ARQGA/1145 INTRODUÇÃOEstímulos traumáticos ao peritônio, como isquemia tecidual, infecção e reação a corpos estranhos, processos comuns no per e pós-operatório, predispõem a formação de aderências nessa serosa (18) . A lesão peritonial decorrente desses estímulos nocivos suscita uma reação inflamatória serossangüínea que leva a depósitos de fibrina. Ativadores locais de plasminogênio iniciam a lise dos filamentos de fibrina, em geral, dentro de 3 dias de sua formação. A metamorfose de células mesodérmicas regenera uma camada única de mesotélio novo em apenas 5 dias após a lesão. Por outro lado, fibrinólise inadequada permite que a proliferação de fibroblastos produza aderências fibrosas. Cogita-se a possibilidade da relação direta entre a presença de mastócitos no processo inflamatório e o início do processo adesivo. Acredita-se que o mastócito se une aos fibroblastos intestinais, desencadeando sua proliferação, o que já foi comprovado in vitro e em modelos experimentais (28) . Aderência pós-operatória é a causa mais prevalente de obstrução aguda e recidivante de intestino delgado e um infortúnio persistente após cirurgia abdominal e pélvica. As medidas profiláticas para sua redução visam diminuir a intensidade da resposta inflamatória e a coagulabilidade e impedir o contato prolongado entre superfícies justapostas, através de efeitos siliconizantes (10) . Há divergências em relação à profilaxia das aderências peritoniais. Substâncias como a rifamicina, o polímero da glicose de alto peso molecular (dextrano 70 -Hyskon), a heparina e a prometazina já foram testadas, sendo consideradas eficazes em alguns estudos e ineficazes em outros, podendo até potencializar o processo adesivo em alguns casos (2,6,9,22) . Vários estudos em animais foram realizados no intuito de se aprimorar tal profilaxia, apontando menor incidência de aderências com o uso de membrana de sódio-hialuronidase/ carboximetilcelulose e azul de metileno. Porém, ainda não há relatos de sua eficácia em humanos (11,13,14,18) . AVALIAÇÃO DAS ADERÊNCIAS PÓS-OPERATÓRIAS EM RATOS SUBMETIDOS A PERITONIOSTOMIA COM TELA DE POLIPROPILENO ASSOCIADA À NITROFURAZONAAugusto DIOGO-FILHO, Bárbara Cunha Mello LAZARINI, Floriano VIEIRA-JUNYOR, Gisele Juliana SILVA e Heitor Luiz GOMES RESUMO -Racional -Lesões peritoniais, comuns no per e pós-operatório, levam à formação de aderências, cuja incidência aumenta ainda mais com o uso de telas de polipropileno. A nitrofurazona é uma substância que acelera o processo de cicatrização e, devido a isso, cogitouse a possibilidade de uma ação sobre as aderências peritoniais. Objetivo -Avaliar as aderências pós-operatórias em ratos submetidos a peritoniostomia com fixação de tela de polipropileno associada a nitrofurazona. Material e Métodos -Utilizaram-se 33 ratos Wistar, divididos em 3 grupos de 11 animais, sendo no grupo I realizado laparotomia com exposição da cavidade ao ar ambiente e posterior laparorrafia; no grupo II, ressecção de fragmento da parede abdominal com fixação de tela de polipropileno no espaço e no grupo III, pr...
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