‘hermenêuticas’ supostamente contrárias à fenomenologia heideggeriana e gadameriana. Assumimos, assim, o compromisso de trazer novamente em debate ‘possibilidades’ de se efetuar um trabalho hermenêutico, expondo compreensões que possibilitem aprofundar as discussões havidas, ‘des-velando’ contribuições possíveis para a investigação e prática pedagógica em Educação Matemática.
O artigo apresenta resultados de uma pesquisa teórica que objetivou estudar o infinito e a relação deste conceito matemático com os paradoxos falsídicos a partir de exemplos dados por Zenão, contrários a concepção atomista de tempo e espaço. Mais especificamente, estudamos os paradoxos da Dicotomia, de Aquiles, que argumentam contra a hipótese de o espaço ser dividido infinitamente. Investigamos, também, os paradoxos do Estádio e da Flecha, que contradizem a hipótese do espaço ser dividido infinitamente e questionam a possibilidade de um segmento ser formado por uma quantidade infinita de divisões. Embora, na atualidade, estejamos acostumados a lidar diariamente, mesmo que de modo intuitivo, com a ideia de velocidade e movimento, esses são, sem dúvida, conceitos abstratos e deve-se a isso a importância dos paradoxos de Zenão: por expor um primeiro pensar sistemático sobre o assumo. O paradoxo da Flecha e o do Estádio são de fato reais se o tempo for composto por unidades mínimas indivisíveis e o espaço por pontos discretos. Em contrapartida, se tempo e espaço forem considerados contínuos, surgem os paradoxos da Dicotomia de Aquiles. Dessa forma, Zenão cerca por todos os lados a ideia de movimento e de velocidade, mostrando controvérsias contundentes que por vezes passam despercebidas aos olhos já acostumados a observar o movimento. Por meio da dialética, partindo das premissas aparentemente consistentes e chegando a conclusões absurdas, Zenão apresentou argumentos para provar a fragilidade dos conceitos de multiplicidade e divisibilidade, adotados pela escola pitagórica. Esses paradoxos, fundamentados na filosofia de Parménides, apresentavam situações para sustentar a impossibilidade do movimento, considerando-o uma ilusão da percepção do mundo sensível e não uma verdade do mundo inteligível, que caracteriza o ser como único, imutável, infinito e imóvel.
ResumoNeste artigo apresentamos compreensões sobre a hermenêutica filosófica, apontando-a enquanto uma teoria universal, por ser abrangente, não particularizada, crítica e presente desde os primórdios da filosofia ocidental, quando mencionada em Aristóteles, por exemplo. Nossa intenção é tomar as discussões ocorridas no grupo de trabalho de filosofia, no V Seminário Internacional de Pesquisa em Educação Matemática e conduzir a discussão para um horizonte que abra clareiras, não colocando em julgamento linhas de trabalhos e, muito menos, arbitrando sobre -hermenêuticas‖ supostamente contrárias à fenomenologia heideggeriana e gadameriana. Assumimos assim, o compromisso de trazer novamente em debate -possibilidades‖ de se efetuar um trabalho hermenêutico, expondo compreensões que possibilitem aprofundar as discussões havidas, -des-velando‖ contribuições possíveis para a investigação e prática pedagógica em Educação Matemática.Palavras-Chave: Educação matemática; Filosofia da educação matemática; Fenomenologia; Hermenêutica Filosófica. AbstractIn this paper we presents insights into the philosophical hermeneutics, pointing it as a universal theory, be comprehensive, not individualized, critical and present since the dawn of western philosophy, when mentioned in Aristotle, for example. Our intention is to take the discussions that took place in the philosophy of working group in the -V Seminário Internacional de Pesquisa em Educação Matemática‖ and lead the discussion to a horizon that open glades, not putting on trial line work, much less, arbitrating on "hermeneutics" supposedly contrary to Heidegger, Gadamer's phenomenological. We thus commitment to bring again under discussion unveiling to make a hermeneutic work, exposing understandings that allow deepen the discussions, unveiling possible contributions to research and teaching practice in Mathematics Education.
Resumo: Este artigo apresenta os resultados de um estudo sobre a organização da matemática para o Ensino Fundamental a partir da homologação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Adotamos como metodologia a pesquisa qualitativa desenvolvida na abordagem fenomenológica. Por meio desse texto, apresentamos uma análise hermenêutica do documento da BNCC que divide opiniões: é considerada um avanço na educação escolar brasileira, no sentido de que procura valorizar as necessidades sociais das diferentes regiões do país, integrando componentes curriculares e temas transversais, que são pertinentes na formação dos cidadãos e, também, é visto como um retrocesso, por não estabelecer como base questões envolvendo gênero, educação sexual e diversidade cultural.Palavras-chave Base Nacional Comum Curricular; Legislação Escolar; Matemática. The national curriculum and the teaching of mathematics in BrazilAbstract: This paper presents the results of a study on the organization of mathematics for elementary school from the approval of the National Curriculum Common Base (BNCC). We adopted as methodology a qualitative research developed as a phenomenological approach. In this text we present a hermeneutic analysis of the BNCC document that divides opinions: it is considered an advance in Brazilian school education, in the sense that it seeks to value the social needs of different regions of the country, integrating curricular components and cross-cutting themes, which are relevant in the formation of citizens and, also, is seen as a setback, as it does not establish as basis issues involving gender, sexuality education and cultural diversity.Keywords: National Curriculum; School Legislation; Mathematics.
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