RESUMO -No Brasil, as macrófitas aquáticas submersas, Egeria densa e Egeria najas, têm causado prejuízos aos usos múltiplos da água. Hydrilla verticillata foi recentemente introduzida, mas tem histórico como planta problemática nos EUA, no México e na Austrália. O objetivo deste trabalho foi avaliar as suscetibilidades relativas dessas três macrófitas aquáticas ao diquat e os riscos da utilização desse herbicida para o guaru (Phallocerus caudimaculatus). Para isso, foram instalados ensaios em condições de laboratório, a fim de avaliar a suscetibilidade relativa das três macrófitas por meio da manutenção de ponteiros dessas plantas em soluções contendo 0,0; 0,2; 0,4; 0,8; e 1,6 mg L -1 de diquat (Reward ® ) por 14 dias. A avaliação foi realizada pela variação do acúmulo de matéria fresca e do comprimento dos ponteiros no período de exposição ao herbicida. H. verticillata mostrou maior sensibilidade ao diquat em comparação com as duas macrófitas do gênero Egeria, mesmo em baixas concentrações do herbicida. Nas maiores concentrações, E. densa mostrou maior sensibilidade que E. najas. O risco da aplicação do diquat para P. caudimaculatus foi estimado pela toxicidade aguda. Alevinos de P. caudimaculatus de 0,4 ± 0,2 mg foram expostos a soluções de 0,0; 1,0; 5,0; 10,0; 15,0; 20,0; 25,0; e 30,0 mg L -1 de diquat. A concentração letal de 50% (CL(I) (50;96h)) do diquat estimada para P. caudimaculatus foi de 7,17 mg L -1. Para P. caudimaculatus, a toxicidade aguda foi superior à concentração recomendada para o controle de macrófitas aquáticas submersas, indicando risco muito baixo para esse peixe.Palavras-chave: macrófitas aquáticas, toxicidade, herbicida, risco ambiental.ABSTRACT -In Brazil, the submerged plants Egeria densa and Egeria najas have caused damage to multiple uses of water. Hydrilla verticillata has been recently introduced, but it has a history as a problem plant in the U.S., Mexico and Australia. The objectives of this work were to assess the relative susceptibilities of these three macrophytes to diquat and the risks of using this herbicide for fish guppy (Phallocerus caudimaculatus). Thus, laboratory assays were set up to assess the relative susceptibility of the three macrophytes. Pointers of these plants were kept in solutions containing 0.0, 0.2, 0.4, 0.8 and 1.6 mg L -1 diquat (Reward ® ) for 14 days. The evaluation was performed based on the variation of fresh matter weight and length of the pointers during the period of exposure to the herbicide. H. verticillata was more sensitive to diquat, compared with the two Egeria macrophytes, even at low herbicide concentrations. At higher herbicide concentrations, E. densa was more sensitive than E. najas. The risk of applying diquat to P. caudimaculatus was estimated by acute toxicity. Fingerlings of P. caudimaculatus of 0.4 ± 0.2 g were exposed to solutions of 0.0, 1.0, 5.0, 10.0, 15.0, 20.0, 25.0 and 30.0 mg L -1 of diquat. The 50% lethal concentration (LC (I) (50.96h)) of diquat estimated for P. caudimaculatus was 7.17 mg L -1 . For P. caudimaculatus, a...
ABSTRACT. The aim of this study was to estimate copper sulfate acute toxicity and to determine death percentage and environmental risk on guppy fish (Phallocerus caudimaculatus), zebrafish (Brachydanio rerio), mato grosso (Hyphessobrycon eques), and pacu (Piaractus mesopotamicus). Fish were exposed to 0.01, 0.03, 0.05, 0.07, 0.10, and 0.30 mg L (pacu). Copper sulfate was extremely toxic for guppy, highly toxic for zebrafish and mato grosso and lightly toxic for pacu and presents environmental risk of high adverse effects on the guppy, zebrafish and mato grosso and moderate adverse effect to the pacu. Therefore, the guppy fish, zebrafish, and mato grosso are important alternatives for copper sulfate toxicity evaluation in waterbodies.Keywords: bioindicators, algaecide, toxicity.Ecotoxicidade aguda e risco ambiental do sultado de cobre para peixes tropicais . O sulfato de cobre foi classificado como extremamente tóxico para o guaru, altamente tóxico para o paulistinha e mato grosso e ligeiramente tóxico para o pacu e apresenta risco ambiental de elevado efeito adverso para o guaru, paulistinha e mato grosso e moderado efeito adverso para o pacu. Assim, conclui-se que o guaru, paulistinha e mato grosso são importantes alternativas para avaliação da toxicidade do sulfato de cobre em corpos hídricos.
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