ResumoA saúde docente tem, ao longo dos últimos anos, chamado a atenção da academia para o sofrimento e o mal-estar decorrentes do trabalho e, para nós, para a forma como o poder público tem atuado sobre tal realidade. O objetivo deste estudo foi compreender, por meio de uma revisão da literatura, "se" e "como" a gestão em saúde do trabalhador tem proposto ações e políticas para os docentes. O caminho metodológico foi a revisão integrativa de literatura. Foram encontradas 242 publicações; destas, 52 foram selecionadas para leitura na íntegra, contudo apenas quatro apontam assistência por meio da gestão em Saúde Pública. Perante esta realidade, levantamos três hipóteses: os programas voltados para esta categoria estão sendo realizados, mas as experiências não são divulgadas; as instituições de pesquisa não têm se interessado pelo tema; ou ainda: realmente não existem programas que trabalhem com adoecimento docente no âmbito das políticas públicas. Concluímos que são necessárias ações e políticas que não silenciem a realidade, bem como novos estudos tanto do processo saúde/adoecimento como da falta de gestão sobre ele. Palavras-chave: Saúde do Trabalhador; Adoecimento; Docente; Gestão da Saúde. Corrrespondência AbstractOver the past few years, teachers' health has been drawing attention of university studies, especially regarding work-related disorders and, for us, the way the government has acted on this particular reality. This paper aimed to understand, by means of an integrative literature review, "if" and "how" workers' health management has proposed actions and policies for teachers. We accessed the Virtual Health Library to survey data from 1990 to 2014. From the 242 publications found, 52 were analyzed. Only four publications registered assistance via Public Health Management. Towards this reality, we raised three hypotheses: Programs that target this category are being realized, but the experiences aren't being released; research institutions aren't interested about the subject; or yet: there aren't programs that work with teachers' illness within the public policies range. We conclude that further actions and policies are necessary to prevent the truth from being silenced. New studies about the health/illness processes and the lack of management may contribute to improve the situation.
Este estudo rastreou indícios de assédio moral em uma universidade federal brasileira, buscando identificar situações ofensivas sofridas por homens e mulheres. Foi aplicado o Questionário de Atos Negativos-Revisado e um formulário sociodemográfico e ocupacional em 35 professoras e 41 professores. A análise dos eventos e frequências assinaladas permitiu verificar que entre os 76 participantes 38,2% sofreram assédio moral (15,7% mulheres e 22,5% homens) e 15,8% foram alvo de agressões pontuais/violência psicológica (11,9% mulheres e 3,9% homens). Não foi encontrada preponderância de gênero entre os agressores, indicando uma cultura organizacional marcada pela ideologia da virilidade. Colegas na mesma condição hierárquica foram os principais perpetradores. A discrepância entre a percepção subjetiva de ter sido alvo de assédio (60% mulheres e 47,8% homens) e a análise dos atos negativos demonstra a necessidade de acolhimento e de políticas organizacionais de enfrentamento da violência no trabalho.
Apesar de a graduação ter como foco a promoção de desenvolvimento do estudante, estes enfrentam desafios que podem se desdobrar em vivência de dificuldades, sofrimento e até mesmo adoecimento. Por isso, é necessário que o estudante seja compreendido como pessoa em um período contextualizado, tanto para seu futuro como para a sociedade, o que exige a construção de um valor ético do cuidado pela comunidade acadêmica. Tal valor pode dirigir e amparar práticas culturais relacionadas às decisões no campo da política pública voltada a este público. Há mudanças importantes na democratização da universidade brasileira que embasam políticas de saúde e permanência estudantil, mas ainda há desafios quanto à busca por efetivas mudanças e o aspecto do cuidado com as diferentes pessoas que adentram a universidade ainda está sendo construído. Considerando as intervenções voltadas para a promoção de habilidades e repertórios que contribuem para mudanças interpessoais e acadêmicas, foi realizada uma revisão integrativa de literatura, por meio de análises de materiais já publicados sobre o programa Promove-Universitários, identificados no Scholar Google. Foram identificados 14 estudos, com publicações desde 2005 a 2022, na modalidade individual e grupal, virtual e presencial, com quantidade de sessões que variaram de 12 a 48. Os resultados identificam a intervenção como instrumento que promove mudanças em habilidades sociais e saúde mental dos universitários, indicando a necessidade de práticas interventivas voltadas ao desenvolvimento de habilidades e promoção de saúde nessa população.
Este estudo aborda a saúde docente na educação superior pública brasileira. Objetivou-se, por meio de revisão integrativa da literatura: (1) analisar a relação entre situações de trabalho e possível desgaste na saúde; (2) levantar tipos frequentes de adoecimento em docentes descritos nas publicações; e (3) descrever e analisar as cargas de trabalho relatadas. Cruzando descritores, buscaram-se produções científicas em dez bases de dados. Foram encontradas 2.892 publicações, das quais apenas 76 se enquadravam dentro dos critérios de seleção. O desgaste foi manifesto, sendo com maior frequência de problemas psíquicos ligados às cargas internas de trabalho como pressão por produtividade. As situações de trabalho relatadas nas experiências subjetivas frente às condições, gestão, política econômico-social e reestruturação da universidade, permeadas pelo produtivismo e sobrecarga, evidenciam importante relação das situações de trabalho e no adoecimento e desgaste laboral.
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