O Brasil é um dos países que mais consome agrotóxicos no mundo e o número de estudos que identificam e acompanham ações de saúde voltadas para populações cronicamente expostas ainda é incipiente. Assim, objetivou-se identificar as ações de vigilância em saúde orientadas para populações expostas a agrotóxicos implantadas no Brasil. Foi realizada uma Revisão de Escopo nas bases de dados Web of Science (WOS), Scopus, Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), Scielo, Cochrane e Pub Med. Foram empregados os descritores “Public Health Surveillance”, “Agrochemicals” e “Surveillance of the Workers Health”. Onze artigos fizeram parte desta revisão, foi possível identificar ações de vigilância em saúde para populações expostas a agrotóxicos em nove artigos, dois não identificaram nenhuma atividade no âmbito avaliado. Entre as principais ações identificadas estão a notificação de intoxicações por agrotóxicos, suporte para diagnóstico e tratamento de intoxicações, uso de sistemas de informação para gerenciamento de informações, capacitação técnica de profissionais da saúde, monitoramento de contaminações de água e alimentos e elaboração de Planos de Ação Estadual para Vigilância de Populações Expostas a Agrotóxicos. A literatura indica que efetivar práticas de vigilância em saúde para este público envolve processos intersetoriais e interdisciplinares que incorporem nas análises situacionais locais o processo produtivo do agronegócio.
O envelhecimento demanda cuidados específicos para a população idosa, dessa forma tem-se observado um aumento do número de Instituições de longa permanência para idosos (ILPIs). Para melhorar a saúde do idoso, a promoção a saúde é fundamental para a construção de ações que possibilitem atender às necessidades sociais dessa população, abordando assuntos importantes da determinação do processo saúde-doença. Visando atender esse propósito, foi desenvolvido na Universidade Federal do Paraná - Campus Toledo um projeto de extensão intitulado Promoção à Saúde do Idoso (Promid), que atuou entre os anos de 2017 e 2019 em duas instituições da cidade. O presente relato busca apresentar as experiências obtidas pelos participantes do projeto durante sua execução, sobre a educação e promoção da saúde do idoso com o uso da abordagem dialógica e lúdica, apresentando os métodos que se mostraram mais eficientes nas ILPIs. Para o delineamento do projeto, inicialmente foram elencados temas pertinentes à população idosa e ao contexto social em que estavam inseridos, os temas eram discutidos em grupo para definição da estratégia de abordagem. Realizou-se visitas mensais aos lares, abordando as atividades propostas com base na ludicidade e no método dialógico, aliados a uma fala acessível e de fácil compreensão, com diferentes formas de abordagem e materiais pedagógicos, sempre adequados ao objetivo de cada atividade. A execução do projeto proporcionou aos discentes a aplicação prática dos conhecimentos adquiridos no meio acadêmico, possibilitando o aprendizado sobre a questão do luto, e incentivando a pesquisa de temas e abordagens didáticas, ampliando os horizontes de conhecimento acadêmico. Ao final do projeto observou-se um enriquecimento no desenvolvimento de habilidades sociais e relacionamento interpessoal, tanto nos idosos como nos discentes, evidenciado pela melhor recepção dos discentes pela instituição e pelos idosos no decorrer do projeto.
Objetivo: validar um instrumento para avaliar as competências de letramento funcional em saúde para familiares de crianças e verificar sua associação com características sociodemográficas. Metodologia: Estudo metodológico, com 302 familiares de crianças até um ano de idade que participaram da validação clínica do instrumento em sua versão brasileira, em unidades de atenção primária de município do Oeste do Paraná, em 2019 e 2020. Realizou-se análise estatística descritiva e inferencial. Resultados: A confiabilidade interna do teste, medida pelo método de Kuder-Richardson foi substancial (KR-20 = 0,70) e manteve-se na análise fatorial confirmatória uma dimensão, como no original. O letramento funcional em saúde foi definido pela mediana das respostas, obtendo-se 70 como ponto de corte. Obtiveram letramento funcional em saúde satisfatório 67,4% dos participantes. Dentre os familiares predominaram as mães (93.4%), a idade média dos participantes foi 28,3 anos, 53,6% completaram o ensino médio, a renda prevalente foi até dois salários-mínimos e 55,3% utilizavam exclusivamente a unidade de atenção primária para assistência à saúde da criança. Na correlação entre características sociodemográficas e letramento funcional em saúde, maior renda e mais anos de escolaridade influenciaram em melhores resultados de letramento. Conclusão: O estudo contribui com um instrumento confiável de verificação do letramento funcional em saúde para o cuidado de crianças, inédito no Brasil.
Trata-se de um relato de experiência do Projeto de Extensão Promoção em Saúde na Educação Infantil (PROSEI) da Universidade Federal do Paraná, Campus Toledo. Projeto que realizou promoção da saúde infantil por meio do enfoque lúdico. Foram mais de 400 alunos da rede municipal de educação de Toledo/PR atendidos, promovendo a saúde um tema acessível desde a infância. O processo laboral com o público infantil foi gratificante, possibilitando tornar a criança como protagonista. Foi constatado a UFPR como um espaço modificador com um enorme papel na socialização da saúde. Ressalta-se que a escola foi um ambiente propício para o desenvolvimento da educação em saúde.
RESUMO O objetivo do estudo foi realizar a tradução, a adaptação cultural e a validação psicométrica do instrumento Parental Health Literacy Activities Test (PHLAT), que avalia o letramento em saúde para cuidadores/familiares que buscam atendimento às suas crianças menores de 1 ano na unidade de atenção primária. Estudo metodológico, quantitativo, de validação e adaptação transcultural de instrumento, seguindo as etapas de tradução, retrotradução, análise por comitê de juízes, aplicação de testes estatísticos para avaliação das propriedades psicométricas, obtendo-se sua versão para o português do Brasil. O pré-teste foi realizado com 31 familiares, e o teste/reteste, com 93, em unidades de atenção primária do município do Oeste do Paraná, em 2018 e 2019. Análise estatística inferencial foi aplicada para verificar a validade e a confiabilidade do instrumento. Na validade de conteúdo com comitê de juízes, obteve-se taxa de concordância de 100%. Os dados na fase de pré-teste apresentaram coeficiente Alfa de Cronbach de 0,73; e na etapa do teste/reteste, obteve-se 0,69. A avaliação da confiabilidade pelo coeficiente de correlação intraclasse foi de 0,865, considerada substancial. O instrumento foi tido como adequado quanto a sua adaptação cultural e validado para o português do Brasil, confiável para a aplicação entre cuidadores/familiares.
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