Edificações unifamiliares apresentam grande ganho de calor pela sua cobertura, já que esta é a parcela da edificação mais exposta à radiação solar. A fim de diminuir este ganho térmico tem crescido o uso de subcoberturas para atuar como isolante térmico nestas edificações. O objetivo deste estudo é verificar a economia de energia para climatização de uma edificação residencial em clima quente e úmido (Belém), assim como verificar a melhoria no conforto térmico interno da mesma edificação para clima ameno (Porto Alegre e São Paulo), com o uso destes elementos isolantes. Para isto, seis composições de coberturas foram avaliadas por meio da ferramenta de simulação computacional EnergyPlus. Os materiais analisados nas composições das coberturas foram: fibrocimento, feltro de lã de vidro revestida com película de alumínio na face superior e na face inferior revestida com laminado branco, alumínio e pinus. Os parâmetros que caracterizam estes materiais são resistência térmica total e emissividade e os parâmetros utilizados para qualificar o ambiente interno foram consumo de energia e temperatura operativa por meio do modelo adaptativo de análise de conforto térmico da ASHRAE Standard 55-2004. Ao contrário do que se esperava, os resultados para a cidade de Belém mostram que materiais isolantes e o forro dificultam a troca de calor no período da noite, aumentando o consumo de energia elétrica para climatização entre 4% (lã de vidro invertida e setpoit de 24 ºC) e 27% (lã de vidro recém instalada e setpoit de 26 ºC) em relação a cobertura composta apenas por fibrocimento. Mas a análise dos sete dias mais quentes do ano para as três cidades mostram que o uso das subcoberturas reduz os picos de temperatura interna entre 5°C e 10 ºC em relação a cobertura composta apenas por fibrocimento, sendo que as maiores reduções ocorrem para Porto Alegre. Dessa forma, os resultados deste estudo podem contribuir para definir a aplicação mais adequada de subcoberturas como isolante térmico.
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