das estimulações ventricular direita e biventricular no pós-operatório de revascularização miocárdica. Rev Bras Cir Cardiovasc 2002; 17(1): 61-72. Rev Bras Cir Cardiovasc 2002; 17(1): 61-72. Trabalho realizado no Hospital São Lucas da PUCRS -Porto Alegre, RS, Brasil. Recebido para publicação em fevereiro de 2001. das estimulações ventricular direita e biventricular no pós-operatório de revascularização miocárdica. Rev Bras Cir Cardiovasc 2002; 17(1): 61-72.RESUMO: Objetivo: Nos anos recentes, a ressincronização ventricular tem sido proposta como adjuvante no tratamento da insuficiência cardíaca congestiva. O objetivo deste estudo é comparar as alterações eletrocardiográficas e o efeito hemodinâmico imediato das estimulações ventricular direita (EVD) e biventricular (EBV), no pós-operatório de operação de revascularização miocárdica (CRM) com circulação extracorpórea (CEC).Casuística e Métodos: Em um ensaio clínico cruzado, 13 pacientes com doença coronária multiarterial, e fração de ejeção inferior a 50%, foram submetidos a estimulação epicárdica temporária univentricular direita e biventricular, no 5° dia de pós-operatório. As variáveis analisadas foram duração do complexo QRS, dimensões do átrio esquerdo (AE) e ventrículo esquerdo (VE), fração de encurtamento do VE (delta D) e fração de ejeção do VE. Os grupos foram comparados através do teste de t de Student para amostras pareadas, considerando-se nível de significância de 0,05.Resultados: A duração média do complexo QRS foi de 185±26 ms durante a EVD, e de 126±37 ms com a EBV (p<0,001). O diâmetro médio do AE com a EVD foi de 40±4 mm, e de 35±4 mm na EBV (p<0,001). As médias dos diâmetros diastólico e sistólico finais do VE foram, respectivamente, de 49±13 mm e 59±11 mm com a EVD, e de 42±12 mm e 52±10 mm durante a EBV (p<0,001). A delta D média do VE determinada pela EVD foi de 18±7%, e de 22±8% com a EBV (p=0,017). A fração de ejeção média do VE com a EVD foi de 33±14%, e de 46±17% durante a EBV (p<0,001).Conclusão: No modelo estudado, a estimulação biventricular temporária determinou melhora significativa do desempenho hemodinâmico, em comparação à estimulação ventricular direita, e um complexo QRS com duração próxima à fisiológica. DESCRITORES: Ravascularização miocárdica, pós-operatório. Estimulação cardíaca artificial. Marcapasso artificial.RBCCV 44205-573