O trabalho objetivou conhecer os teores de Cu, Mo, Fe e Zn em soro e fígado de ovinos e caprinos criados na região semiárida do estado de Pernambuco e abatidos nas épocas da chuva e seca, e estabelecer se a carência de Cu é causada por deficiência primária de Cu ou secundária à ingestão de quantidades excessivas de Fe ou Mo. Amostras de soro e fígado de 141 ovinos e 141 caprinos foram submetidas à digestão úmida em ácido nítrico-perclórico e, posteriormente, analisados em espectrofotômetro de absorção atômica indutivamente acoplado (ICPOES). A concentração sérica de Cu em caprinos teve uma média de 9,85±2,71µmol/L e em caprinos de 11,37±2,57µmol/L, enquanto que a concentração hepática média foi de 158,45±83,05mg/kg para ovinos e 152,46±79,58mg/kg para caprinos. Os teores séricos de Fe foram de 35,58± 14,89µmol/L em ovinos e de 25,06±8,10µmol/L em caprinos e as concentrações no fígado foram de 156,10±55,99mg/ kg em ovinos e 210,53±121,99mg/kg em caprinos. As concentrações médias séricas de Mo foram de 0,28±0,11µmol/ L em caprinos e 0,31±0,16µmol/L em ovinos, enquanto que no fígado sua concentração foi de 6,53±4,13mg/kg e 8,10± 4,01mg/kg, respectivamente. A concentração sérica de Zn foi de 11,9±6,07µmol/L em ovinos e 11,79±7,42µmol/ L em caprinos e a concentração no fígado foi de 126,43 ±51,50mg/kg e 132,91±55,28mg/kg em ovinos e caprinos, respectivamente. Verificou-se variação na concentração destes minerais considerando os fatores de variação, como o período sazonal, espécie e sexo. Baseado nos valores observados, considerados marginais, e na ocorrência de surtos de ataxia enzoótica em caprinos e ovinos na região, recomenda-se a suplementação com Cu em animais a campo, tanto na seca quanto na chuva. Considerando as concentrações séricas e hepáticas de Fe e Mo, sugerese que as concentrações marginais de Cu não estejam diretamente relacionadas com o excesso destes minerais. Não foram encontradas diferenças significantes nas concentrações séricas e hepáticas de Cu e Mo e nas concentrações séricas de Fe entre as amostras coletadas na época da chuva a as coletadas na época seca. As concentrações hepáticas de Fe e as concentrações séricas e hepáticas de Zn foram significativamente maiores na época da chuva. Considerando que os teores de Zn sérico encontram-se abaixo dos valores considerados como marginais e os hepáticos dentro do limite de normalidade, embora próximos ao limite inferior da referência, recomenda-se a suplementação com Zn, principalmente durante o período da seca.
RESUMO: Mediante a inexistência de estudos do perfil bioquímico de ovelhas da raça Dorper, objetivou-se avaliar alguns parâmetros sanguíneos em 20 ovelhas nos períodos pré-parto, parto e pós-parto. As ovelhas eram criadas em sistema semiextensivo. A partir do 90 dias de gestação, iniciou-se coleta de material biológico para análises laboratoriais, que foram efetivadas em diferentes tempos: -60, -30, -21, -15, -7 antes do parto; no momento do parto; 7, 14 e 28 dias pós-parto. Amostras de sangue foram coletadas por venopunção jugular para obtenção de soro e plasma, respectivamente. Variações significativas foram observadas na concentração sanguínea de proteína total (p < 0,0001), globulina (p < 0,0001), ureia (p < 0,0001), creatinina (p < 0,0001), glicose (p=0,0180), colesterol total (p < 0,0001) e triglicerídeo (p < 0,0001). Na análise de relação entre o conjunto de variáveis em relação à concentração sanguínea de frutosamina, verificou-se que esta apresentou correlação com a proteína total (r=0,30), a albumina (r=0,32), o colesterol (r=0,25) e a glicose plasmática (r=0,23). O período gestacional influencia significativamente no perfil metabólico de parâmetros bioquímicos séricos, como PT, globulina, creatinina, ureia, colesterol, triglicérides e glicose plasmática, além de que estes podem ser utilizados como valores de referência para a espécie, bem como ferramentas de diagnóstico de transtornos metabólicos que ocorrem no período de transição. ABSTRACT:Because there are no studies on the biochemical profile of Dorper ewes, this project aimed to evaluate some blood parameters in 