RESUMO:O presente artigo estabelece uma contextualização a partir dos processos migratórios do campo para o território urbano, tomando a cidade de São Paulo entre finais do século XIX e o início do século XX como fonte, especificamente sua relação com os grupos negros e imigrantes, sobretudo italianos, para refletir sobre os processos de urbanização da cidade. Pautados numa modernidade elitista e de caráter eurocêntrica, impressa -na segunda metade do século XIX e nas primeiras décadas do século XX -nos territórios centrais da urbe, leva-nos a identificar consequências sobre a presença dos grupos negros que habitavam as respectivas regiões. Em nome de um projeto civilizatório baseado na projeção europeia de embelezamento e de progresso, levado à frente por uma incipiente burguesia urbana, ações higiênicas de extrema violência expulsaram e segregaram tais populações. Logo, pergunta-se: modernidade para quem? Mais do que uma cidade buscando um pseudodesenvolvimento, seu ideal era branco, europeu, não havia espaços para os negros. A modernidade buscada se fez seletiva e discriminatória, em um movimento materializado no tecido urbano que destacou privilégios de uns à custa da invisibilidade de outros. PALAVRAS-CHAVE: Modernidade. Cidade de São Paulo. Grupos negros e urbanização.ABSTRACT: This paper establishes a context from the migration field processes for urban territory, with the black groups actors and immigrants, especially Italians to reflect on the processes of urbanization in São Paulo. Guided by an elitist and Eurocentric modernity character, printed -in the second half of the nineteenth century and the first decades of the twentieth century -in the central areas of the metropolis, it leads us to identify consequences of the presence of black groups inhabiting their regions. On behalf of a civilizational project based on the European projection beautification and progress, carried forward by an incipient urban bourgeoisie, hygienic actions of extreme violence and expelled segregate such populations. So we ask: Modernity for whom? More than a city seeking a pseudo development, his ideal was white, European, there was space for blacks. The sought modernity became selective and discriminatory, a materialized movement in the urban fabric that highlighted a privilege at the expense of others invisibility.
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