Utilizando os modelos de análise propostos por Hallim e Mancini para comparar sistemas de mídia e sistemas políticos, o artigo descreve, classifica e discute o sistema de mídia brasileiro e sua relação com o sistema político no atual período democrático tendo como foco o comportamento do jornalismo político. São enfatizadas na análise as coberturas eleitorais da chamada grande imprensa durante as eleições presidenciais (1989, 1994, 1998 e 2002) e as mudanças operadas do ponto de vista da diversidade externa e interna do sistema de mídia, bem como da sua capacidade de promover o debate pluralista.
Using Hallim and Mancini's models of analysis to compare media and political systems, the article describes, classifies and discusses the brazilian case in the recent democratic period, having as focus the political jornalism behaviour. The electoral press coverage during the presidential elections (1989, 1994, 1998 and 2002) and the changes in regard to external and internal diversity of the media system are emphasized, as well as its capacity to promote a pluralist debate
Um especialista em estudos de comunicação e um cientista político apresentam conjuntamente um panorama da pesquisa sobre as relações entre os meios de comunicação e os processos políticos no Brasil. Uma agenda de pesquisa é proposta e um elenco de textos nessa área é apresentado.
[RETIRADO/WITHDRAWN] O livro examina e discute a relação da “grande imprensa”, formada pelos três grandes diários de circulação nacional, O Estado de S. Paulo, a Folha de S. Paulo e O Globo, com o petismo a partir da indagação se os jornais atuam de forma paralela ao sistema político, assumindo posições partidárias em disputa. A obra é produto de uma ampla pesquisa e faz uma revisão histórica do comportamento dos jornais nos anos 1950 e 1960, revisa a literatura sobre as coberturas da imprensa na atual quadra democrática e analisa as manchetes e os editoriais dos jornais relacionados ao PT e publicados durantes as campanhas eleitorais presidenciais de 1989 a 2014, abrangendo um período de vinte e cinco anos e sete eleições presidenciais.
O artigo examina, a partir do conceito de paralelismo político, a relação da “grande imprensa” do Brasil, formada pelos três grandes diários de circulação nacional, O Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo e O Globo, com o petismo entre 1989 e 2014. A referência empírica são os editoriais publicados pelos jornais durante as sete últimas eleições presidenciais que têm como objeto o PT e seus candidatos. Os textos foram avaliados através da metodologia da análise de valência e agrupados em pacotes interpretativos. Os resultados mostram a predominância de editoriais negativos e o uso dos enquadramentos “populista” e/ou “corrupto” na narrativa sobre o PT e o petismo, tanto no período pré-governamental quanto no governamental do PT no plano federal.
Fernando antônio azevedo Eleições presidenciais, clivagem de classe e FERNANDO ANTÔNIO AZEVEDO é professor associado da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). declínio da grande imprensaRESUMO o artigo faz um balanço das eleições presidenciais de 2006 e 2010 tendo como foco analítico três dimensões: as estratégias de campanha, a cobertura da grande imprensa escrita e o comportamento do eleitor. a partir dessas dimensões, discute os resultados eleitorais, a agenda-setting do processo eleitoral e a influência da mídia para argumentar que, nesses dois pleitos: 1) houve um descolamento entre a agenda política da classe aB e a chamada "nova classe média" e os "pobres"; 2) o voto foi predominantemente "governista", estruturado por uma clivagem de classe e orientado pelo voto pragmático e retrospectivo; e, finalmente, 3) que a influência da grande imprensa escrita ficou restrita às classes aB, que constituem seu público leitor por excelência e as principais parcelas do eleitorado oposicionista. ABSTRACT This article presents an account of the presidential elections of 2006 and 2010;and an analysis divided into three focuses: the campaign strategies, the coverage by the mainstream written press, and the behavior of voters. From those viewpoints, it discusses the election results, the agenda-setting of the election process, and media influence; so as to argue that in those two ballots, 1) there was a detachment between the political agenda of the A and B classes B and the so-called "new middle class" and the "poor"; 2) voting was predominantly "pro-government" and structured by a class cleavage, and oriented towards a retrospective and pragmatic vote and finally, 3) the influence of the mainstream written press was restricted to the A and B classes -which make up its reading audience par excellence -and the main blocs of the oppositionist body of voters.
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