20 ewes during the pre-natal, delivery, and post-partum periods. The ewes were raised in semi extensive system. As of 90 days of gestation, we began collecting the biological material for laboratory testing, and these analyses were performed at different times : -60, -30, -21, -15, and -7 before delivery; at birth; 7, 14 and 28 postpartum. Blood samples were collected by jugular venipuncture to obtain serum and plasma. Significant variations were observed in the blood concentration of total protein (p < 0.0001), globulin (p<0.0001), urea (p < 0.0001), creatinine (p < 0.0001), plasma glucose (p=0.0180), total cholesterol (p < 0.0001), and triglycerides (p < 0.0001). No significant effects were observed with respect to albumin (p=0.2551) and fructosamine (p=0.1603). In the correlation analysis between the set of variables in relation to blood concentrations of fructosamine, the following relevant correlation coefficients were observed: total protein (r=0.30), albumin (r=0.32), cholesterol (r=0.25), and plasma glucose (r=0.23). The gestational period significantly influences the metabolic profile of serum biochemical parameters, such as PT, globulin, creatinine, urea, cholesterol, triglycerides, and
Perfil de marcadores do estresse oxidativo em caprinos suplementados ou não com selênio e vitamina E e submetidos à insulação escrotalOxidative stress profile in goats supplemented or not with selenium and vitamin E
O esôfago é responsável pelo simples e rápido deslocamento da ingesta desde a faringe até o estômago. Sua distribuição anatômica começa dorsalmente à laringe e segue sob a traqueia, desviando-se à esquerda para entrar na cavidade torácica. Nesta região, o esôfago passa pelo mediastino à direita da aorta, dorsalmente à base do coração, penetrando na cavidade abdominal através do hiato diafragmático presente no músculo diafragma (Fubini e Pease, 2004). Inúmeras são as enfermidades que podem comprometer a integridade desse segmento anatômico e alterar a dinâmica do sistema digestivo em ruminantes. São raras as descrições de megaesôfago, mas sabe-se que é o termo utilizado para designar a dilatação esofágica resultante de um esôfago com hipomotilidade ou aperistáltico, secundário a distúrbios neuromusculares, e com obstrução da luz esofagiana. A dilatação é resultante do acúmulo de alimento na luz do esôfago, sendo uma causa comum de regurgitação (Parish et al., 1996).Qualquer enfermidade que comprometa o reflexo nervoso controlador da deglutição ou que obstrua a luz esofagiana pode resultar em dilatação esofágica. Pode ser resultante de anormalidades no desenvolvimento da inervação esofágica ou pela persistência do quarto arco aórtico direito, ou ainda pela ausência de motilidade esofágica gerada por disfunção do nervo vago, que pode ocorrer devido a diversas enfermidades (Ramadan, 1993; Fubini e Pease, 2004).Com relação ao diagnóstico, as esofagiopatias podem ser diagnosticadas por meio de exames radiográficos, esofagoscopia e ultrassonografia, além da observação dos sinais clínicos. Técnicas como a fluoroscopia também podem ser úteis para esclarecer os distúrbios da motilidade. Segundo Ramadan (1993) e Fubini e Pease (2004), a esofagografia, simples e contrastada, é o exame de escolha para a avaliação de lesões ou desordens esofágicas em animais de produção.Poucos são os relatos na literatura sobre essa enfermidade. Já foram identificados alguns casos em caprinos (Ramadan, 1993;Parish et al., 1996), e até o momento, não existe descrição desse tipo de enfermidade em caprinos no Brasil. Relevante considerar que relatos de casos dessa enfermidade são importantes para se conhecer efetivamente a fisiopatologia e as consequências sobre a saúde animal, além da possibilidade de diagnóstico, considerando-se os recursos fornecidos pela imagem. Assim sendo, este trabalho teve o objetivo de descrever aspectos clínicos e procedimentos de diagnóstico de megaesôfago em caprinos por meio do esofagograma simples e contrastado.Foi atendido em Hospital Veterinário Escola um caprino, sem raça definida, fêmea, com
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