Mistreatment in an academic setting and medical students' perceptions about their course in São Paulo, Brazil: a cross-sectional study Maus-tratos ABSTRACTCONTEXT AND OBJECTIVE: High prevalence of mistreatment among medical students has been described in the worldwide literature since the 1980s. However, studies addressing the severity and recurrence of victimization and its effects on students' perceptions of their medical course are scarce. This study had the aim of estimating the prevalence of exposure to mistreatment that was considered to be severe and recurrent and its association with medical students' perceptions about their medical course. METHODS: A cross-sectional study was conducted in a medical school in São Paulo, Brazil. Three hundred and seventeen students from the first to the sixth year answered the online questionnaire. RESULTS: High prevalence of mistreatment during the course was found. Two thirds of the students considered the episodes to be severe, and around one third reported experiencing recurrent victimization. Occurences of mistreatment that the students considered to be severe were correlated with feeling overloaded and wanting to abandon the medical course. CONCLUSIONS: Occurrences of mistreatment within the academic environment are frequent in Brazil.The results suggest that mistreatment that was considered to be severe might negatively affect students' perceptions about their course.RESUMO CONTEXTO E OBJETIVO: Altas prevalências de maus-tratos entre estudantes de medicina vêm sendo descritas na literatura internacional desde a década de 1980. Estudos sobre a gravidade e recorrência da vitimização e seus efeitos na percepção dos alunos sobre o curso médico são escassos. Este estudo tem por objetivo estimar a prevalência de exposição a maus-tratos considerados graves e recorrentes e sua associação com a percepção dos estudantes de medicina sobre o curso médico. MÉTODOS: Estudo transversal realizado em uma escola médica em São Paulo, Brasil. Trezentos e dezessete estudantes do primeiro ao sexto ano responderam ao questionário online. RESULTADOS: Foram encontradas altas prevalências de maus-tratos durante o curso. Dois terços dos estudantes consideraram os maus-tratos graves e cerca de um terço referiu vitimização recorrente. A ocorrência de maus-tratos considerados graves pelos estudantes esteve associada a sentimento de sobrecarga e desejo de abandonar o curso médico. CONCLUSÃO: A ocorrência de maus-tratos no ambiente acadêmico é frequente no Brasil. Os resultados sugerem que os maus-tratos percebidos como graves podem afetar negativamente a percepção dos estudantes sobre o curso.
Estudos demonstram que exposição à violência durante a formação médica tem impacto negativo na saúde mental dos estudantes. Inexistem estudos nacionais que busquem estimar a ocorrência de exposição à violência e investigar o seu impacto na saúde mental dos alunos. O nosso objetivo é descrever a exposição à violência grave por sexo e turma e investigar a associação entre exposição à violência grave e depressão, burnout e qualidade de vida dos alunos. MÉTODOS: Estudo de corte-transversal realizado em universidade pública no Estado de São Paulo. Todos os alunos do primeiro ao sexto ano (n=1072) receberam email com convite eletrônico e link para acesso ao questionário e 338 (31,5%) concordaram em participar do projeto. As associações entre exposição à violência severa e depressão, burnout e qualidade de vida foram avaliadas através de modelos de regressão logística multinomial simples e ajustado por sexo e ciclo (Básico, pré-clínico e clínico). RESULTADOS: Exposição à violência constitui-se em fator de risco para depressão, burnout e má avaliação da qualidade de vida. As associações mantiveram-se significantes mesmo após ajuste para sexo e momento do curso. Exposição à violência considerada grave aumenta a chance de depressão leve em 75% e de depressão severa em 598%. A associação com burnout aponta para um aumento na chance de burnout severo de 2,33 vezes e os alunos expostos avaliam sua qualidade de vida pior do que os alunos não expostos, sendo a chance de uma avaliação regular ou negativa entre 4 e 5 vezes maior. CONCLUSÕES: Exposição à violência durante o curso contribui para a ocorrência de depressão, burnout e má avaliação da qualidade de vida entre estudantes de medicina. Medidas que visem prevenir a ocorrência de situações abusivas e violentas e acolher e tratar as vítimas mostram-se fundamentais para melhoria das condições de saúde e qualidade de vida.
Soft-tissue calcifications are extremely common. Because the imaging findings are nonspecific, soft-tissue calcifications are often problematic for radiologists, sometimes prompting unnecessary interventions. In addition, the nomenclature is quite confusing. Classically, soft-tissue calcifications are divided into four categories, by mechanism of formation-dystrophic, iatrogenic, metastatic, and idiopathic-depending on the clinical and biochemical correlation. However, it is also possible to classify such calcifications by compartment, and that classification can be quite useful in the radiological diagnostic assessment. In this article, we illustrate the main causes of soft-tissue calcifications, organizing them according to their anatomical and pathophysiological aspects, thus narrowing the differential diagnosis.
<p>Introdução: Estudos apontam altas prevalências de agressões, abusos e maus-tratos contra alunos de medicina e sugerem que estudantes vitimados sentem-se mais deprimidos, insatisfeitos com a carreira e tendem a ter baixa autoestima. Estudos sobre esse problema no Brasil são escassos. O nosso objetivo é estimar a prevalência de agressões, abusos e maus tratos entre estudantes de medicina durante a graduação, considerando o tipo, perpetrador, a frequência e gravidade percebida. Metodologia: Estudo de corte transversal com estudantes de medicina de uma universidade estadual paulista. Enviamos um questionário on-line para 1072 estudantes, dos 344 respondentes, 317 foram incluídos na análise. Utilizados a plataforma REDCAP para coleta de dados entre 11/09/2013 e 13/12/2013. Resultados: A média de idade foi 22,24 anos (± 2,89), 49% eram homens e aproximadamente 45% eram do ciclo básico. A quase totalidade (92,31%) referiu ter sofrido ao menos um tipo de agressão durante o curso. Os tipos de agressões mais comuns foram depreciação/humilhação (73,1%) e agressão verbal (59,99%). Foi alta a prevalência de abuso ou discriminação sexual (43,32%). Violência física foi referida por 13% dos alunos. Os principais perpetradores são os próprios estudantes (83,75%) e professores (72,8%). Aproximadamente 30% dos alunos referem ter sido agredidos 5 vezes ou mais e 70% das vítimas consideraram os episódios muito importantes. Conclusão: A prevalência de agressões, abusos e maus-tratos é alta entre estudantes de medicina. Os episódios são repetitivos e considerados graves pelos alunos. Torna-se necessário investigar as repercussões destas situações na saúde mental e na qualidade de vida dos estudantes.</p>
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