Introdução: A gestação é uma etapa fisiológica que requer acompanhamento de saúde adequado, com vistas ao desfecho positivo para mãe e bebê. Dentre outros cuidados previstos no acompanhamento pré-natal, o ganho de peso é parâmetro a ser monitorado sistematicamente, diante de sua relevância para a saúde materno-infantil e da relação entre ganho de peso inadequado e intercorrências na saúde. Objetivo: Descrever o perfil de ganho de peso gestacional de puérperas assistidas em uma maternidade pública, segundo estado nutricional prévio e idade materna. Método: Estudo epidemiológico transversal descritivo, de base primária (prontuário hospitalar) e secundária (entrevista), realizado em 2014, com amostra de 113 mulheres de 20 a 40 anos com até 48h pós-parto. O estado nutricional pré-gestacional foi avaliado por meio do Índice de Massa Corporal (IMC) e a avaliação da adequação do ganho de peso gestacional considerou as recomendações do Institute Of Medicine (IOM). Resultado: 73,5% tinham idade entre 20-29 anos; 69,9% realizaram seis ou mais consultas de pré-natal e 42,2% tinham excesso de peso (sobrepeso ou obesidade) prévio à gestação. O estado nutricional pré-gestacional, segundo idade, revelou que 35,5%(n=79) daquelas entre 20-29 anos e 60%(n=30) das entre 30-40 anos apresentavam excesso de peso prévio. Houve associação significativa (p<0,01) entre as variáveis “ganho de peso gestacional” e “estado nutricional prévio”. Dentre as que tiveram ganho de peso excessivo, 73,1% tinham excesso de peso prévio. Conclusão: Parte expressiva das puérperas já possuía excesso de peso e teve ganho ponderal excessivo na gestação, sobretudo as mais velhas. Sugerem-se a idade materna e o estado nutricional prévio como fatores determinantes do ganho de peso e recomendam-se maior capilaridade e cobertura do acompanhamento nutricional pré-natal no sistema público de saúde como possibilidade de enfrentamento do ganho de peso excessivo, que contribui para o agravamento da epidemia de obesidade no Brasil.
Este trabalho visa analisar uma oficina educativa utilizada como estratégia de educação alimentar e nutricional voltada ao incentivo da alimentação adequada e saudável no primeiro ano de vida, com ênfase na alimentação completar. Realizou-se oficina educativa conduzida por duas equipes: uma vinculada a um projeto extensionista, conhecido como IACOL; e outra vinculada ao Núcleo de Estudos da Saúde e Alimentação Materna e da Mulher (NESAM). Adotou-se a roda de conversa, que tem como estratégia a construção da prática dialógica. Seguiram-se as seguintes etapas: (a) Apresentação das equipes; (b) Acolhimento; (c) Processo saúde/doença; (d) Aleitamento materno; (e) Introdução da alimentação complementar; (f) Alimentação complementar (in box); (g) Quiz; (h) Discussão do tema e esclarecimento de dúvidas; e (i) Avaliação da oficina educativa. A atividade contou com 64 educandos: profissionais de saúde e graduandos de diversas áreas da saúde. Quanto aos conhecimentos obtidos pelos educandos da oficina educativa, na fase Quiz, contendo dez afirmativas baseadas nos “Dez passos para a alimentação saudável: guia alimentar para crianças menores de dois anos”, quatro afirmativas tiveram 100,0% dos acertos, e outras quatro tiveram percentuais variando de 45,1% a 62,5%. Cabe destacar que a afirmativa referente ao passo 10 foi a que teve o maior percentual de erros (73,4%) pelos educandos, e outra foi anulada. Em relação à avaliação subjetiva global pelos educandos, segundo interesse, participação e frequência, para todas as etapas, a avaliação foi satisfatória. Conclui-se que a ação educativa proporcionou aos educandos conhecimentos sobre a alimentação no primeiro ano de vida; no entanto, para algumas etapas, a oficina educativa será reformulada.DOI: 10.12957/demetra.2019.43384
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