Resumo: Este artigo tem por objetivo oferecer uma reflexão sobre as formas de atuação pública de historiadores e historiadoras no mundo contemporâneo, considerando a importância de se atentar para as demandas e expectativas que os diferentes públicos colocam sobre elas. A partir da análise de duas situações específicas envolvendo o historiador Leandro Karnal, o artigo argumenta que toda a reflexão que diz respeito à relação entre historiador e público é atravessada por uma dimensão ética que transcende os princípios puramente epistemológicos da disciplina e, por situar publicamente a atuação intelectual do historiador, assume ela própria uma dimensão política.Palavras-chave: Historiador público; Públicos da história; Leandro Karnal. Abstract:This article offers a reflection on the forms of historians public performance in the contemporary world, considering the importance of being attentive to the demands and expectations the different audiences have regarding this performance. From the analysis of two specific situations involving the historian Leandro Karnal, the article argues that all reflection on the relation between historian and his/her audience is crossed by an ethical dimension that transcends the purely epistemological principles of the discipline and, by publicly situating the historian's intellectual performance, it also takes on a political dimension.
Resumo. O texto tem por escopo analisar o conceito de experiência nos escritos de Michel Foucault e de Edward Thompson, especificamente a maneira como cada um dos autores organiza, no espaço de uma narrativa histórica, um campo de ação particular, caracterizado pela temporalidade da construção de um sujeito na história. Palavras-chave: Michel Foucault. Edward Thompson. Experiência. O tempo torna-se tempo humano na medida em que está articulado de modo narrativo; em compensação, a narrativa é significativa na medida em que esboça os traços da experiência temporal. * Professor substituto do Departamento de História da UFRGS, Doutorando em História na UFRGS e bolsista Capes.Tempo e narrativa, termos que, se percebidos segundo uma reflexão teórica particular, bem poderiam ser intercambiados por uma expressão tão significativa quanto complexa: experiência histórica. Pois é seguindo tal reflexão, orientada pelos caminhos
O artigo discute a relação mantida entre os historiadores e seus públicos a partir da consideração do ato de leitura da história como paradigma da recepção da história. Inicia com a discussão teórica do conceito de regimes historiográficos, considerando-o válido para se estudar a recepção dos textos e demais obras elaboradas pelos historiadores. Em seguida, a noção de operação historiográfica de Michel de Certeau é problematizada, uma vez que desconsidera o papel constitutivo da recepção da história na definição da legitimidade do conhecimento histórico. Finalmente, sugere-se que o pleno entendimento do lugar social e epistemológico ocupado pela historiografia e pelos historiadores e historiadoras no espaço público deve compreender as formas como a história é recebida, e, portanto, apropriada, em diferentes regimes historiográficos.
Resumo Este ensaio propõe uma reflexão sobre diferentes formas de usos do passado a partir de dois episódios distintos: a polêmica envolvendo o historiador catalão Enric Marco Battle na primeira década do século XXI na Espanha; e a intervenção pública do historiador brasileiro Marco Antonio Villa sobre a ditadura civil-militar no Brasil. Nosso intuito é problematizar questões relativas à cultura histórica contemporânea, mais especificamente, ao estudo sobre passados traumáticos, discutindo temas como o do testemunho, da verdade e da veracidade dos relatos históricos, dos usos e abusos do passado. O argumento está centrado na ideia de que, para além das questões de ordem epistemológica, o tema dos usos públicos da história têm levado os historiadores a refletirem sobre sua própria prática em termos da função social e suas respectivas consequências políticas. Colocadas nestes termos, as narrativas e intepretações sobre o passado podem ser situadas em uma zona de fronteira, cujos limites nem sempre são perceptíveis, entre o trabalho do falsário e o ofício do historiador.
Este ensaio estuda alguns textos ocupados com a temática da leitura da história na época moderna, desde o século XVII até o século XX. Partindo da hipótese de que a legitimidade do saber histórico reside não apenas na prática da escrita realizada pelos historiadores, mas igualmente na sua abordagem feita pelos leitores, a partir de um "pacto de leitura" que o texto historiográfico estabelece, diversas modalidades de leitura da história são apontadas, indicando os diferentes horizontes de expectativa que constituem a historiografia moderna.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
customersupport@researchsolutions.com
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.