Este texto situa o papel da extensão rural no marco de novas iniciativas de desenvolvimento rural que devem ser orientadas pelo imperativo socioambiental. Destaca-se que os processos de transição agroecológica devem sustentar-se nos conceitos e princípios da Agroecologia, razão pela qual buscou-se trazer uma aproximação a esses conceitos, bem como sobre as abordagens que tratam dos níveis de transição que devem orientar as ações dos extensionistas, agricultores ou consumidores envolvidos em processos. Neste sentido, considera-se que os processos de transição agroecológica requerem o apoio de uma Extensão Rural Agroecológica, que supere o modelo difusionista clássico do extensionismo rural e no qual o extensionista além do seu papel como técnico deve atuar como um facilitador. Ademais, sugere-se um conjunto de etapas da transição agroecológica, que vão da dimensão pessoal às dimensões meso e macrossocial, de modo que, na medida em que avança, o processo de transição se torna mais complexo, pois, a cada etapa correspondem novas propriedades emergentes. Portanto, a transição agroecológica não se confunde com a conversão para sistemas orgânicos pela simples substituição de insumos. O objetivo deste artigo é, justamente, refletir sobre a complexidade dos processos de transição agroecológica e sobre o papel que pode desempenhar a extensão rural.
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