Resumo A partir do enfoque etnográfico sobre as redes sociais articuladas em torno da questão do imigrante no Amazonas, o artigo reflete sobre como o Sistema Único de Saúde (SUS) respondeu às demandas colocadas por um contingente inesperado de novos usuários, tendo em vista os princípios doutrinários que lhe dão sustentação, especialmente o da equidade. O foco é a onda de imigração haitiana rumo ao Brasil, iniciada em fevereiro de 2010 pelos estados fronteiriços da região Norte: Acre, Rondônia e Amazonas, concentrando-se neste último, descrevendo alguns aspectos do período mais crítico da imigração (entre março de 2010 e março de 2012) e sua recepção pelo SUS.
Este artigo empreende uma análise do movimento de mulheres indígenas, com foco no estado Amazonas, Brasil, e na questão da saúde como bandeira de luta, entre o início do anos 2000 até 2021, a partir das transformações em alguns aspectos metodológicos do movimento, identificando a construção de novas transversalidades e alianças políticas a partir da orientação dos feminismos decoloniais e tecendo reflexões sobre as formas como o movimento de mulheres indígenas tem reformulado suas estratégias para o enfrentamento da agenda de ataque aos povos indígenas em execução pelo governo federal do Brasil. A noção de “corpo-território”, nascida do movimento de mulheres indígenas, é tomada como ponto focal dos debates sobre a indissociação entre as principais ordens de luta das mulheres indígenas: terra e saúde.
Com base em análise do conteúdo dos jornais editados em Manaus no período de 1895 a 1915, o artigo busca relacionar o projeto de civilização das elites locais, influenciado pelos ideais positivistas, à preocupação caracteristicamente moderna com o corpo e a sexualidade da mulher, em um contexto sócio-histórico de consolidação do pensamento científico e das tecnologias que tinham no corpo seu objeto de intervenção, de que são exemplos as descobertas da medicina no tratamento das chamadas 'doenças venéreas' e a adoção pelo poder público do papel de regulador moral.
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