Resumo: Após um longo processo de lutas na Argentina, a reforma constitucional de 1994 incorporou uma tendência internacional de proteção aos direitos dos povos indígenas, especialmente com a inserção do artigo 75, inciso 17, na Constituição Nacional. Tal dispositivo normativo, de modo peculiar e inovador, assegurou a preexistência e o respeito à cultura dos povos indígenas, trazendo inclusive uma dimensão de caráter coletivo na tutela destes direitos, aderindo ao movimento do constitucionalismo social. Todavia, para a consolidação do respeito à diversidade cultural desses povos, mais do que o reconhecimento de direitos básicos, faz-se imprescindível a sua efetiva participação na construção e na materialização de seus direitos culturais. Nesse sentido, analisa-se, no presente trabalho, se as garantias constitucionais são suficientes para a efetiva proteção da diversidade étnica e cultural dos povos indígenas argentinos. Observa-se que a Constituição Argentina traz parcas menções sobre direitos culturais, relegando a um segundo plano sua proteção. Evidencia-se a insuficiência do modelo multiculturalista argentino para a efetiva proteção da diversidade cultural dos povos indígenas, na medida em que o Estado não assumiu efetivamente a sua obrigação de fomentar e tutelar os bens e valores culturais dos povos indígenas. Quanto à metodologia, as hipóteses foram investigadas por meio de pesquisas bibliográficas. A abordagem é qualitativa, procurando aprofundar e abranger as ações e relações humanas. Quanto aos objetivos, é descritiva e exploratória, porque classifica, explica e interpreta os fatos, assumindo a forma bibliográfica. La protección jurídica de la diversidad cultural de los pueblos indígenas argentinos Resumen: Luego de un largo proceso de luchas en Argentina, la reforma constitucional de 1994 incorporó una tendencia internacional de protección de los derechos de los pueblos indígenas, especialmente con la inserción del artículo 75, inciso 17, en la Constitución Nacional. Este dispositivo normativo, de manera peculiar e innovadora, aseguró la preexistencia y el respeto a la cultura de los pueblos indígenas, incluyendo una dimensión de carácter colectivo en la protección de estos derechos, adhiriéndose al movimiento del constitucionalismo social. Sin embargo, para la consolidación del respeto a la diversidad cultural de estos pueblos, más que el reconocimiento de derechos fundamentales, es fundamental su participación efectiva en la construcción y materialización de sus derechos culturales. En este sentido, este trabajo analiza si las garantías constitucionales son suficientes para la protección efectiva de la diversidad étnica y cultural de los pueblos indígenas argentinos. Se observa que la Constitución Argentina hace pocas referencias a los derechos culturales, relegando su protección a un segundo plano. Es evidente la insuficiencia del modelo multiculturalista argentino para la protección efectiva de la diversidad cultural de los pueblos indígenas, en la medida en que el Estado no ha asumido efectivamente su obligación de promover y proteger los bienes y valores culturales de los pueblos indígenas. En cuanto a la metodología, las hipótesis fueron investigadas a través de una investigación bibliográfica. El abordaje es cualitativo, buscando profundizar y abarcar las acciones y relaciones humanas. En cuanto a los objetivos, es descriptivo y exploratorio, porque clasifica, explica e interpreta los hechos, asumiendo la forma bibliografica. Palabras clave: Pueblos indígenas argentinos. Diversidad cultural. Derechos culturales. Constitución Argentina. The legal protection of the cultural diversity of Argentine indigenous peoples Abstract: After a long process of struggles in Argentina, the 1994 constitutional reform incorporated an international tendency to protect the rights of indigenous peoples, especially with the insertion of article 75, item 17, in the National Constitution. This normative device, in a peculiar and innovative way, ensured the pre-existence and respect for the culture of indigenous peoples, including a dimension of a collective nature in the protection of these rights, adhering to the movement of social constitutionalism. However, for the consolidation respect for cultural diversity of these peoples, more than the recognition of their basic rights, their effective participation in the construction and materialization of their cultural rights is essential. In this sense, this paper analyzes whether the constitutional guarantees are sufficient for the effective protection of the ethnic and cultural diversity of these peoples. It is observed that the Argentine Constitution makes few references to cultural rights, relegating their protection to a secondary level. The insufficiency of the Argentine multiculturalist model for the effective protection of the cultural diversity of indigenous peoples is evident, insofar as the State has not effectively assumed its obligation to promote and protect the cultural assets and values of indigenous peoples. As for the methodology, the hypotheses were investigated through bibliographic research. The approach is qualitative, seeking to deepen and cover human actions and relationships. As for the objectives, it is descriptive and exploratory, because it classifies, explains and interprets the facts, assuming the bibliographic form. Keywords: Argentine indigenous peoples. Cultural diversity. Cultural rights. Argentine Constitution.
A arquitetura contribui grandemente para a formação de bens componentes do patrimônio individual ou coletivo, seja ele público ou privado e, geralmente, espelha as opções e anseios sociais, em distintas épocas, razão pela qual obedece - ao menos em potência - a um constante fluxo de mutações. Para controlar essa dinâmica de mudanças, às vezes nefasta à memória coletiva, é preciso perenizar certas criações arquitetônicas. Um dos meios para tanto utilizados, no Brasil, é o tombamento, pelo qual a obra arquitetônica deixa de ser um simples bem para adquirir oficialmente o status cultural, em homenagem aos valores que representa. Neste contexto, o presente artigo avalia com se dá a relação de um instrumento jurídico aparentemente promotor de uma estática social – o tombamento - em face da arquitetura, uma manifestação cultural tão dinâmica quanto a predisposição social para as mutações.
Originally scheduled to expire in December 2020, the ten-year National Culture Plan (PNC) seems to have contributed very little to the development of national culture, if only because of the official monitoring of its goals and the discrediting of the sector, evidenced by facts such as budget reductions and the demotion of the Ministry of Culture to the status of Special Department of the Federal Government. In order to understand the failure of the PNC, the present research, carried out based on the bibliographical and documental research method, investigating its conception, processing, and potentialities. Moreover, a comparison is made with the also ten-year National Education Plan (PNE), a paradigm to its cultural counterpart, aiming to understand its similarities and differences, in the mentioned aspects. Finally, we propose the classification of the 53 goals of the PNC, based on 5 criteria extracted from elements common to some of them, believing that, perceived in theoretical terms, they can highlight the preponderant characteristics of the Plan, making it more understandable. Less than 10% of the goals of the PNC are fully relevant and achievable. In more general terms, one reaches the conclusion that the flaws of the PNC stem from the fact that it bears more resemblance to a manifesto than to a plan for the cultural sector. It is believed that this is a pioneering research in the aspects reported, whose results can be useful in the elaboration of the new National Culture Plan for the next period, as determined by the Federal Constitution of Brazil.
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