O Programa Família Acolhedora é uma política pública de Assistência Social destinada ao acolhimento provisório de crianças e adolescentes afastadas do convívio familiar. Oobjetivo do estudo consistiu em analisar as motivações para acolhimento das famíliascandidatas. Realizamos análise documental de 53 fichas de cadastros das famílias, sendo utilizada a técnica de análise de conteúdo para análise dos dados. Destacamos como categorias mais significativas de respostas: Infância desamparada;privação e reciprocidade;vínculo, proteção e cuidado. O estudo demonstrou que atuam como motivações para acolhimento as relações estabelecidas pelas famílias entre seus cotidianos de carências e violências com as experiências vividas pelas crianças, fomentando o fator de identificação entre acolhidos e acolhedores; além de revelar o imaginário construído sobre a infância e adolescência alvo das políticas públicas.Nesse sentido, a infância é concebida comosofrida e vitimada, contribuindo com ideias acerca da ingenuidade e fragilidade, já a adolescência não é mencionada.Palavras-chave: Políticas Públicas, Famílias Acolhedoras, Assistência Social.
O estudo apresenta uma revisão sistemática de literatura, cujo objetivo foi analisar os processos históricos de (des)naturalização da violência física contra crianças e adolescentes no âmbito familiar contextualizando tais práticas com o advento do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), promulgado em 1990 e da Lei 13.010/2014. Foram selecionados vinte artigos da base de dados Scielo que foram analisados tendo como referência a análise de conteúdo temático-categorial. Os resultados apontaram que o ECA e a Lei 13.010/2014 são importantes dispositivos de desnaturalização dessa violência, contudo, o enfrentamento de tal realidade ainda permanece como um desafio para as políticas públicas de saúde, educação e assistência social. Observou-se que o castigo físico naturalizado ao longo da história como prática educativa legitimada na família ainda opera e resiste a novos modelos educacionais.
Alice De Marchi Pereira de Souza, Amana Mattos, Edna Lúcia Tinoco Ponciano, Fábio Santos Bispo, Filipe Degani-Carneiro, Jimena de Garay Hernández, Laura Cristina de Toledo Quadros, Marcos Vinicius Brunhari, Michelle Menezes Wendling, Nazaré Albuquerque Hayasida, Patrícia Lorena Quitério, Rebeca Valadão Bussinger, Rodolfo Rodrigues de Souza, Rosana Lazaro Rapizo, Sabrina Dal Ongaro Savegnago, Vitor Castro Gomes
Essa pesquisa tem como objetivo analisar artigos científicos que contemplem estudos sobre aspectos da vida de mulheres lésbicas, ou mulheres que fazem sexo ou se relacionam eroticamente com outras mulheres, publicados nas últimas três décadas (1990-2020), investigando se tais textos trazem perspectivas epistemológicas críticas em estudos sobre gêneros e sexualidades. Realizou-se um levantamento de artigos publicados com 7 descritores específicos nas plataformas LILACS, MEDLINE, SciELO, PEPSIC e Periódicos CAPES. Foram selecionados 170 artigos para a pesquisa, onde puderam ser identificados 32 temas distintos no que tange à abordagem acerca de mulheres pertencentes a minorias sexuais, evidenciando o fenômeno da interseccionalidade. O período com maior número de publicações selecionadas foi de 2018 a 2020, demonstrando que pesquisas relacionadas a esse público têm ganhado cada vez mais espaço na atualidade. Os temas elencados foram agrupados por similaridade e formaram categorias temáticas, como a da Saúde, que foi o foco deste trabalho. Dos 170, 25 artigos compuseram a categoria Saúde, e estes se distribuíram em 3 temas: Saúde Sexual, Relação Sujeito-Profissional de Saúde e Pesquisa em Saúde, sendo o primeiro o mais recorrente. Este trabalho segue em andamento, e está em processo de junção com outra pesquisa envolvendo a população LGBTQIA+, a fim de elucidar ainda mais o panorama científico existente e contribuir no fortalecimento do campo de estudos em gêneros e sexualidades.
Este trabalho objetivou identificar e analisar as representações sociais de masculinidades e de amor para travestis. Foram realizadas 21 entrevistas semiestruturadas e os dados coletados foram submetidos aos procedimentos da análise de conteúdo categorial temática. Identificou-se que as travestis utilizam elementos da ideia de masculinidade hegemônica para construção desta representação, objetivando-a no modelo do homem forte e viril, sobre o qual não se identificam mas direcionam seu desejo. O amor, revelado como elemento que pertence ao universo feminino, é valor que corresponde a uma ética para o grupo. Concluiu-se que as experiências de preconceito e discriminação influenciam fortemente a construção da imagem de homem e mulher das travestis e alimentam suas identificações.
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