Introdução: As motocicletas têm importante papel como instrumento de trabalho, em função da rapidez de mobilidade e do baixo custo de aquisição no Brasil. Os acidentes de trânsito envolvendo as motocicletas respondem em mais da metade dos óbitos por ano. Nesse sentido, é essencial entender mudanças no perfil dos acidentes com motocicletas, considerando a influência das medidas de isolamento social e o aumento da realização do transporte de mercadorias encomendadas por aplicativo, por meio de motos, no contexto da pandemia da COVID-19. Objetivo: Analisar o perfil epidemiológico das internações e dos óbitos por acidentes com motociclistas, nos municípios de Minas Gerais, comparando-se 2020, ano da pandemia da COVID-19, ao período de 2017-2019. Material e Métodos: Tratou-se de um estudo epidemiológico ecológico descritivo e quantitativo, com informações sobre Morbidade Hospitalar obtida no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), a partir do Tabulador de Dados (TABNET) e dados populacionais, a partir do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Calcularam-se número de óbitos e taxas de incidências das internações. Resultados: Na pandemia, as médias de incidências de internações para o sexo masculino nos municípios de pequeno e grande porte decresceram 5,40% e 2,96%, e nos de médio porte aumentaram 6,37%. Ademais, na faixa etária de 20 a 29 anos, as internações nos municípios de pequeno, médio e grande portes tiveram frequências de 34,96%, 39,72% e 39,21% e os óbitos de 27,08%, 23,64% e 25, 93%, respectivamente, no ano de 2020. Conclusões: Apesar dos declínios na pandemia, o estudo mostrou que o sexo masculino ainda predomina nas internações por acidentes com motocicleta, possivelmente, causados pelo aumento de velocidade e desvio da atenção ao utilizar o celular durante serviços de delivery.
Objetivo: analisar o perfil epidemiológico dos casos de neoplasia do sistema respiratório que foram diagnosticados e tratados nos anos de 2017 a 2019 e comparar com os casos ocorridos durante a pandemia da COVID-19 no Brasil. Método: estudo transversal com dados de neoplasia maligna da traqueia, dos brônquios e dos pulmões fornecidos pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde. Os casos foram coletados e analisados conforme a modalidade terapêutica e o sexo, por meio da incidência anual para cada região brasileira, comparando-se o período da pandemia e os anos de 2017, 2018 e 2019. Resultados: durante a pandemia, nos casos de neoplasias do sistema respiratório, que acometeram o sexo masculino, foram observadas reduções da realização de procedimentos terapêuticos em todas as regiões brasileiras, notando-se, principalmente, diminuições de 68,22%, 19,58% e 57,24% dos casos tratados com cirurgias, quimioterapia e radioterapia na Região Nordeste. Nos casos de neoplasias que acometeram o sexo feminino, foram detectados aumentos de cirurgias e reduções de radioterapia em todas as regiões federativas, notando-se, principalmente, um aumento de 64,03% e uma redução de 59,73%, respectivamente, dos casos tratados com cirurgia no Centro-Oeste e com radioterapia no Sudeste. Conclusão: o remanejamento dos tratamentos está correlacionado aos aumentos e às reduções dos casos tratados de neoplasias do sistema respiratório. Nesse contexto, os serviços de saúde devem adotar medidas para reduzir a exposição e a contaminação dos indivíduos com a COVID-19, de modo que os tratamentos oncológicos não sejam afetados, e evitar desfechos graves.
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Background: Stroke is one of the main causes of death, disability and hospitalization. Although more prevalent in adults and the elderly, it has increased in young people for stress, poor diet, excessive alcohol and sedentary lifestyle. This study is justified because the restrictions in the pandemic, such as social isolation, reduced access to health services, have changed people’s behavior in relation to health care. This can cause the delay in medical care, leading to negative outcomes. Objectives: Analysis of home deaths for stroke, in Brazil, in the pandemic by age intervals. Design and Setting: Cross-sectional study in Federal University of Uberlândia. Methods: Study of home deaths from stroke, based on the Portal de Transparência do Registro Civil (ARPEN). Analyzing a previous context and during the pandemic, the percentage variations by age group between 2019 and 2020 were compared. Results: In 2020, 15,777 home deaths were recorded, while 2019 there were 12,349, representing an increase of 27.76%. In 2020, all age groups analyzed, there were increases in relation to 2019, the most expressive were: 0-9 years (76%), 10-19 (32.14%), 60-69 (28.12%), 70-79 (36.35%) and 80-89 (29.97%). Conclusions: Medical support in the first hours of symptoms is essential. The delay in care can delay the diagnosis, make the use of medications unfeasible, due to the door-to-needle times, as well as increasing home deaths. Thus, it is important to guide the population in the identification of signs and symptoms, to knowledge about the need for immediate hospital care, even in the pandemic.
Introdução/Objetivo A pandemia da COVID-19 tem imposto grandes mudanças para o mundo, entre elas, o manejo e o diagnóstico de pacientes com essa enfermidade, que se tem mostrado um desafio ainda a ser superado, visto a alta transmissibilidade da COVID-19 e a similaridade dela com outras enfermidades como a Influenza. Dessa forma, o objetivo deste estudo é analisar variáveis como internações, mortalidade e gastos hospitalares referentes à Influenza no período da pandemia da COVID-19 e proporcionar medidas para se enfrentar essa e futuras pandemias. Métodos Com base no sistema de dados da plataforma DATASUS realizou-se um estudo epidemiológico descritivo, em que foram coletadas informações sobre o número de internações, taxa de mortalidade, óbitos por faixa etária e gastos totais com hospitalizações, por influenza, no Brasil, de janeiro a setembro dos anos de 2017, 2018, 2019 e 2020. Procedeu-se à análise percentual e média dos dados, comparando a média dos últimos três anos ao ano de 2020, ano de pandemia. Resultados Durante a pandemia da COVID-19, foram observadas 2147,11 internações, 6,59% de mortalidade nas internações e R$ 2.284.781,40 gastos com internações por gripe influenza. Esses números representam aumentos de 29,62%, 74,93% e 78,2%, respectivamente, nas médias de 1656,51 internações, de 3,77 % na taxa de mortalidade e do valor total de R$ 1.282.138,43 gastos com internações pela gripe influenza, os quais foram observados nos primeiros nove meses dos anos de 2017 a 2019. No ano de 2020, as faixas etárias de 80 anos ou mais, 70 a 79 anos e 60 a 69 anos obtiveram, 428, 329 e 258 óbitos, que representam, nessa ordem, aumentos de 72,85%, 179,6% e 268,57%, em comparação aos últimos três anos. Conclusão O atual estudo cumpriu seus objetivos, com o foco na análise da situação do vírus influenza, no período da pandemia em 2020 e os três anos anteriores, verificando o aumento das internações, taxa de mortalidade e dos gastos hospitalares. Também, buscou analisar as dificuldades no diagnóstico e de coinfecções com a influenza, juntamente com a pandemia da COVID-19, o que causou atraso nas notificações e confirmações dos casos que, consequentemente, resultou em mortes e piores desfechos dos casos clínicos. Embora seja uma pandemia da atualidade, foi possível analisar a necessidade de maiores preparos para esse cenário, com investigações e monitoramento de cepas virais, para haver posteriormente medidas de prevenção e controle.
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