Introdução: Em janeiro de 2020, a OMS, alertou para um surto de uma doença global, altamente contagiante, descrita como COVID-19 e provocada por um novo coronavírus, representado pelo SARS-CoV2. Esse fato, impõe importantes limitações como barreiras de contenção da transmissão da doença, e uma intersecção de medidas são descritas como necessárias. O distanciamento social, em particular, gerou uma instabilidade emocional, impactou na saúde mental, alterando o desenvolvimento comportamental das pessoas, sobretudo em crianças e adolescentes. Fortes evidências científicas revelam que o bruxismo está relacionado a fatores biopsicossociais, dentre eles o estresse e a ansiedade, motivo pelo qual desenvolveu-se essa pesquisa com o propósito de avaliar o real incremento dessa patologia, em crianças e adolescentes, no decorrer da pandemia COVID- 19. Objetivo: Esta pesquisa é uma revisão integrativa de literatura, tendo como propósito investigar a repercussão da crise pandêmica, e em particular do distanciamento social sobre o incremento ou não do bruxismo na população infantil. Materiais e Métodos: O processo de busca valeu-se de busca ativa nas seguintes bases de dados: PubMed, Lilacs e Plataforma Capes, utilizando os descritores de saúde – Termos relacionados à infecção por COVID-19, bruxismo e criança e combinando-os a partir dos operadores booleanos AND e OR. Resultados: A busca nas bases de dados resultou em 27 artigos pré-selecionados, porém 05 artigos não estavam disponíveis na íntegra. Por só terem sidos somente três artigos selecionados, mostra a escassez de publicações sobre o tema. A questão norteadora da pesquisa foi sobre o aumento da prevalência do bruxismo na infância decorrente do período de isolamento físico e social ocasionado pela pandemia da COVID-19. Conclusão: Fundamentados nos resultados dessa Revisão Integrativa é possível inferir que as alterações psicossociais provocadas pela pandemia da Covid-19, certamente atuaram como agentes estressores na população de crianças e adolescentes, influenciando no incremento do bruxismo.

Os dentes supranumerários são anomalias de desenvolvimento de número observados durante o exame clínico e radiográfico de rotina. O mesiodens é a anomalia dentária mais frequentemente observada em dentição permanente, sendo considerada a causa mais comum de impactação dos incisivos, seguida de odontomas e trauma. Acomete a região anterior da maxila e na maioria dos estudos, apresenta-se de forma cônica e raiz curta, podendo ser único ou aos pares, erupcionado ou incluso e até mesmo invertido. O diagnóstico e o tratamento dependem de vários fatores como: posição, tipo e impacção do dente supranumerário junto aos dentes adjacentes. O presente estudo tem como objetivo relatar o caso de um paciente, 7 anos de idade, que compareceu à Clínica Odontológica do Centro Universitário Tiradentes relatando que o dente estava posicionado errado. Após exame clínico e radiográfico constatou-se a presença de um mesiodens incluso na região de incisivo central superior esquerdo. Observou-se também o atraso na erupção do dente supracitado, portanto, optou-se por realizar a remoção cirúrgica do supranumerário. Cerca de três semanas após a extração, o elemento permanente iniciou sua erupção, comprovando a suspeita de que estava sendo impactado pelo elemento supranumerário. Foi possível então perceber que quanto mais rápido for o diagnóstico, melhor o prognóstico, uma vez que, pode haver diversas sequelas como reabsorção do dente permanente, formação de cistos, má oclusão e comprometimento estético.