O corrente estudo é resultado de investigação em desenvolvimento no doutorado. Nessa direção, promove-se no artigo o diálogo entre a metodologia micro-histórica e a prática jornalística de Eliane Brum, tendo-se a reportagem “A mulher que alimentava”, presente no livro O olho da rua, como catalisadora da análise. Ao adotar um percurso epistemológico a partir das margens, nota-se que os acontecimentos e fatos assumem uma dimensão social e cultural contraposta aos valores legitimados pela história social dominante. A micro-história volta-se, desse modo, para a compreensão problemática do particular. Nesse sentido, o objetivo é entender como o detalhe individual aponta para fragmentos de experiências, permitindo o acesso a lógicas sociais e culturais dos sujeitos subalternos.
RESUMO O estudo centra-se na análise dos romances Relato de um certo oriente (1989) e Dois irmãos (2000), do escritor manauense Milton Hatoum. Constata-se nas obras, a subversão da paisagem que marca as narrativas sobre a Amazônia brasileira. O olhar hatouniano desloca-se dos cenários de uma "floresta amedrontadora" e do mote reiterado dos ciclos da borracha para ancorar-se na paisagem da cidade-com seus movimentos e problemáticas-tendo como fio condutor os sujeitos migrantes. Nas duas obras, o autor promove a abertura do romance amazônico para temáticas que envolvem as disputas, a memória, os dramas familiares e a prevalência de uma narrativa urbana. O artigo apoia-se nas reflexões de Homi Bhabha (2013), Roger Chartier (2002), entre outros. PALAVRAS-CHAVE Milton Hatoum. Relato de um certo oriente. Dois irmãos. Narrativa.
O objetivo do artigo é estudar sobre a importância da apuração e checagem jornalística para o combate a desinformação durante a pandemia do coronavírus e contribuir com a discussão sobre fake news a partir do estudo de cinco peças de desinformação que circularam no Brasil em março de 2020. As peças estudadas foram escolhidas a partir da leitura da reportagem Epidemia de Fake News, noticiada na Agência Pública, pois essas foram consideradas receitas milagrosas ou teorias da conspiração de grande circulação nas redes sociais. Os sites de checagem consultados para verificação desse material foram Fato ou Fake (G1), Aos Fatos (Agência de checagem), Lupa (Folha de S. Paulo). Diante disso, o corpus de análise se organiza no estudo das seguintes peças: 1) o coronavírus foi criado em laboratório pela China para obter ganhos econômicos, 2) o vírus fica de 3 a 4 dias na garganta e pode ser eliminado com água e chá quente, 3) Cuba desenvolveu uma vacina, 4) o vírus é fraco e não resiste ao calor, e por fim, 5) Nostradamus previu o surto de coronavírus em 1555. O referencial bibliográfico se baseia nos estudos de Bill Kovach e Tom Rosenstiel (2004), Jean Charron e Jean de Bonville (2016), Mar Fontcuberta (2006), entre outros.
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