O artigo discute a formação do gênero talk show no Brasil, com base nas configurações históricas dos programas Globo Gente (Globo, 1973) e Jô Soares Onze e Meia (SBT, 1988 a 2000), ambos apresentados por Jô Soares. A questão que norteia este artigo é: quais as diferenças contextuais que possibilitaram o fracasso do Globo Gente e o sucesso do Onze e Meia de modo a fomentar e popularizar o gênero talk show no Brasil? A partir da noção de gênero como categoria cultural desenvolvida por Jason Mittell, procura-se na crítica televisiva e acadêmica os discursos sobre o talk show no Brasil e as condições que levaram a seu fortalecimento na grade de programação.
Enquanto nos países de língua inglesa o termo “talk show” é utilizado para designar programas, jornalísticos ou não, que têm a conversa entre participantes como marca central, no Brasil, a nomenclatura “talk show” representa um corte entre a esfera do jornalismo e do entretenimento. O objetivo do presente artigo é resgatar historicamente o surgimento do gênero talk show no Brasil e demonstrar analiticamente os elementos que o configuram enquanto gênero televisivo por meio da observação do Programa do Jô (rede Globo). A recuperação histórica visa demonstrar seu desdobramento a partir dos programas de entrevistas e os fatores sócio-culturais da sociedade brasileira que permitiram o borramento de fronteiras entre informação e entretenimento, hoje comumente chamado de infotainment. A análise do programa levará em consideração o conceito de modos de endereçamento, pensado enquanto tom e estilo do programa.
Resumo O artigo de cunho analítico propõe reflexão sobre transformações da conversaçãotelevisiva operadas no YouTube, com especial interesse em corpos que se posicionam como dissidentes. Toma como objeto empírico três canais – Põe na Roda, Canal das Bee e Dragse – que tensionam convenções midiáticas de masculinidades e feminilidades na relação com matrizes do talk show e de programas de debate. O estudo aponta lugares de reforço da convenção binária que marca os corpos televisivos, apesar do interesse em identificar lugares de trânsito do YouTube. Apresenta abordagem historicizada do fenômeno, investindo na noção de gênero televisivo como figura de historicidades, em associação ao sentido deperformance e relatos de si
Enquanto nos países de língua inglesa o termo “talk show” é utilizado para designar programas, jornalísticos ou não, que têm a conversa entre participantes como marca central, no Brasil, a nomenclatura “talk show” representa um corte entre a esfera do jornalismo e do entretenimento. O objetivo do presente artigo é resgatar historicamente o surgimento do gênero talk show no Brasil e demonstrar analiticamente os elementos que o configuram enquanto gênero televisivo por meio da observação do Programa do Jô (rede Globo). A recuperação histórica visa demonstrar seu desdobramento a partir dos programas de entrevistas e os fatores sócio-culturais da sociedade brasileira que permitiram o borramento de fronteiras entre informação e entretenimento, hoje comumente chamado de infotainment. A análise do programa levará em consideração o conceito de modos de endereçamento, pensado enquanto tom e estilo do programa.
Resumo Este artigo analisa o modo como o canal Disney+ emprega o valor de diversidade para a construção de suas narrativas mais contemporâneas, em especial na série de curtas-metragens SparkShorts, da Pixar. A iniciativa renegocia o passado da Disney, marcado por críticas às representações estereotipadas de culturas e grupos sociais, aproximando-se de pautas dos movimentos LGBTQIA+, de pessoas com deficiência, negros e mulheres. Com base na noção de diferença, buscamos demonstrar que a série, ao mesmo tempo que possibilita novas narrativas por meio das experiências de seus diretores, também se coloca como espaço para afirmação e construção da Disney enquanto marca.
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