ResumoEste artigo tem como propósito investigar a propaganda negativa nas eleições presidenciais brasileiras. Tema de extrema relevância tendo em vista que a literatura recente vem sugerindo que o tom das campanhas tem consequências importantes para a decisão do voto, a participação política e o nível de informação dos eleitores. Entretanto, a maior parte desses estudos foi realizada para entender a realidade política dos Estados Unidos. No Brasil, apesar do crescente interesse pelos efeitos da comunicação política, a propaganda negativa não se consolidou como agenda de pesquisa. A revisão da literatura registra produção esparsa e com resultados pouco consistentes. Este artigo busca superar parte dessa lacuna ao oferecer análise histórica da propaganda negativa veiculada no Horário Gratuito de Propaganda Eleitoral nas eleições presidenciais de 1989 a 2014 (primeiro e segundo turnos). O foco central é contribuir para o debate sobre os determinantes da campanha negativa dentro de um contexto multipartidário e altamente regulamentado. Os resultados indicam que o percentual médio de propaganda negativa é baixo no Brasil, sendo a estratégia usada principalmente no segundo turno, nos anos com reeleição e por candidatos em desvantagem nos índices de intenção de voto contra o líder. Ao todo, são analisadas 123 horas de propaganda eleitoral.
Resumo Este artigo analisa as estratégias discursivas dos candidatos Dilma Rousseff, Aécio Neves e Marina Silva durante a eleição presidencial de 2014. O seu objetivo é medir a variação da propaganda negativa veiculada no Horário Gratuito de Propaganda Eleitoral do rádio e da televisão, nos debates eleitorais, nas declarações dos candidatos publicadas na imprensa escrita e televisiva e nas postagens do Facebook, no primeiro e no segundo turnos. Uma revisão da literatura mostra que essa abordagem é inédita nos estudos sobre retórica em campanhas. Em geral, os estudos medem a incidência da propaganda negativa com foco na televisão, negligenciando outros canais de comunicação. A análise mostra que a intensidade da propaganda negativa varia nesses múltiplos canais de acordo com o grau de controle dos candidatos sobre as suas mensagens, o nível de interação entre os candidatos e a chance de o candidato ser identificado como o autor dos ataques.
Resumo O objeto do artigo é a análise do desempenho eleitoral de 1.281 candidatos que disputaram eleições para presidente, governadores e prefeitos de capitais entre 2002 e 2014 no Brasil. Para tanto, utilizamos um conjunto de variáveis em um modelo de regressão linear múltipla com o objetivo de descrever os efeitos conjuntos do tempo de Horário Gratuito de Propaganda Eleitoral, dos gastos de campanha e da avaliação de governo sobre o desempenho dos candidatos. Os resultados mostram que dependendo do tipo de candidato, há maior impacto de uma ou outra variável. Por exemplo, o tempo de HGPE mostra-se mais importante para explicar o voto em candidatos de oposição, enquanto a avaliação positiva do governo é a variável preditiva mais forte para as votações de concorrentes à reeleição. A hipótese de que diferentes tipos de candidatos apresentam distintos comportamentos é comprovada. Com isso, esperamos contribuir para as pesquisas sobre eleições no Brasil mostrando a importância de distinguir concorrentes à reeleição de governistas e dos candidatos de oposição.
Resumo Este artigo se insere no conjunto de pesquisas que investiga a política local brasileira a partir de dois objetivos. O primeiro descreve a presença dos partidos políticos nos municípios brasileiros por tipo de organização. O segundo investiga o perfil político e social dos dirigentes partidários locais com mandato vigente em 2016 que concorreram a um cargo eletivo nas eleições de 2016, 2014 ou 2012. Para isso, usamos o cadastro dos diretórios partidários municipais disponibilizados pelo Tribunal Superior Eleitoral. Os resultados indicam que os órgãos partidários municipais são comissões majoritariamente provisórias, seguidas por diretórios municipais permanentes e por comissões interventoras, enquanto os seus dirigentes são predominantemente do sexo masculino, com nível de escolaridade médio, média de idade de 48 anos e com baixa profissionalização política.
Resumo: O artigo tem por objetivo avaliar a recepção da propaganda negativa na disputa presidencial de 2014, tendo como marco teórico a discussão derivada da literatura internacional, segundo a qual a recepção da propaganda negativa varia de acordo com o tema em debate, a utilização ou não de evidências, o tipo de orador e se feita de maneira comparativa ou direta. O artigo utiliza a técnica de recepção da propaganda política por meio da realização de quatro grupos focais com eleitores do Rio de Janeiro, que foram estimulados a avaliar comerciais de ataques exibidos no Horário Gratuito de Propaganda Eleitoral. Os resultados indicam que comerciais com conteúdo político, amparados em evidências que sustentam o conteúdo das acusações e de maneira comparativa é o modelo mais aceito de ataques entre os eleitores.
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