ResumoO artigo procura articular a discussão sobre o processo de construção de competências na produção de software no Brasil à distribuição espacial dessas atividades, utilizando para isso um referencial analítico baseado no conceito de "arranjos produtivos locais" (APLs), no qual ressalta-se a importância da dimensão local-institucional para o aprofundamento de diferentes formas de aprendizado e para o reforço do potencial inovativo e da competitividade industrial. A análise realizada desdobra-se em cinco seções. A primeira seção apresenta uma caracterização geral do setor e do referencial analítico utilizado. A segunda seção apresenta um panorama sintético da evolução do setor de software no Brasil no período recente. A terceira seção procura discutir aspectos relacionados à distribuição espacial da indústria, com base em informações secundárias. A quarta seção desenvolve uma análise exploratória sobre a heterogeneidade espacial da indústria, utilizando informações primárias sobre arranjos produtivos dedicados à produção de software, as quais são trabalhadas através de técnicas de estatística multivariada, visando identificar diferentes padrões relativos a processos de aprendizado e inovação existentes nesses arranjos. Uma última seção sintetiza as principais conclusões do trabalho.Palavras-chave: Indústria de software; Inovação e cooperação; Clusters industriais -Software; Arranjos produtivos locais; Análise cross-sector. Abstract
Este trabalho observa as capacitações desenvolvidas por micro e pequenas empresas inseridas em redes tecnoprodutivas no arranjo produtivo eletrometal-mecânico da microrregião de Joinville, localizada no nordeste do Estado de Santa Catarina. O arranjo é caracterizado por uma densa estrutura produtiva local e pela grande heterogeneidade em relação ao tamanho das empresas, criando especializações e complementaridades por tamanho de estabelecimentos, dentro das diversas atividades do complexo. A análise da divisão do trabalho no arranjo, das especializações por tamanho de empresas, combinadas com as interações de mercado e as formas de subcontratação existentes na estrutura produtiva, possibilitará compreender as características de inserção das micro e pequenas empresas e as capacitações tecnológicas desenvolvidas por essas. O objetivo deste trabalho consiste em analisar, a partir do referencial teórico neo-shumpeteriano, as distintas capacitações tecnológicas desenvolvidas pelas micro e pequenas empresas, derivadas das diferentes formas de inserção na estrutura produtiva local. Para tanto, realizou-se uma pesquisa de campo, na qual foram entrevistadas 83 empresas de diversos portes. Observou-se que há tipos distintos de redes tecnoprodutivas no local, consideradas as formas de governança, as características produtivas e tecnológicas e a natureza dos processos de aprendizagem. Tais especificidades afetaram com diferente intensidade as possibilidades de capacitação tecnológica das empresas, que foram influenciadas também pelas suas relações com agentes externos ao arranjo.
ResumoA análise desenvolvida neste artigo procura explorar as relações de determinação entre capacitação inovativa, produtividade e propensão a investir das firmas brasileiras, com base num recorte intersetorial. Em contraste com análises que sugerem a maior relevância de um foco na esfera estritamente microeconômica das estratégias empresariais, assume-se em tal estudo que a ênfase nos padrões setoriais de adaptação é fundamental para o entendimento das articulações entre ritmo inovador, ganhos de produtividade e processo de investimento. O foco da análise é direcionado para o mapeamento da diversidade intersetorial dos padrões de ajustamento da indústria brasileira. O esforço de exploração analítica baseia-se na manipulação de microdados, a partir do cruzamento das informações de Pesquisas Anuais e da Pesquisa de Inovação Tecnológia (Pintec)/IBGE, com os registros de comércio exterior Secretaria de Comércio Exterior/Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Secex/ MDIC). Com base nas evidências coletadas, foi possível constatar a relevância do recorte metodológico baseado na distinção entre sistemas produtivos, percebendo-se entre os mesmos diferenças importantes na dinâmica de ajustamento e de criação de capacitações inovativas. Palavras-chave:Capacitação inovativa; Produtividade; Indústria brasileira. Abstract Innovative capacity, investment and Brazilian industry productivity: evidence of intersectorial diversityThe analysis developed throughout this paper aims to explore the relationship between technological capacity, productivity and propensity of Brazilian firms to make investments, based on an intersectorial perspective. Contrary to other analyses that suggest a greater focus strictly on the microeconomic sphere of entrepreneur strategies, this study assumes that the emphasis on sectorial patterns of adaptation is fundamental to understanding the articulation between the innovation rhythm, the productivity gains and the investment process. The focus of this analysis is directed towards mapping the intersectorial diversity of adjustment patterns of the Brazilian industry. These data include information from Annual Researches and Pintec/IBGE with external trade data from Secex/MDIC. Based on the collected evidence it is possible to corroborate the relevance of the methodological perspective based on the * Trabalho recebido em 16 de janeiro de 2010 e aprovado em 1 de junho de 2011.
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