O artigo focaliza a inserção profissional de uma professora de matemática que passou pelo PIBID e hoje atua no Ensino Fundamental II de uma escola pública municipal do Rio de Janeiro, Brasil. Foi realizado um estudo de caso etnográfico, de modo a que as experiências, a formação e as expectativas da professora fossem compreendidas por meio de entrevistas em profundidade e observação participante. Teoricamente, o artigo dialoga com Cochran-Smith, Fiorentini e Marcelo Garcia. Os resultados demonstram que: há uma tendência ao isolamento por parte da professora iniciante; existe uma força da área e uma crença epistemológica no ensino transmissivo; o PIBID aparece como uma contribuição no que se refere ao conhecimento do contexto profissional.
O artigo tem por objetivo analisar situações de ensino protagonizadas por professores iniciantes em escolas públicas localizadas em áreas conflagradas do estado do Rio de Janeiro, como meio de discutir os desafios de uma educação democrática e comprometida com a justiça social, em um tempo marcado por incertezas em diferentes esferas da vida. Orienta-se pelo seguinte questionamento: o que é imprescindível à docência em tempos e contextos incertos e de exclusão social na perspectiva de professores que vivem as incertezas do início da profissão? Teoricamente, fundamenta-se em Santos (2020), Biesta (2013) e Zeichner (2008), para discutir didática e docência em ‘tempos incertos’ e a insurgência de uma educação democrática; em André (2018) e Cruz, Farias e Hobold (2020), para situar os professores em inserção profissional; e em Candau (2009, 2011, 2015, 2020), para defender perspectivas a favor de uma didática intercultural. Metodologicamente, analisa depoimentos de seis professores em situação de inserção profissional em escolas de áreas conflagradas, cujas constatações indicam que, apesar das circunstâncias, os professores mobilizam fazeres e saberes profissionais a favor da inclusão e da diversidade, expressos em relações pedagógicas afetivas e planejamentos com ênfase no diálogo e no trabalho diferenciado. Conclui com a defesa de perspectivas a favor de uma didática intercultural situada no tempo e no contexto e comprometida com a educação democrática e a justiça social.
O artigo apresenta o trabalho desenvolvido pelo Grupo de Estudos e Pesquisas em Didática e Formação de Professores (GEPED), desde sua criação (2009) até o presente momento (2018). O GEPED realiza pesquisas que têm como foco pedagogia, didática, formação e trabalho docente. Compreende-se que a conformação do grupo (professores da educação básica e do ensino superior, mestrandos e doutorandos) tem revelado um duplo papel formativo, pois possibilita a formação de professores e de pesquisadores, a partir da premissa do trabalho colaborativo e entre pares. Pretende-se compartilhar o percurso do grupo através da abordagem de quatro eixos: i – práticas de formação e de pesquisa; ii – marcações teóricas na interseção entre didática e formação de professores; iii – pesquisas desenvolvidas; iv – próximos passos: pesquisa-formação como estratégia de indução profissional docente.
Este artigo tem por objetivo analisar tensões e desafios da docência que permeiam a prática de ensino de jovens professores durante o processo de inserção profissional. Busca-se olhar para a entrada na escola, as tensões enfrentadas e as estratégias de superação que incidem no processo de socialização e desenvolvimento profissional. Participaram do estudo 16 professores de várias áreas disciplinares, com atuação nas três etapas da Educação Básica e no contexto de instituições públicas de ensino. A metodologia envolveu entrevista com todos os participantes e observação de aulas de alguns deles. Os resultados confirmam tensões decorrentes do choque de realidade; apontam que as tensões enfrentadas manifestam-se em torno de questões pedagógicas, comunitárias e estruturais; e indicam a busca por parcerias como estratégia nodal de superação. A conclusão destaca que o esforço dos professores em prol de uma prática docente comprometida com as demandas sociais, intelectivas, morais, comportamentais e afetivas de seus alunos esbarra nas tensões decorrentes da condição em que se encontram de iniciantes na carreira, corroborando a necessidade de políticas de formação e valorização do desenvolvimento profissional nessa fase.
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