Programa de Pós-Graduação em Mineralogia e Petrologia SÃO PAULO 2016Autorizo a reprodução e divulgação total ou parcial deste trabalho, por qualquer meio convencional ou eletrônico, para fins de estudo e pesquisa, desde que citada a fonte. ... 101 ANEXO A -TABELA COM A RELAÇÃO DAS AMOSTRAS ESTUDADAS E A CLASSIFICAÇÃO PETROGRÁFICA ANEXO B -IMAGENS DAS AMOSTRAS E SEÇÕES POLIDAS ESTUDADAS ANEXO C -TABELAS DE ANÁLISES DE ELEMENTOS MAIORES POR MICROSSONDA ELETRÔNICA ANEXO D -TABELAS DE ANÁLISES DE ELEMENTOS TRAÇO POR LA-Q-ICP-MS iii RESUMOProcessos de fusão parcial e metassomatismo foram identificados em xenólitos mantélicos da Província Ígnea Alto Paranaíba (APIP), na região de Coromandel (Minas Gerais), pela combinação de técnicas de análise textural (petrografia, microscopia eletrônica de varredura), análises químicas minerais pontuais de elementos maiores (por Microssonda Eletrônica), traços (por LA-Q-ICPMS) e isótopos (Sr em clinopiroxênio por LA-MC-ICPMS). Os xenólitos, oriundos dos kimberlitos Indaiá 1, Limeira 1 e Forca, foram divididos em três grupos exibindo texturas, mineralogia e química distintas: peridotitos com espinélio ou Cr-espinélio, interpretados como fragmentos de fácies espinélio no manto litosférico raso; xenólitos com flogopita e/ou clinopiroxênio secundário representando porções do manto litosférico que sofreram metassomatismo por interação com fluidos ou magmas; e dunitos e harzburgitos com textura mosaico porfiroclástica a fluidal compatíveis com porções que sofreram efeitos de um fluxo térmico maior, possivelmente associadas a astenosfera ou a zonas de maior permeabilidade na litosfera.De modo geral os xenólitos mantélicos da Província Ígnea do Alto Paranaíba foram afetados por intensa fusão parcial, indicada especialmente pelo alto valor de mg# em olivina e ortopiroxênio, e pelo empobrecimento de Al em clinopiroxênio e minerais do grupo do espinélio. Boa parte desses xenólitos foi modificada por metassomatismo modal e/ou críptico, que atingiu inclusive níveis rasos do manto litosférico (fácies espinélio).Os harzburgitos e dunitos com textura porfiroclástica com mosaico têm baixos valores de mg# em olivina e ortopiroxênio, e altas concentrações de de Ti, Ca e Na em relação aos demais grupos de amostras sugerindo um processo de metassomatismo críptico de alta temperatura (astenosfera, ou zonas permeáveis da litosfera).Estimativas com base em razões Y N e Yb N (normalizadas por Manto Primitivo-PM) em clinopiroxênio, indicam que os peridotitos com Cr-espinélio sofreram uma porcentagem maior de fusão parcial (15-20%), em relação aos peridotitos com espinélio (5-8%), e preferencialmente fracionada. Em algumas amostras nos peridotitos com Crespinélio ainda são encontrados padrões enriquecidos de ETRL N , indicando processos de metassomatismo críptico.Os cristais de clinopiroxênio das amostras de xenólitos metassomatisados têm padrão de distribuição de ETR N semelhantes entre si, com padrão de ETRL N convexo e enriquecido em relação aos ETRP N (La N e Lu N, respectivamente 5-14xPM e 0,3-1xPM). ...
Alkali-bearing Ti oxides were identified in mantle xenoliths enclosed in kimberlite-like rocks from Limeira 1 alkaline intrusion from the Alto Paranaíba Igneous Province, southeastern Brazil. The metasomatic mineral assemblages include mathiasite-loveringite and priderite associated with clinopyroxene, phlogopite, ilmenite and rutile. Mathiasite-loveringite (55-60 wt.% TiO 2 ; 5.2-6.7 wt.% ZrO 2 ) occurs in peridotite xenoliths rimming chromite (∼50 wt.% Cr 2 O 3 ) and subordinate ilmenite (12-13.4 wt.% MgO) in double reaction rim coronas. Priderite (Ba/(K+Ba)< 0 05) occurs in phlogopite-rich xenoliths as lamellae within Mg-ilmenite (8.4-9.8 wt.% MgO) or as intergrowths in rutile crystals that may be included in sagenitic phlogopite. Mathiasite-loveringite was formed by reaction of peridotite primary minerals with alkaline melts. The priderite was formed by reaction of peridotite minerals with ultrapotassic melts. Disequilibrium textures and chemical zoning of associated minerals suggest that the metasomatic reactions responsible for the formation of the alkali-bearing Ti oxides took place shortly prior the entrainment of the xenoliths in the host magma, and is not connected to old (Proterozoic) mantle enrichment events. Keywords
RESUMO O Kimberlito Indaiá, situado 25 km a norte da cidade de Monte Carmelo, na região oeste de Minas Gerais, é intrusivo em granitóides cataclasados associados ao Grupo Araxá, na Faixa de Dobramentos Brasília. O corpo apresenta forma subcircular e diâmetro principal de 220 m na direção NE-SW; em sua porção NE ocorre uma intrusão de kamafugito associada de 120 m de diâmetro. A rocha exibe coloração cinza escura e textura inequigranular bem destacada, sendo constituída por uma matriz afanítica na qual estão dispersos macrocristais de olivina (abundantes), ilmenita, flogopita e piroxênio, além de xenólitos mantélicos e crustais de dimensões variadas. Os xenólitos mantélicos são constituídos, em ordem de abundância, por harzburgitos (41%), lherzolitos (37%), dunitos (14%), mica piroxenitos (6%) e xenólito polimítico (2%). Os harzburgitos, lherzolitos e dunitos exibem, além das fases primárias (olivina, enstatita e diopsídio), teores subordinados de espinélio, cromita, diopsídio, flogopita, ilmenita e raro anfibólio. A textura predominante é grossa (protogranular), ocorrendo subordinadamente as texturas granoblástica e porfiroclástica. Análises químicas por microssonda eletrônica revelaram que as fases silicáticas possuem valores Mg/(Mg+Fe) maiores em harzburgitos e dunitos e menores nos lherzolitos. Os mica piroxenitos (flogopita+enstatita+ilmenita) e os xenólitos polimíticos (olivina+diopsídio+ilmenita+flogopita) apresentam mineralogia mais complexa, possuindo em adição magnetita, perovskita, barita, zircão, badeleíta, pentlandita, galena e uma fase mineral rara ainda não identificada. As razões Mg/(Mg+Fe) das fases silicáticas são mais baixas que as dos xenólitos de peridotitos. As características químicas da flogopita e da ilmenita destes xenólitos indicam similaridades com os xenólitos da suíte MARID. A variedade textural dos xenólitos estudados, de grossa (protogranular) a granoblástica, é uma evidência de processos de recristalização por deformação mecânica. A aplicação de geotermômetros da literatura para os espinélio lherzolitos forneceu temperaturas de equilíbrio entre 655 a 908°C, em concordância com dados de outras intrusões do oeste mineiro. A presença de flogopita e ilmenita sob a forma de bolsões nos xenólitos de peridotitos, bem como nos mica piroxenitos e xenólitos polimíticos, são indicativos da atuação de processos de metassomatismo no manto da região de Monte Carmelo.
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