RESUMO: Os documentos que norteiam o ensino de Língua Portuguesa incorporam a compreensão de que a oralidade é um objeto a ser ensinado e aprendido. Mas de que forma os livros didáticos asseguram a sistematização desse eixo de ensino? Nesse artigo, investigamos o repertório de gêneros orais presente em cinco coleções de livros de Língua Portuguesa, destinadas ao Ensino Fundamental. Tomamos para a análise atividades presentes em duas das cinco coleções investigadas, tratando-as de forma prevalentemente qualitativa, com emprego de elementos da técnica da análise de conteúdo categorial. O aporte teórico ancorou-se na concepção de língua enquanto interação e na compreensão da oralidade enquanto objeto de ensino-aprendizagem. As atividades analisadas evidenciaram uma proposta de ensino que possibilita aos educandos práticas de linguagem para a formação cidadã, conjuntamente ao desenvolvimento da expressão oral e da utilização da linguagem formal nas diversas práticas sociais.
Este artigo tomou como objetivo geral investigar a didatização da entrevista na coleção de livro didático “EJA Moderna”, destinada à Educação de pessoas Jovens, Adultas e Idosas (EJAI); e de modo específico, compreender quais estratégias são propostas para a vivência do gênero textual no contexto escolar. Para alcançar esses objetivos, ancoramos nosso trabalho em pressupostos de estudos da oralidade, com foco nas proposições de livros didáticos destinados à EJAI. Do ponto de vista metodológico, recorremos à Análise Documental e à Análise de Conteúdo e tratamos os dados sob uma lente qualitativa. De acordo com os resultados, observamos que o livro investigado propicia reflexões sobre o gênero entrevista em vários aspectos. Constatamos que o livro mobiliza a ação pedagógica de levantar conhecimentos prévios sobre o gênero em questão, o que contribui para a possibilidade de um planejamento de ensino da oralidade a partir dos conhecimentos dos(das) educandos(as). Outro achado interessante é o fato de o livro tratar sobre a estrutura composicional e a função social da entrevista, atentando para os papéis sociais dos interlocutores e para a alternância dos pares perguntas e respostas. As conclusões do estudo apontam para a importância de a obra contribuir para o ensino da produção da entrevista.
O que propõem os livros didáticos quando apresentam um conjunto de estratégias para trabalhar os gêneros orais formais em sala de aula? Esse questionamento pauta este trabalho que investigou o trato com os gêneros orais formais apresentados por uma coleção de livros didáticos direcionados à educação de pessoas jovens, adultas e idosas. Para alcançar esse objetivo, tomamos como foco a abordagem documental (FLICK, 2009, LOPES e GALVÃO, 2001) para analisar a coleção “É Bom Aprender” (PNLD, 2011), adquirida por 16 (dezesseis) municípios de redes públicas de ensino da Mata Norte Pernambucana. Para a discutir o fenômeno investigado, submetemos a coleção a uma análise interpretativista, com base em uma abordagem qualitativa (BORTONI-RICARDO, 2008). Os resultados sinalizam para a presença de propostas, voltadas para o uso do oral formal, favoráveis à compreensão sobre dimensões relativas aos usos sociais. Contudo, são limitadas do ponto de vista do espaço da reflexão sobre as variadas situações discursivas e sobre as aproximações entre os gêneros materializados nas modalidades oral e escrita da língua. Frente a esse cenário, reforçamos a importância de que trabalhar com os gêneros textuais orais formais nas turmas de EJAI é uma tarefa primordial para o processo de ensino-aprendizagem dos/as educandos/as, uma vez que contribui para a ampliação das práticas linguísticas e sociais, com vista a favorecer a consolidação dos direitos dos sujeitos.
Neste trabalho, analisamos o olhar docente sobre a didatização do gênero seminário, a partir do relato da prática de uma professora de Língua Portuguesa, atuante no Ensino Fundamental. Como opção metodológica, realizamos a entrevista semiestruturada e empregamos o prisma qualitativo no tratamento das informações. No campo teórico, dialogamos com Bronckart (2007) e Schneuwly e Dolz (2004), com vistas a refletir sobre a didatização do referido gênero. Com relação aos resultados, evidenciamos que a docente mobiliza estratégias que podem favorecer à compreensão e à ampliação de competências relativas ao domínio discursivo do gênero seminário, em conformidade com as orientações do Interacionismo Sociodiscursivo.
Neste trabalho, temos o objetivo de investigar a diversidade de gêneros orais disponível nos livros didáticos de alfabetização, avaliados pelo Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) em suas edições 2007, 2010, 2013 e 2016, e compreender quais capacidades de linguagem os gêneros priorizados podem desenvolver. Os dados foram analisados à luz da perspectiva qualitativa (BARDIN, 2016). O aporte teórico fundou-se em Schneuwly e Dolz (2004), dentre outros. Os resultados apontaram para um aumento na ocorrência de gêneros orais, ao longo das quatro edições do PNLD, com uma diversidade que propicia o desenvolvimento de capacidades de linguagem variadas.
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