A Lagoa de São Bento com seus 6,9 ha é o resquício de um antigo alagado que cobria boa parte da restinga de Itaipuaçu, Maricá, estado do Rio de Janeiro. Apesar da urbanização do entorno, a área abriga uma elevada riqueza de espécies da fauna e flora, algumas ameaçadas de extinção. A Lagoa presta serviços ecossistêmicos que representam economia de verbas públicas, além de ser local usado em pesquisas e com potencial turístico, mas sofre diversos impactos pela falta de divulgação, proteção e não recebe a devida atenção do governo municipal. Devido as suas características ecológicas, importância econômica e socioambiental regional, propomos sua transformação em uma unidade de conservação da natureza como refúgio de vida silvestre municipal, juntamente com elementos necessários para sua conservação, manejo inicial, ecoturismo e infraestrutura verde do entorno. Desta forma, associamos a preservação da Lagoa do São Bento com o desenvolvimento urbano sustentável regional.
As unidades de conservação (UCs) de proteção integral foram criadas com o principal objetivo de preservar o patrimônio ambiental natural que abrigam dentro de seus perímetros, em especial os elementos bióticos, havendo a possibilidade de uso público conforme condicionantes predeterminadas no plano de manejo e zoneamento estabelecido. Contudo, a procura por áreas naturais como alternativas ao lazer, sobretudo nos parques, vem aumentando com a popularização do lazer e o turismo em ambientes naturais. Se somarmos aos problemas do adensamento urbano que pressionam externamente e isolam muitas UCs, estas demandas acabam se constituindo num problema para as políticas de conservação e preservação da biodiversidade, sobretudo em países com elevada diversidade biológica. Neste sentido, as trilhas são as principais estruturas que determinam o padrão de dispersão e territorialização do uso público. Sua implantação assim como o manejo, representam diversos impactos sobre o ambiente natural especialmente sobre a fauna e a flora, tais como: a interferência no comportamento alimentar e reprodutivo de diversas espécies; a introdução de espécies exóticas; a fragmentação de hábitats e a redução, ou a extinção de populações nativas. A expansão das atividades de uso público, principalmente nos parques, pode camuflar interesses políticos e econômicos sob a alegação de sustentabilidade econômica e função social e, dependendo da forma que ocorra, pode comprometer os objetivos de preservação da biodiversidade. Através de estudos e análises de casos e de revisão bibliográfica, pode-se afirmar que a questão dos impactos do uso público em UCs no Brasil ainda necessita de pesquisas mais amplas e aprofundadas sobre a dinâmica de ocupação e de territorialização pelo uso público em áreas protegidas, sobretudo, no quesito das relações entre os usuários formais e a biota protegida, notadamente àquelas que podem possuir grande relevância ecológica para a gestão destas áreas.
Atualmente no Brasil várias propostas de classificação de trilhas são conhecidas e utilizadas para o manejo e orientação de visitantes em áreas naturais, assim como para qualificar atrativos, produtos e ofertas turísticas. Embora em geral forneçam informações sobre a paisagem social utilizada, perfil e experiência do usuário, graus de dificuldade, infraestrutura disponível e atividades, não é incomum a dificuldade em se encontrar termos unificados e sistematizados que classifiquem as trilhas e os circuitos de trilhas em aspectos físicos e funcionais apesar da importância para o planejamento e manejo de trilhas e roteiros turísticos. Neste artigo são apresentadas propostas de classificação física e funcional de trilhas e de circuitos de trilhas, para o planejamento e manejo da visitação e atividades de recreação, lazer e turismo na natureza.
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