Resumo A pandemia causada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2) configura quadro de emergência de saúde pública mundial. Algumas categorias ocupacionais têm risco elevado de exposição à infecção, como os(as) trabalhadores(as) da saúde. Neste artigo, objetiva-se sumarizar e sistematizar aspectos relativos às condições de trabalho e de saúde dos(as) trabalhadores(as) da saúde nessa pandemia, enfatizando a situação no Brasil, experiências exitosas na proteção do trabalho em saúde em outros países e recomendações para o contexto brasileiro. Iniciativas imediatas de proteção e combate à pandemia em outros países incluíram como pontos estratégicos: adequação das condições de trabalho; testagem sistemática e ações específicas de assistência aos(às) trabalhadores(as). Para o enfrentamento da Covid-19 no Brasil, destacam-se como recomendações: revisão de fluxos de atendimento e definição de características e condições para cada etapa de atendimento; estabelecimento da Covid-19 como doença relacionada ao trabalho para os grupos expostos; registro efetivo da ‘ocupação’ nos sistemas de informação; estabelecimento de condições especiais para execução do trabalho na situação de epidemia; atenção às jornadas laborais e ações para redução de estressores ocupacionais. A atuação desses(as) trabalhadores(as) é elemento central no enfrentamento da pandemia, portanto, o plano de combate ao Covid-19 deve incluir proteção e preservação de sua saúde física e mental.
RESUMO:A pandemia causada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2) configura quadro de emergência de saúde pública mundial. Algumas categorias ocupacionais têm risco elevado de exposição à infecção, como os(as) trabalhadores(as) da saúde. Neste artigo objetiva-se sumarizar e sistematizar aspectos relativos às condições de trabalho e de saúde dos/as trabalhadores/as da saúde nessa pandemia, enfatizando a situação no Brasil, experiências exitosas na proteção do trabalho em saúde em outros países e recomendações para o contexto brasileiro. Iniciativas imediatas de proteção e combate à pandemia em outros países incluíram como pontos estratégicos: adequação das condições de trabalho; testagem sistemática e ações específicas de assistência aos(às) trabalhadores(as). Para o enfrentamento da COVID-19 no Brasil, destacam-se como recomendações: revisão de fluxos de atendimento e definição de características e condições para cada etapa de atendimento; estabelecimento da COVID-19 como doença relacionada ao trabalho para os grupos expostos; registro efetivo da ocupação nos sistemas de informação; estabelecimento de condições especiais para execução do trabalho na situação de epidemia; atenção às jornadas laborais e ações para redução de estressores ocupacionais. A atuação desse/as trabalhadores/as é elemento central no enfrentamento da pandemia, portanto, o plano de combate ao COVID-19 deve incluir proteção e preservação de sua saúde física e mental. Palavras-chave: COVID-19, trabalhadores da saúde, saúde do trabalhador.
Objetivo: Analisar a produção científica nacional e internacional referente às condições de trabalho e saúde dos agentes de saúde, no período de 2007 a 2017. Metodologia: Revisão integrativa das condições de trabalho e saúde dos agentes de saúde, por meio de busca eletrônica de artigos indexados nas bases de dados PUBMED, MEDLINE, SCIELO e LILACS, utilizando os descritores primary health care, occupational health, health personnel, community health workers, em inglês, no período de outubro a dezembro de 2017. Após aplicação dos critérios de inclusão, exclusão e leitura na integra 26 artigos fizeram parte desta revisão, e foram analisados conforme formulário padronizado, com dados referentes à autoria, periódico, ano de publicação, população, objetivo e metodologia. As informações extraídas foram submetidas a análise de conteúdo categorial. Resultados: Observou-se predominância de estudos publicados no Brasil, no estado de São Paulo, de abordagem quantitativa. Desse material, 18 estudos trataram das condições de saúde e 15 apontaram fatores de risco no trabalho. Dentre as condições inadequadas destacaram as dificuldades impostas por morar e trabalhar no território, situações ambientais, exposição à radiação solar, violência e riscos ergonômicos. Os transtornos mentais relacionados ao trabalho entre os agentes de saúde foram os problemas de saúde mais estudados, seguidos dos problemas de pele, queixas de voz e das lesões do sistema osteomuscular. Conclusões: Verificou-se que as condições de trabalho e saúde dos agentes de saúde apontam para a necessidade de mudanças nos processos de trabalho, a fim de minimizar potenciais efeitos negativos sobre a saúde, especialmente a saúde mental.
Objetivo: Avaliar a associação entre inatividade física no lazer (IFL) e transtornos mentais comuns (TMC) entre trabalhadores(as) da Atenção Primária à Saúde (APS). Métodos: Estudo transversal, realizado com amostra aleatória de 1.862 trabalhadores(as) da APS de municípios do estado da Bahia. O questionário de coleta de dados incluiu características sociodemográficas e ocupacionais, hábitos de vida e o Self-Reporting Questionnaire. Procedeu-se análise multivariada, com uso da Regressão de Poisson com variância robusta. Resultados: Identificaram-se prevalências de 22,6% para TMC e 48,2% para IFL. Na análise bivariada, houve maior prevalência de TMC naqueles com IFL (p<0,001), sexo feminino (p=0,015), menor nível de escolaridade (p=0,001) e renda (p<0,001), nos Agentes Comunitários de Saúde (p<0,001), com tempo de trabalho de cinco anos ou mais (p=0,040) e com comportamento sedentário no lazer (assistir TV e/ou ouvir rádio) (p=0,025). Evidenciou-se incremento da prevalência de TMC entre aqueles com IFL (53%), com tempo de trabalho na unidade maior ou igual a cinco anos (20%) e cujas atividades no seu tempo de lazer eram assistir TV e ouvir rádio (30%). Na análise múltipla, a associação entre IFL e TMC manteve-se significante (RP: 1,36; IC95%: 1,11-1,65), ajustando-se pelas variáveis confundidoras. Conclusão: A IFL é importante fator determinante da ocorrência de TMC entre trabalhadores(as) da APS, com influência de características da organização e processo de trabalho e outros hábitos de vida no lazer nessa relação.
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