O objetivo deste artigo é avaliar o processo de institucionalização da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) a partir de um dos seus elementos estruturantes: a gestão compartilhada dos resíduos sólidos. Os municípios da Região Metropolitana de Aracaju (RMA) foram eleitos como objeto de estudo. Baseado em pesquisa qualitativa realizada através de entrevistas com técnicos e representantes das prefeituras da RMA e pesquisa documental, o artigo analisa os obstáculos para institucionalização da gestão compartilhada. Os resultados apontam para a existência de elementos do contexto local que restringem a realização da política nacional e sugerem a importância de estudos que acompanhem a implantação da política nacional em outras realidades locais no Brasil.
Embora pouco difundida no Brasil, a teoria da ecologia organizacional apresenta importantes considerações acerca da forma como as organizações se comportam perante as mudanças provocadas no ambiente em que estão inseridas, permitindo analisar não só a atuação conjunta das organizações como também o modo como elas respondem às transformações. A teoria de redes, por sua vez, baseia-se nas relações existentes entre grupos de organizações ou indivíduos, como uma maneira de gerar força competitiva por meio das interações que neles ocorrem. Ambas as perspectivas teóricas permitem estudar o caráter competitivo e evolutivo conferido às organizações que escolhem formar parcerias, como os Arranjos Produtivos Locais (APLs), haja vista terem como objeto de estudo a ação grupal no lugar da análise individual. Por conseguinte, o presente estudo objetivou confrontar as duas teorias, ecologia organizacional e de redes, sob o contexto dos APLs, expondo a complementaridade entre elas existente.Palavras-chave: teoria da ecologia organizacional; teoria de redes; APLs.Although not very diffused in Brazil, the organizational ecology theory presents important considerations about the way organizations behave in face of changes caused in the environment to which they belong, allowing to analyze not only the joint efforts of organizations, but also the way they respond to the transformations. The network theory, in turn, is based on the existing relationships among groups of organizations and individuals, as a way to generate competitive power through competitive interactions that occur in these groups. Both theoretical perspectives allow the study of the competitive and evolutive nature given to organizations that choose to form partnerships, such as the Local Productive Arrangements (LPAs), considering the fact that they have as object of study the group action instead of the individual analysis. Therefore, the present study aimed to compare both theories, organizational ecology and network, in the context of LPAs, exposing the complementarity between them.
<p>Esse artigo teve como objetivo observar os principais entraves enfrentados pela Administração Pública e empresas construtoras, nos contratos de execução de obras públicas no estado de Sergipe. Sob a forma de ensaio teórico, a partir da análise de um caso baseado em fonte documental - um estudo de 2019 do Tribunal de Contas do Estado de Sergipe (TCE/SE) -, que trouxe um panorama das obras paralisadas, foi realizada uma análise dos principais conflitos, identificados na perspectiva da teoria da agência. De acordo com este estudo existem 259 obras paralisadas em Sergipe, sendo 39 obras sob o controle de Estado e 220 administradas pelos municípios. Nas análises realizadas destacam-se como possibilidades de investigação empírica, baseadas nas relações de agência entre o setor público e privado, as desigualdades de motivações e objetivos, horizontes de planejamento, as particularidades na admissão do risco e a assimetria de informação, que podem ser entendidas nas motivações de embargos de obras públicas no Estado de Sergipe.</p>
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