CONTEXT AND OBJECTIVE: Cervical stenosis is a postoperative complication of procedures for treating preinvasive lesions of the cervix and takes on particular importance due to the clinical repercussions associated with it. Furthermore, it causes limitations in relation to cytological and colposcopic follow-up. The aim here was to assess the incidence of cervical stenosis among a cohort of patients who underwent electrosurgical conization and to identify possible prognostic factors associated with its occurrence. DESIGN AND SETTING:Retrospective study at Gynecology and Obstetrics Department, Instituto Fernandes Figueira, Rio de Janeiro. METHODS:This was an observational study among a cohort of patients who underwent electrosurgical conization of the uterine cervix. The possible predictive variables were analyzed as bivariate means between the groups with and without stenosis. We also calculated the incidence density rate ratio for cervical stenosis in relation to each possible predictive variable and the respective confi dence intervals (95%). Levels of 5% were considered signifi cant.RESULTS: 274 patients who underwent electrosurgical conization of the uterine cervix with a minimum follow-up period of six months were included. The crude incidence of cervical stenosis was 7.66% and the incidence density was 3.3/1,000 patients-month. CONCLUSIONS:We did not fi nd associations between the variables for stenosis. However, we observed borderline signifi cance levels relating to hemorrhagic complications before and after the operation (p = 0.089).
RESUMOObjetivo: verificar a prevalência de lesões intra-epiteliais de alto grau (LIAG) e câncer invasor em mulheres com citologia com diagnóstico de ASCUS (atipias em células escamosas de significado indeterminado) persistente após 6 meses e verificar se a idade é fator indicador para a existência destas lesões neste grupo de mulheres. Métodos: foram incluídos 215 casos de mulheres não-gestantes e HIV-negativas com diagnóstico de ASCUS (sem especificação) persistente em duas citologias com intervalo mínimo de 6 meses. Tais resultados foram confrontados com o resultado histológico de biópsias, exéreses da zona de transformação (large loop excision of the transformation zone) ou cones. Foram considerados negativos para LIAG ou câncer quando a colposcopia foi satisfatória e sem alterações ou quando, apesar de insatisfatória, não foi detectada lesão em pelo menos um seguimento citológico e colposcópico. Para estabelecer a prevalência de lesões, calculamos a freqüência de diagnósticos com seus respectivos intervalos de confiança a 95% (IC 95%). Para análise estatística da diferença de proporções de LIAG ou câncer em cada faixa de idade, foi utilizado teste do χ 2 , e ainda estimamos o risco destas lesões entre mulheres com mais de 35 anos pela razão de prevalências com seu IC 95%. Resultados: encontramos um total de negativos de 49,3% dos casos (IC 95%: 42,9). A prevalência de lesões intra-epiteliais de baixo grau foi de 38,6% (IC 95%: 32,1-45,1) e de LIAG de 10,7% (IC 95%: 6,5-14,8). Casos de câncer foram encontrados em 1,4% das pacientes (IC 95%: 0-2,9). Não foi possível estabelecer, de forma significativa, maior risco de LIAG/câncer considerando o corte de idade em 35 anos. Conclusão: a prevalência de LIAG/câncer encontrada em nosso estudo mostra que o risco de encontrarmos este tipo de lesão em mulheres atendidas no Sistema Único de Saúde em nosso município com duas citologias com diagnóstico de ASCUS é de cerca de 12%. Não foi possível evidenciar maior probabilidade de LIAG/câncer em qualquer das faixas etárias analisadas, porém este resultado pode ter sido limitado pelo pequeno tamanho amostral. PALAVRAS-CHAVE:Células epidermóides atípicas; Neoplasia intra-epitelial cervical; Neoplasia do colo uterino; Câncer cervical; Colposcopia; Citodiagnóstico ABSTRACT Purpose: to determine the prevalence of high-grade squamous intraepithelial lesions (HSIL) and cancer in women with cytological diagnosis of persistent ASCUS (atypical squamous cells of undetermined significance) for 6 months in the last 7 years. We also assessed if age could be a predictive factor for presence of HSIL/cancer in this group. Methods: we included 215 cases of nonpregnant and HIV-seronegative women with cytological diagnosis of persistent ASCUS (unespecific) with at least 6 months of interval between smears. This cytological diagnosis was compared to histological diagnosis obtained by biopsy (large loop excision of the transformation zone) or cone biopsies, and considered negative when colposcopy was satisfactory without lesions or, when unsatis...
CONTEXT AND OBJECTIVE: Cervical cancer is a serious public health problem in Brazil. For patients with unsatisfactory colposcopic examinations without visible lesions, but with cervical cytological tests suggesting high-grade squamous intraepithelial lesion (HSIL), the national recommendation is to repeat cervical cytological tests after three months. Our aim was to assess the prevalence of HSIL and cancer among patients with initial cervical cytological tests suggestive of HSIL but with unsatisfactory colposcopic examinations without visible lesions, in order to contribute towards the discussion regarding a more effective clinical approach that might diminish the likelihood of patient abandonment of follow-up before appropriate diagnosis and treatment. RESULTS:Sixty-five such patients were included, comprising 33.8% with HSIL and 4.6% with cancer, confirmed histologically. The other patients presented low-grade squamous intraepithelial lesion (26.1%), glandular dysplasia (1.5%) and absence of disease (33.8%). CONCLUSION:The observed prevalence of cancer and HSIL does not seem to be enough to justify immediate referral for cone biopsies to investigate the cervical canal in these cases. The findings suggest that the recommendation of repeated cytological tests following an initial one with HSIL, among patients with unsatisfactory colposcopic examinations without visible lesions, is appropriate in our setting. Efforts are needed to ensure adherence to follow-up protocols in order to reduce the chances of losses. RESUMOINTRODUÇÃO: O câncer de colo uterino é um grave problema de saúde pública no Brasil. Em pacientes com colpocitologias sugestivas de lesão intraepitelial escamosa de alto grau (HSIL) e colposcopia insatisfatória sem lesão visível, a recomendação nacional é repetir a colpocitologia após três meses.Nosso objetivo foi medir a prevalência de HSIL e câncer em pacientes com a primeira colpocitologia sugestiva de HSIL e colposcopia insatisfatória sem lesão visível, no intuito de contribuir para a discussão sobre uma conduta clínica mais efetiva e que diminua a probabilidade de perdas de acompanhamento antes do diagnóstico e tratamento adequados. TIPO DE ESTUDO E LOCAL: RESULTADOS:Foram incluídas 65 pacientes na situação descrita e encontrados 33,8% de HSIL e 4,6% de câncer confirmados histologicamente. Os demais casos apresentaram lesão intra-epitelial escamosa de baixo grau (26,1%), displasia glandular (1,5%) e ausência de doença (33,8%).CONCLUSÃO: A prevalência de HSIL ou câncer encontrada não parece suficiente para defender a conduta de encaminhar as pacientes de imediato para conização a fim de investigar o canal cervical. Os achados sugerem que a recomendação de repetir a citologia após uma primeira com HSIL sem lesão visível e colposcopia insatisfatória é apropriada no nosso cenário. Devem ser implementados esforços para adesão às recomendações de acompanhamento e reduzir a chance de perdas.
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