Este trabalho observa as capacitações desenvolvidas por micro e pequenas empresas inseridas em redes tecnoprodutivas no arranjo produtivo eletrometal-mecânico da microrregião de Joinville, localizada no nordeste do Estado de Santa Catarina. O arranjo é caracterizado por uma densa estrutura produtiva local e pela grande heterogeneidade em relação ao tamanho das empresas, criando especializações e complementaridades por tamanho de estabelecimentos, dentro das diversas atividades do complexo. A análise da divisão do trabalho no arranjo, das especializações por tamanho de empresas, combinadas com as interações de mercado e as formas de subcontratação existentes na estrutura produtiva, possibilitará compreender as características de inserção das micro e pequenas empresas e as capacitações tecnológicas desenvolvidas por essas. O objetivo deste trabalho consiste em analisar, a partir do referencial teórico neo-shumpeteriano, as distintas capacitações tecnológicas desenvolvidas pelas micro e pequenas empresas, derivadas das diferentes formas de inserção na estrutura produtiva local. Para tanto, realizou-se uma pesquisa de campo, na qual foram entrevistadas 83 empresas de diversos portes. Observou-se que há tipos distintos de redes tecnoprodutivas no local, consideradas as formas de governança, as características produtivas e tecnológicas e a natureza dos processos de aprendizagem. Tais especificidades afetaram com diferente intensidade as possibilidades de capacitação tecnológica das empresas, que foram influenciadas também pelas suas relações com agentes externos ao arranjo.
O artigo identifica e analisa esforços de aprendizagem na indústria brasileira, no início da década atual, sob a perspectiva evolucionária/neoschumpeteriana. Para isso, são aplicadas duas técnicas de análise estatística multivariada, sobre um conjunto de indicadores construídos a partir da Pesquisa de Inovação Tecnológica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (PINTEC II), referentes ao dispêndio inovador das firmas, à relevância dada pelas firmas às fontes de informação e às formas de cooperação utilizadas em seus processos de aprendizagem. Os resultados revelaram quatro grupos de setores distintos segundo a intensidade da aprendizagem via: (i) interação e cooperação, (ii) dos dispêndios em atividades de inovação e (iii) dos dispêndios em P&D ocasional.
Este estudo analisa as relações das empresas do mobiliário de Santa Catarina que estão inseridas em arranjos produtivos locais com os compradores internacionais. O foco específico de análise é a identificação das possibilidades de upgrading tecnológico através da aprendizagem interativa com os compradores internacionais. A indústria do mobiliário de Santa Catarina é responsável por 50% das exportações nacionais de móveis e, nos principais mercados consumidores, EUA e Europa, a comercialização é realizada através de grandes distribuidores internacionais. Pretende-se investigar a possibilidade das empresas, em aglomerados produtivos, obterem vantagens competitivas sustentáveis nos mercados internacionais, parcialmente associadas às suas relações no âmbito das cadeias globais. Avalia-se, especificamente, os processos de aprendizagem tecnológica associados às relações que as empresas do mobiliário em Santa Catarina estabelecem com as cadeias globais. Com base no referencial Neo-Schumpeteriano, que aborda os processos de aprendizagem tecnológica, foi realizada pesquisa de campo usando questionário estruturado para a análise das características das capacitações tecnológicas das empresas catarinenses selecionadas, localizadas em aglomerações produtivas de Santa Catarina.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.