Introdução: Seres humanos convivem de modo comensal com inúmeras bactérias, porém espécies patogênicas assolaram a humanidade por milênios até o advento dos primeiros antibióticos. Entretanto, o uso indiscriminado de antibióticos, tanto em hospitais quanto na agropecuária, tem gerado altas taxas de resistência bacteriana e se tornado um problema com disrupção eminente. O presente estudo visa analisar a etiologia multifatorial dos mecanismos de multirresistência bacteriana, a prevalência das principais bactérias envolvidas nesse processo e seu impacto na saúde pública. Metodologia: Trata-se uma revisão integrativa de literatura acerca dos processos e consequências da resistência bacteriana. O critério de inclusão foi a compatibilidade com o tema e a relevância. Resultados: Analisados 46 artigos dos quais metade são artigos originais. Dentre estes, 6 artigos realizaram levantamento da prevalência de bactérias farmacorresistentes em ambientes nosocomiais, com amostragem de 646 pacientes nos quais foram isolados Klebsiella pneumoniae em 27,11%, Pseudomonas aeruginosa em 19%, seguida por Escherichia coli com 16%, e Staphylococcus aureus com 4,75%. Discussão: Com 25 a 50% das administrações antibióticas em hospitais consideradas irregulares, seu uso indiscriminado e a lenta formulação de novas opções terapêuticas, entre outros, contribuiu com o desenvolvimento de cepas bacterianas multirresistentes durante a era dos antimicrobianos. Os principais mecanismos de farmacorresistência incluem modificação antibiótica; impedimento da ação do antibiótico em seu alvo; alteração do sítio primário de ligação; e produção de alvo alternativo para burlar o efeito do fármaco. Considerações Finais: A multirresistência bacteriana aumenta a morbimortalidade, tempo de internação e gastos com insumos e equipe especializada. Estabeleceu-se como um problema que tende a agravar com o tempo, portanto, estudos abrangentes focados na prevalência bacteriana são necessários para traçar estratégias de saúde pública visando seu controle.
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