Este artigo visa abordar algumas características literárias específicas dos poemas homéricos - Ilíada e Odisseia - sobre as quais uma abordagem histórica precisa estar plenamente consciente de modo a entender o tipo de registro discursivo com o qual trabalha, bem como o contexto cultural que informa a produção da épica homérica. A obscura e altamente debatida evidência sobre os estágios mais recuados da produção e da transmissão dos poemas, assim como os dispositivos estilísticos específicos de um texto derivado da oralidade, logo distinto da nossa experiência moderna de literatura, são desafios que o historiador precisa estar ciente de modo a formular suas hipóteses de trabalho de forma mais consistente. Desse modo, este artigo oferece uma visão geral destes temas, enquanto sugere leituras adicionais de aprofundamento.
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A primeira parte deste artigo remete para a caraterização da crise social que Sólon buscou remediar quando arconte em 594/3, onde são feitas considerações teóricas sobre o modo como Aristóteles e Plutarco, as principais fontes literárias, explicam os acontecimentos deste período. A partir do diálogo com as fontes e com a bibliografia especializada são explanadas algumas hipóteses de trabalho sobre o que poderia estar implicado na crise a que o legislador ateniense teve que fazer frente. Na segunda parte, a atenção voltar-se-á para o sentido geral da atuação política de Sólon através dos seus próprios poemas, especialmente o fr. 36W, onde Sólon mostra indícios de uma politização das relações económicas entre as classes sociais, na medida em que traz, de certa maneira, a resolução dos conflitos entre os indivíduos e os grupos sociais para o âmbito da cidade-estado ateniense, promovendo a noção de lei escrita que deve ser cumprida e assegurada pelo coletivo como o remédio para escapar aos interesses particulares ou de classe que têm levado a stasis, ou seja, ao conflito social. O artigo, em sua conclusão, destaca que o estudo destes acontecimentos é relevante para a reflexão moderna sobre a relação entre força, violência e direito.http://dx.doi.org/10.14195/2183-1718_66_4
O recorte temporal da intriga de Ifigénia em Áulis (daqui em diante, IA) de Eurípides situa-se imediatamente antes da guerra entre gregos e troianos, quando os primeiros estão retidos em Áulis à espera de ventos propícios para continuarem a navegação até Troia. A peça abre com um inquieto Agamêmnon...
RESUMO O artigo discute estudiosos recentes que têm advogado a favor da utilização dos conceitos de raça e racismo para explicar preconceitos culturais em Grécia e Roma antigas. Mais particularmente, este estudo debate os argumentos para o caso de uma Grécia antiga racista ou protorracista elaborados por Benjamin Isaac (2004) em The Invention of Racism in Antiquity e Susan Lape (2010) em Race and Citizen Identity in the Classical Athenian Democracy. Segundo essa perspectiva historiográfica, existiria muito mais continuidade entre o racismo antigo e o moderno do que pensávamos. O presente artigo aponta dificuldades com os argumentos dessa abordagem, bem como sustenta que as relações étnicas na Grécia antiga são mais bem compreendidas como formas não hereditárias de preconceito cultural e não como racismo, que tem uma história específica ligada à colonização europeia e ao tráfico negreiro da época moderna.
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