Corupira: mau encontro, tradução e dívida colonial é o primeiro livro de Alexandro Silva de Jesus, professor adjunto do Departamento de Antropologia e Museologia da Universidade Federal de Pernambuco. Sua relação com o Corupira, contudo, não é atual. No ano de 2013, Jesus, junto a colegas de universidade, fundaram o grupo Curupiras: colonialidade e outras epistemologias (conferir também seu artigo Curupira: ensaio sobre tradução e dívida colonial (JESUS, 2016).
RESUMOO objetivo deste artigo é apresentar uma reflexão sobre a experiência de moradores e moradoras do bairro de Ouro Preto (PE) que estão lidando com a suspeita de contaminação pela Covid-19 no que tocam os diagnósticos, a prevenção e o tratamento da doença. A partir da etnografia com ênfase online, mas também a partir da observação participante, foram selecionados quatro casos diferentes para esse estudo de caso. O aporte teórico parte do pragmatismo de William James e da antropologia de Bruno Latour em diálogo com a antropologia de epidemias e da biossegurança. Os resultados encontrados indicam que a sintomatologia só é eficiente e consensual quando dentro das instituições científicas e de suas redes, mas que fora delas, os agentes se encontram em um ambiente de incertezas e dúvidas, recorrendo, às vezes por medo ou conveniência, a outras alternativas para o autodiagnóstico.Palavras-chave: Covid-19. Etnografia-online. Experiência. Ouro Preto. Sintomatologia. Impacts of Covid-19 in Olinda (PE): ethnographic notes on people whith suspect of contaminationABSTRACTThe objective of this article is to present a reflection on the experience of residents of the neighborhood of Ouro Preto (PE) who are dealing with the suspicion of contamination by Covid-19 in what concerns diagnosis, prevention, and treatment of the disease. From the ethnography with online emphasis, but also from the participant observation, four different cases were selected for this case study. The theoretical contribution is based on the pragmatism of William James and the anthropology of Bruno Latour in dialogue with the anthropology of epidemics and biosecurity. The results found indicate that symptomatology is only efficient and consensual when within scientific institutions and their networks, although outside them agents find themselves in an environment of uncertainties and doubts, sometimes resorting to other alternatives for self-diagnosis, out of fear or convenience.Keywords: Covid-19. Online-Ethnography. Experience. Ouro-Preto. Sintomaptology.
Este ensaio reflete sobre o tema da agência não humana a partir de uma pesquisa de doutorado, em andamento, cujo objetivo é investigar os impactos ou efeitos da covid-19 sobre os hábitos cotidianos, interações sociais e interações humano-ambiente de munícipes olindenses do bairro de Ouro Preto, Pernambuco. Tomando o debate sobre agência entre Alfred Gell, Tim Ingold e Bruno Latour, sugere-se que o assunto pode subsidiar pesquisa online, principalmente diante de um período de pandemia e isolamento social.
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