Essa pesquisa tem como objetivo analisar artigos científicos que contemplem estudos sobre aspectos da vida de mulheres lésbicas, ou mulheres que fazem sexo ou se relacionam eroticamente com outras mulheres, publicados nas últimas três décadas (1990-2020), investigando se tais textos trazem perspectivas epistemológicas críticas em estudos sobre gêneros e sexualidades. Realizou-se um levantamento de artigos publicados com 7 descritores específicos nas plataformas LILACS, MEDLINE, SciELO, PEPSIC e Periódicos CAPES. Foram selecionados 170 artigos para a pesquisa, onde puderam ser identificados 32 temas distintos no que tange à abordagem acerca de mulheres pertencentes a minorias sexuais, evidenciando o fenômeno da interseccionalidade. O período com maior número de publicações selecionadas foi de 2018 a 2020, demonstrando que pesquisas relacionadas a esse público têm ganhado cada vez mais espaço na atualidade. Os temas elencados foram agrupados por similaridade e formaram categorias temáticas, como a da Saúde, que foi o foco deste trabalho. Dos 170, 25 artigos compuseram a categoria Saúde, e estes se distribuíram em 3 temas: Saúde Sexual, Relação Sujeito-Profissional de Saúde e Pesquisa em Saúde, sendo o primeiro o mais recorrente. Este trabalho segue em andamento, e está em processo de junção com outra pesquisa envolvendo a população LGBTQIA+, a fim de elucidar ainda mais o panorama científico existente e contribuir no fortalecimento do campo de estudos em gêneros e sexualidades.
Apesar do avanço do conhecimento técnico científico quanto ao desenvolvimento dos fármacos industrializados e sintéticos, o uso das plantas medicinais como métodos alternativos ou complementares no tratamento de enfermidades continua sendo uma prática dentre as comunidades tradicionais transmitida através das gerações. Este estudo teve como objetivo realizar um levantamento etnobotânico das plantas utilizadas com finalidades terapêuticas e o conhecimento de moradores de cidades do extremo sul da Bahia. Para isso foi disponibilizado um questionário online nas redes sociais para recolhimento dos dados. Dentre os 85 respondentes, foram identificadas 72 espécies de plantas e suas respectivas utilizações terapêuticas. As partes das plantas mais utilizadas são a folha, o caule, a flor, a raiz e a casca na forma de infusos, macerados e/ou suco. As plantas mais utilizadas foram: erva cidreira, capim santo, boldo, camomila, erva doce, babosa e hortelã. As principais indicações terapêuticas foram: gripe, resfriado, problemas intestinais, estresse, ansiedade, dor de cabeça, inflamações e febre. O conhecimento popular e o uso das plantas medicinais permanecem amplamente preservadas pelas pessoas no extremo sul da Bahia.
Este estudo tem como objetivo a análise de músicas sertanejas cantadas por mulheres lançadas no período de 2015 à 2019, coletadas nos rankings das 100 músicas mais tocadas em cada ano, segundo as bases de dados Crowley e Connectmix. A análise possibilitou a construção de categorias de temas figurativos referentes à representação de mulher e de masculinidades presentes no senso comum da sociedade brasileira. Investigou-se o desenvolvimento de uma subclasse do gênero musical sertanejo, o Feminejo, que têm como característica principal o protagonismo feminino. Foi constatado que as letras das canções do Feminejo promovem uma quebra de paradigma através da inserção de uma nova representação social de mulher, constituída com aspectos relativos tanto à representação social hegemônica de mulher quanto às representações sociais de masculinidades. Em suma, este tensionamento constitui uma espécie de estratégia comercial para a ascensão e estabilização das mulheres no mercado da música sertaneja, e pode ser uma explicação para cantoras mais tradicionais -que optam por seguir a linha da representação hegemônica -não conseguirem mais se manter no topo das paradas.
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