RESUMO Tematizamos neste artigo ações de formação de professores, mais especificamente o estágio supervisionado, no contexto do ensino remoto emergencial decorrente da pandemia do novo coronavírus (SARS-CoV-2). Nosso objetivo é compreender como os alunos-estagiários (re)configuram as (suas) práticas docentes no estágio supervisionado na modalidade do ensino remoto emergencial, tanto na fase de observação quanto de regência. Para isso, obtivemos cinco relatórios de estágio de alunos de graduação em Letras (Língua Inglesa), analisados mediante abordagem qualitativo-interpretativista. Como fundamentação teórica, situamo-nos, de modo mais abrangente, no campo da Linguística Aplicada e, especificamente, em reflexões sobre trabalho docente e seus elementos constitutivos, na perspectiva do Interacionismo Sociodiscursivo. Os resultados apontam entraves na interação entre professores formadores, professores preceptores, estagiários e estudantes da educação básica, tanto devido à carência de recursos tecnológicos, quanto às dificuldades de professores e estagiários de construírem meios e disponibilizar artefatos que possam se constituir instrumentos de aprendizagem. Esse cenário, portanto, evidencia a complexidade e as dificuldades do ensino remoto emergencial no processo de formação e de atuação docente de alunos no contexto do estágio supervisionado.
O presente trabalho pretende problematizar a construção das personagens femininas na obra “O pardal é um pássaro azul”, de Heloneida Studart, escrito e publicado no período referente ao Regime Militar no Brasil, estabelecido em 1 de abril de 1964, cuja vigência se deu até o ano de 1985. Para tanto, dialoga-se com a teoria feminista, uma vez que juntamente ao protesto contra a ditadura, assume-se uma postura de contestaçãoà situação de opressão feminina e à desigualdade de gênero, explicitada especialmentena construção das personagens e na manipulação do foco narrativo.
Resumo: Este artigo tem como objetivo analisar o conto "Sweat", da escritora norteamericana Zora Neale Hurston. A análise, orientada a partir da perspectiva da crítica feminista, terá como fundamentação teórica os estudos pioneiros de Butler (2003), Gilbert e Gubar (2000) e Scott (1995) INTRODUÇÃOO movimento feminista vem, historicamente, lutando contra os papéis e imposições que a sociedade ocidental, notadamente patriarcal, delega à mulher. Nesse campo de batalhas, Louro (2003) reconhece dois principais momentos: o primeiro, ainda no século XIX, é representado pela busca do sufragismo; o segundo, já no século XX, é marcado pela efervescência cultural e política dos anos 1960 e resulta em formulações teóricas fundamentais para os estudos feministas contemporâneos. É nesse segundo momento que surge um conceito capital para a abordagem do feminino, a saber, a noção de gênero, que imprime maior rigor teórico-metodológico às análises realizadas (cf. SCOTT, 1995).No âmbito da teoria feminista, gênero pode ser entendido, grosso modo, como uma categoria social baseada nas relações entre os sexos. Segundo Scott (1995, p. 75), a categoria de gênero refere-se "[…] às origens exclusivamente sociais das identidades subjetivas de homens e mulheres. 'Gênero' é […] uma categoria social imposta sobre um corpo sexuado". Essa conceituação do gênero tem a virtude de buscar superar o determinismo biológico evidenciado na oposição baseada no sexo. Ao se constituir como
O presente artigo tem por função relatar e analisar uma situação de sucesso escolar sociologicamente improvável de um filho de agricultores da zona rural do estado do Ceará que, em meios às adversidades, concluiu os estudos superiores e se tornou advogado. O trabalho adota a metodologia da história de vida, que norteou a realização da entrevista, e apoia-se nos seguintes teóricos: Bourdieu, especificamente nos conceitos de capital cultural e habitus; Rotter, a partir da noção de locus de controle; Lewin, através do conceito de nível de aspiração; e Rosenthal e Jacobson, que desenvolveram a concepção de profecia autorrealizável. A análise da narrativa autobiográfica da trajetória do entrevistado demonstrou que a ausência do capital cultural e econômico, postulados por Bourdieu como imprescindíveis para o sucesso escolar, foi compensada, no caso em estudo, por atitudes e comportamentos da família perante a escola e por atributos individuais do entrevistado (elevado nível de expectativa e motivação, locus de controle interno), ajudando na formação de um habitus compatível com o expediente escolar. Essa história de sucesso escolar sociologicamente improvável é uma, entre tantas outras existentes, que rompe com ciclo vicioso e cruel que impede que estudantes das classes populares obtenham realização pessoal e profissional por meio dos estudos, demonstrando, inequivocamente, o poder de transformação social da educação.
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