O objetivo deste artigo é fazer uma análise do processo de formação inicial de professores de línguas estrangeiras oportunizado por um projeto de extensão, cujo objetivo é promover o ensino de Português para Falantes de Outras Línguas (PFOL) na Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), campus Curitiba. Para tanto, será apresentado um breve histórico dessa atividade e de sua pertinência dentro da UTFPR, um panorama da situação atual e uma análise da relevância desse programa dentro do curso de Letras da UTFPR. Também serão discutidos os conceitos de professor reflexivo (PERRENOUD, 2002) e do trabalho docente baseado na indissociação entre prática e teoria (GIMENEZ, 2005). PALAVRAS CHAVE: Formação inicial de professores de línguas estrangeiras; Português para falantes de outras línguas; Curso de letras.
O presente artigo se propõe a apresentar e analisar as ações do Programa de Extensão Universitária de Português para Falantes de Outras Línguas (PFOL) da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), do campus Curitiba (CT), como contribuições para a discussão das micro e macropolíticas de Internacionalização nas Instituições de Ensino Superior (IES). Além disso, interessa-nos discutir ações empreendidas pelo Português sem Fronteiras (PsF), articuladas ao PFOL. Para tanto, faremos análises à luz de teóricos que conceituam internacionalização (TAVARES et al., 2016; BORGES et al. , 2018; PAZELLO, 2019) e de autores que propõem novos olhares para políticas de internacionalização de línguas não hegemônicas, como é o caso do português (DINIZ; BIZON, 2016; BORGES et al., 2018; LEAL; MORAES, 2017; FINARDI; GUIMARÃES, 2017; PICCIN; FINARDI, 2019).
Este artigo tem por objetivo contextualizar e expor o trabalho de produção de material didático como Recurso Educacional Aberto (REA) em uma das disciplinas de Ensino de Português para Falantes de Outras Línguas (PFOL), do Curso de Letras Inglês da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), campus Curitiba (CT), atentando para a importância dessa produção na formação de professores de português como língua adicional. Interessa-nos discutir a relevância da educação aberta por meio de materiais que se configurem como REAs, a agência dos alunos na produção de materiais didáticos, a apropriação por parte deles desse componente na sua formação como professores, conformando, desse modo, o panorama teórico-metodológico da construção dessa disciplina. Para tanto, descrevemos como a disciplina em questão está organizada e trazemos algumas reflexões acerca da literatura e premissas que embasam a ementa desta e como o tal organização se entrelaça com a práxis do docente em formação inicial.
Os materiais produzidos pelo projeto Portal do Professor de Português Língua Estrangeira/Língua Não Materna (PPPLE) configuram um riquíssimo insumo, pois são unidades didáticas (UD) produzidas como Recurso Educacional Aberto (REA) de diferentes países e culturas. Assim, nesta pesquisa qualitativa e exploratória, nos debruçamos sobre três UD de cada país lusófono presente no PPPLE, para refletir sobre suas propostas, encaminhamentos didáticos e possibilidade(s) de uso para além dos territórios onde foram produzidas. Partimos da revisão de trabalhos que já examinaram o PPPLE e que retomam sua história para, então, apresentar nossa análise à luz de um ensino de PLE que deve se voltar para uma realidade multicultural e global. Constatamos que o PPPLE é, efetivamente, um projeto pluricêntrico e intercultural, porém, essas características não se encontram, necessariamente, nas UD. Ou seja, ainda que disponhamos de materiais didáticos de diferentes culturas e variedades do português, estes acabam majoritariamente encapsulados em seus contextos micro e não incluem uma prática da língua que seja concretamente plural e intercultural. Gostaríamos de abrir, com este trabalho, um diálogo sobre adaptações das unidades do portal PPPLE para contextos plurais e interculturais, com vistas a promover reflexão e dissensos positivos.
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