Para o fortalecimento da política de Educação Permanente em Saúde (EPS), tutores e facilitadores de educação permanente em saúde foram formados. No intuito de desvendar suas necessidades e dificuldades durante o processo de implementação da EPS, foi desenvolvida uma pesquisa qualitativa com nove tutores e dez facilitadores de EPS de Londrina, estado do Paraná. Como instrumento de coleta de dados foi realizada a entrevista semiestruturada, e os dados foram analisados conforme análise de discurso proposta por Martins e Bicudo. Entre as necessidades, destaca-se a institucionalização da EPS, e, como dificuldade, a persistência de práticas hegemônicas. Com base nos resultados é necessário consolidar a EPS por meio de sua prática nos serviços de saúde, pois só dessa maneira, tutores, facilitadores e demais profissionais de saúde terão capacidade de superar as limitações que permeiam o processo de implementação da EPS.
Resumo: O objetivo deste trabalho foi analisar as experiências de atendimento à saúde de imigrantes bengaleses entre trabalhadores da atenção primária em saúde no Paraná, Brasil. Trata-se de um estudo qualitativo realizado em uma unidade básica que tem aproximadamente 700 bengaleses residindo em sua área de abrangência. O estudo foi desenvolvido em um município de médio porte localizado na região norte do Paraná. A produção de dados aconteceu por meio de entrevistas semiestruturadas com os trabalhadores de saúde. Os dados foram analisados sendo respeitados todos os aspectos éticos. Os resultados revelaram que a aparência e o idioma dos imigrantes afetam a forma de atendimento dos trabalhadores. Por conta disso, foi possível verificar uma série de implicações nas ações e serviços ofertadas a essa população, tais como: o uso do protocolo, mesmo este não atendendo às necessidades específicas dos imigrantes; a suposição dos motivos e das necessidades de procura da população imigrante pelos serviços de saúde; e a omissão na realização de algumas ações. Diante disso, a população de bengaleses acessa os serviços de atenção primária à saúde muito mais pela sua habilidade de adaptação do que pela capacidade dos trabalhadores de ofertarem uma assistência de acordo com as suas necessidades. Portanto, é necessário olhar de forma especial para os trabalhadores que estão inseridos nessa situação e pensar que formas de apoio podem ser ofertadas a uma equipe de saúde que lida cotidianamente com populações imigrantes.
O objetivo do estudo é identificar a equipe gestora dos municípios de pequeno porte da macrorregião Norte do Paraná. Trata-se de um estudo quantitativo realizado com as equipes de gestão em saúde de 82 municípios de pequeno porte da região Norte do Paraná. Os dados foram coletados por meio de um formulário estruturado contendo variáveis relacionadas ao perfil e atuação da equipe gestora. Os resultados revelaram que houve o predomínio de mulheres ocupando cargos de gestão e que mais de 50% dos membros da equipe gestora situavam-se na faixa etária de 30 a 44 anos e com ensino superior completo. Muitos profissionais que ingressavam nos serviços de saúde já entravam incorporados na equipe gestora. As funções de gestão mais referidas foram as relacionadas à responsabilidade pelos diferentes sistemas de informação, seguida pela regulação de exames e consultas especializadas e a função de planejamento e avaliação das ações e serviços de saúde. Ter uma equipe gestora relativamente jovem, com bom nível de formação pode contribuir para a construção do Sistema Único de Saúde (SUS), desde que esta equipe realize uma gestão que não perpetue uma prática de reprodução de modelo hegemônico centrado na doença e na lógica do mercado.
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