INTRODUÇÃOA confecção de um estoma é um procedimento comum, realizado por diversas especialidades cirúr-gicas, sobretudo em situações de urgência, visando à redução da morbimortalidade pós-operatória 1 . Apesar de comumente realizado, tal procedimento é potencialmente acompanhado de complicações que na maioria das vezes são subestimadas 2 . Estudos mostram taxas de complicações relacionadas aos estomas que variam de 21 a 60% 2,3,4 .Grande parte de tais complicações podem ser evitadas com o planejamento do local de confecção do estoma e com o uso de técnica cirúrgica adequada. Principalmente nos casos de estomas definitivos, uma maior atenção na sua confecção, que ocorre normalmente ao final do procedimento cirúrgico, poderá proporcionar melhor qualidade de vida ao paciente, com menores taxas de complicações 5 .As principais complicações relacionadas aos estomas incluem a adaptação inadequada da placa de ostomia, devido à má localização do estoma na parede abdominal, dermatite periostomal, necrose isquêmica, retração, prolapso, estenose, fístula periostomal, hérnia periostomal, abscesso periostomal e câncer. Como manifestações sistêmicas, podem ocorrer distúrbios hidroeletrolíticos, em estomas de alto débito, e anemia, em casos de sangramento de varizes localizadas no estoma 6 . Além das complicações citadas, existe ainda, nos casos de ostomias temporárias, a morbimortalidade relacionada ao procedimento de fechamento dos mesmos.
RESUMO: A síndrome do ceco móvel é uma doença causada por um mesentério relativamente alongado do ceco e segmento do cólon ascedente podendo levar a torções as quais poderiam causar micro danos vasculares impedindo a ação plena de substâncias como o peptídeo intestinal vasoativo e do óxido nítrico, fundamentais para o correto funcionamento do trato gastrointestinal. Este estudo tem como objetivo avaliar a relação entre a mobilidade do ceco e cólon ascendente (diagnosticada por exame radiológico) e a constipação crônica. Foram estudados 40 pacientes constipados, do Ambulatório de Coloproctologia do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HRMS), segundo protocolo em anexo, por meio de analise radiográfica do segmento em questão. Verificouse que a maioria dos pacientes (72,50%) apresentou mobilidade radiológica do ceco e cólon ascendente, e que as variáveis clínicas estudadas segundo o protocolo não são suficientes para definir esses pacientes como portadores dessa síndrome.Descritores: constipação, dor abdominal, torção do ceco, peptídeo intestinal vasoativo, óxido nítrico. Estudo realizado no Serviço de Cirurgia Geral do Hospital Regional de Mato Grosso do INTRODUÇÃOO ceco móvel é uma variação anatômica embriológica do cólon ascendente e/ou do ceco, resultante da descida incompleta desse segmento do intestino grosso e da sua não fixação no peritônio da goteira parieto-cólica direita. A falta dessa fusão permite movimentação do ceco e/ou do cólon ascendente, inclusive facilitando a torção sobre seu eixo longitudinal ou a dobra medial do ceco sobre si, ficando encostado com sua borda medial à borda medial do cólon ascendente. A anormalidade embriológica ocorre em 10 a 30% das pessoas, contudo a maior parte dos artigos médicos mencionando o problema referem quase que exclusivamente a torção completa, inadequadamente denominada de volvo do ceco-ascendente 1 . O peptídeo intestinal vasoativo (VIP) regula a musculatura lisa e a secreção de água intestinal e tem importante relação com o óxido nítrico sendo que ambos têm importante efeito no trato digestivo e também nos vasos sangüíneos. A diminuição ou ausência dos mesmos pode ocasionar contrações espásticas dessas estruturas causando transtornos circulatórios do aparelho digestivo, dentre os quais a constipação 2 . Sendo assim, pessoas que apresentam maior mobilidade do segmento ceco e cólon ascedente po-
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