O presente artigo se propõe a apresentar e analisar as ações do Programa de Extensão Universitária de Português para Falantes de Outras Línguas (PFOL) da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), do campus Curitiba (CT), como contribuições para a discussão das micro e macropolíticas de Internacionalização nas Instituições de Ensino Superior (IES). Além disso, interessa-nos discutir ações empreendidas pelo Português sem Fronteiras (PsF), articuladas ao PFOL. Para tanto, faremos análises à luz de teóricos que conceituam internacionalização (TAVARES et al., 2016; BORGES et al. , 2018; PAZELLO, 2019) e de autores que propõem novos olhares para políticas de internacionalização de línguas não hegemônicas, como é o caso do português (DINIZ; BIZON, 2016; BORGES et al., 2018; LEAL; MORAES, 2017; FINARDI; GUIMARÃES, 2017; PICCIN; FINARDI, 2019).
RESUMO:Este trabalho investiga o efeito da experiência (com fala não-nativa) de ouvintes brasileiros, bem como do tipo de meio (áudio ou áudio-vídeo) na compreensibilidade de excertos do Português Brasileiro produzidos por um aprendiz haitiano, do sexo masculino. O estudo foi conduzido com dois grupos de ouvintes brasileiros, com 20 participantes cada, sendo um composto por professores com experiência no ensino de português como língua adicional para haitianos (GP) e, o outro, por graduandos de um curso de Letras Português-Inglês, sem experiência com a fala de haitianos (GA). Entre os resultados estatísticos, testes Two-Way ANOVA intersujeitos demonstraram um efeito principal de experiência, i.e., o GP apresentou um maior índice de compreensibilidade quando comparado com o GA. No entanto, não foi encontrado um efeito principal de tipo de meio, e tampouco se verificou um efeito de interação entre as duas variáveis independentes (experiência e tipo de meio). A partir dos resultados, propõe-se uma reflexão teórico-metodológica sobre o conceito de 'compreensibilidade' de fala estrangeira que o entenda como propriedades compartilhadas entre falante e ouvinte, o que implica assumir que uma fala estrangeira passa por variáveis sociolinguísticas associadas a ambas as partes da interlocução. PALAVRAS-CHAVE:Português como Língua Adicional; Aprendizes haitianos; Compreensibilidade; Experiência; Multimodalidade da fala.ABSTRACT: This study investigates the effect of experience (with non-native spoken speech) of Brazilian listeners, as well as the type of medium (audio or audio-video) in the comprehensibility of Brazilian Portuguese excerpts produced by a male Haitian learner. The study was conducted with 2 groups, with 20 Brazilian listeners in each group, the first composed of experienced PAL (Portuguese as an Additional Language) teachers and the second formed by undergraduate students of both Portuguese-English (Literature and Linguistics) majors, with no experience with Haitians. Among the statistics results, the Two-Way ANOVA for independent samples revealed an effect of experience, i.e., the group of teachers presented higher comprehensibility rates when
Na esteira de contribuições que entendem o desenvolvimento linguístico de Línguas Adicionais (LAs) via Teoria dos Sistemas Dinâmicos Complexos (VERSPOOR; DE BOT; LOWIE, 2011; LOWIE; VERSPOOR, 2015; LOWIE; VERSPOOR, 2019, dentre outros), assume-se a variabilidade como um processo inerente ao aprendizado de uma línguae, em decorrência disso, a flutuação linguística apresentada por alguns aprendizes pode estar atrelada a uma melhora em sua proficiência (LOWIE; VERSPOOR, 2019). Partindo de tal visão de língua como Sistema Dinâmico Complexo e da definição de ‘inteligibilidade’ de Derwing e Munro (2015), revisitada sob uma visão dinâmica em Albuquerque (2019), este trabalho apresenta resultados de um estudo longitudinal do referido construto. O estudo longitudinal (com 12 pontos de coleta) contou com dois falantes haitianos (com diferentes tempos de residência no Brasil e níveis de proficiência no português) e dois ouvintes brasileiros (com diferentes experiências em outras LAs e graus de contato com estrangeiros, aprendizes de Português como LA). Os ouvintes realizaram uma tarefa de inteligibilidade caracterizada pela repetição oral de palavras. Análises de pico de aprendizagem e simulações de Monte Carlo (cf. VERSPOOR; DE BOT; LOWIE, 2011) revelaram picos significativos de aprendizagem para duas das quatro possíveis combinações entre falantes e ouvintes. Os achados contribuem com um olhar dinâmico para o construto de ‘inteligibilidade’ e têm implicações para estudos em desenvolvimento linguístico em LAs.
A avaliação está presente em todo o processo de ensino e aprendizagem de uma língua. Avaliar o desempenho de alguém em uma língua estrangeira é uma responsabilidade para todos os sujeitos envolvidos no processo. Um grupo de estudos, formado por professores do Celin, propôs-se a trabalhar com os objetivos do curso como um todo e de cada nível, e com as avaliações do curso regular de Língua Inglesa do Centro de Línguas e Interculturalidade da UFPR, com o propósito de ler sobre avaliação e fazer sugestões bem informadas para guiar o processo de avaliação que acontece na instituição. Os critérios sugeridos pelos membros do grupo de estudos para avaliar os diferentes aspectos do desempenho dos alunos são apresentado em tabelas ao final do texto. A intenção é fazer uso desses critérios como diretrizes para a prática de avaliação.
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