Mutismo cerebelar é uma condição rara associada a cirurgias na fossa craniana posterior. É descrita como complicação com maior frequência em crianças, ocorrência após ressecção de tumores cerebelares, principalmente os situados na linha média. O status mental e a cognição não são significativamente acometidos. Relata-se um caso de mutismo transitório em criança de 4 anos de idade após ressecção cirúrgica de um ependimoma cerebelar. No segundo dia de pós-operatório, observou-se quadro de mutismo com recuperação completa 3 meses depois. O substrato anatômico desta complicação é discutido e uma breve revisão da literatura é realizada. Este caso vem somar-se aos poucos casos relatados na literatura desta rara complicação da cirurgia de fossa posterior em crianças.
RESUMORelata-se um caso de avulsão traumática de raízes do plexo lombossacro. A ressonância magnética da coluna lombossacra evidenciou imagem sugestiva de pseudomeningocele na saída do forame intervertebral L5-S1 direito. A mielografia lombar confirmou a lesão. O diagnóstico foi realizado após dois meses de tratamento de contusão cerebral e múltiplas fraturas de extremidades e bacia. Nenhum tratamento cirúrgico foi oferecido. PALAVRAS-CHAVEPseudomeningocele. Avulsão de raiz. Plexo lombossacro. ABSTRACTTraumatic avulsion of the lumbosacral plexus. Case report A case of a traumatic avulsion of the lumbosacral plexus is reported in a patient which had suffered multiple injuries (brain, hip and limbs). The diagnosis was made by magnetic resonance imaging which showed an image suggestive of pseudomeningocele localized at right L5-S1 intervetebral foramen. The lumbar myelography confirmed the lesion. The diagnosis was concluded after two months of the injury because the patient was comatose during this period. No surgical treatment was proposed. IntroduçãoDiferentemente das lesões traumáticas do plexo braquial, a avulsão do plexo lombossacro é rara. Desde a primeira descrição em 1955, somente 34 casos foram publicados na literatura. Esse tipo de lesão está geralmente associado a traumas múltiplos ou fraturas da cintura pélvica, dificultando o seu diagnóstico. O desenvolvimento da ressonância magnética (RM) atualmente nos possibilita um diagnóstico precoce. Relato do casoJCS, sexo masculino, 27 anos, natural de Angra dos Reis, RJ, pescador, vítima de colisão de lancha contra o bote em que se encontrava, quando exercia a sua profissão. Apresentou contusão cerebral frontal direita, luxação coxofemoral direita com fratura cominutiva do fêmur direito. Após dois meses em coma e em tratamento ortopédico, o exame neurológico evidenciou paralisia dos músculos tibial anterior, fibulares e extensor longo do hálux, à direita. A RM evidenciou, no corte axial em T2, imagem arredondada próxima ao forame intervertebral L5-S1 direito, sugerindo pseudomeningocele (Figura 1). No corte sagital em T1 e T2 constatou-se dilatação fusiforme com sinal isointenso ao líquor, na saída do forame intervertebral L5-S1 direito (Figura 2). Foi realizada mielografia, que confirmou a localização da lesão em L5-S1 (Figuras 3A e 3B). Não foi oferecido tratamento cirúrgico de qualquer espécie.
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