A universidade é significada como um ambiente crítico e seguro, todavia, recentemente tem-se denunciado diversos tipos de violências ocorridas nesse ambiente. A partir dessa premissa foi desenvolvido o projeto de extensão: “Combate à violência e Redução de Danos: autonomia e dimensão pública-política do corpo da mulher no cenário acadêmico”, que promoveu intervenções em festas universitárias. Por meio de observação participante e diário de campo, as intervenções foram tomadas como objeto de análise. Sendo assim, objetivou-se analisar a discursivização do corpo da mulher no cenário das festas universitárias, a fim de compreender os efeitos produzidos a partir das intervenções. As análises partem das noções de corpo público e político (BUTLER, 2017; BEAUVOIR, 1960) e trazem como resultado o efeito da presença do corpo feminino nas festas: corpo marcado pela possibilidade da violência, mas também da resistência, subvertendo a lógica de dominação dos corpos imposta pelo patriarcado.
Resumo: Este artigo apresenta e discute uma experiência produzida com mulheres moradoras de duas residências inclusivas, enfatizando a atuação da psicologia no âmbito da proteção social especial por meio de uma intervenção fotográfica. As atividades foram desenvolvidas no ano de 2019, como parte da experiência de estágio profissionalizante, e tiveram como eixos norteadores a produção de subjetividade e a desinstitucionalização, com vistas a ampliação das possibilidades de inserção social às moradoras e a reafirmação do compromisso ético-político da psicologia com a superação de processos de exclusão e estigmatização de grupos marginalizados. Os dados analisados constavam nos diários de campo elaborados ao longo do diagnóstico institucional, do planejamento, do desenvolvimento e da avaliação das atividades desenvolvidas. Consideramos que o estágio foi um dispositivo potente em nosso processo de formação e, além disso, a intervenção fotográfica produziu entre nós e as mulheres moradoras a ampliação das possibilidades de produção subjetiva e territórios existenciais.
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