E m toda campanha eleitoral, a mesma trama se repete: centenas de candidatos -alguns relativamente famosos; a maioria, ilustres desconhecidos -se acotovelam no Horário Gratuito de Propaganda Eleitoral -HGPE em busca de um lugar ao sol nas campanhas para as eleições proporcionais (para os cargos de vereador, deputado estadual ou deputado federal). Diferentemente do que se passa com o uso do HGPE nas campanhas majoritárias (em especial para o cargo de presidente), o uso da televisão nas campanhas proporcionais tem sido escassamente investigado. Qual é a lógica que preside a distribuição do tempo entre os candidatos? A que interesses ela atende? Que estraté-gias comunicativas são empregadas? Qual é o impacto efetivo dessas campanhas na decisão do voto?Quase nada tem sido feito para responder a essas questões. Dentre o pouco que existe sobre o assunto, podemos destacar o artigo "Estraté-gias de Campanha no Horário Gratuito de Propaganda Eleitoral em Eleições Proporcionais", de Schmitt, Carneiro e Kuschnir (1999). Os autores defendem que o HGPE se apresentaria como um fator de forta-
459* Uma primeira versão deste artigo foi apresentada no II Congresso da Associação Brasileira de Pesquisadores em Comunicação e Política -Compolítica, realizado em Salvador entre 29 de novembro e 1 o de dezembro de 2007. Agradecemos as críticas e sugestões feitas por Luis Felipe Miguel e Alessandra Aldé, além daquelas apresentadas pelos pareceristas anônimos da DADOS.
Public consultation is a formal mechanism of social participation where government invites citizens to participate in policymaking. Increasingly, public consultations are being held online, where Web 2.0 tools and other information and communication technology (ICT) tools become central to understand the design of virtual spaces for government-citizen interaction. Through the analysis of two case studies from Brazil-the "Gabinete Digital" and the "Marco Civil Regulatório" initiativesthis chapter discusses how online public consultation spaces are designed, using a combination of ICTs. Based on three frameworks of deliberative theory and characteristics of Web 2.0 tools, the aim of our paper is studying what aspects of Web 2.0 tools are useful for online consultation and what democratic environments they might generate when combined. The main contribution of this work is raising awareness on how the usage of certain Web 2.0 tools can reinforce or diminish some attributes of political communication and therefore, as a result, produce different models of online democratic communication.
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