INTRODUÇÃO: Historicamente, a medicina caminhou paralelamente aos valores humanísticos até que as bases científico-tecnológicas desenvolvessem importantes conhecimentos, dando ao atendimento humanizado, por vezes, uma posição secundária. Apenas nas últimas décadas, vem-se pensando em maneiras de conciliá-los. Neste contexto, acadêmicos da Universidade de São Paulo (USP) criaram o MadAlegria, no qual a figura do doutor-palhaço atua no desenvolvimento da empatia e da abertura para a escuta e o diálogo com pacientes adultos por meio do lúdico. MATERIAIS E MÉTODOS: Alunos da área da saúde caracterizados como doutores-palhaços visitaram pacientes hospitalizados. Em 2011, o projeto contou com 38 voluntários que atuaram semanalmente no Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp); no ano seguinte, o projeto se expandiu para outras enfermarias do Complexo do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP). Paralelamente, foram realizados estudos para conhecer o impacto da atuação do doutor-palhaço sobre pacientes adultos, profissionais da saúde e alunos que participam do projeto. RESULTADOS: Os resultados preliminares de estudo com os acadêmicos sugerem que eles adquiriram habilidades de comunicação e ampliaram a visão do paciente. CONCLUSÃO: Futuras pesquisas poderão elucidar mais detalhes a respeito dos benefícios do treinamento na saúde mental dos estudantes envolvidos.

Objective: To conduct a meta-analysis of Theory of Mind studies exclusively in euthymic patients with bipolar disorder. Method: After the exclusion of studies evaluating symptomatic patients during acute episodes, we performed a meta-analysis including a total of 30 studies, comparing 1294 euthymic bipolar disorder patients and 1116 healthy controls. Results: Patients with bipolar disorder presented a significant impairment in Theory of Mind performance when compared to controls (Hedge’s g = −0.589, 95% confidence interval: −0.764 to −0.414, Z = −6.594, p < 0.001). When compared to controls, Theory of Mind was impaired in patients with both bipolar disorder I (Hedge’s g = −0.663, 95% confidence interval: −0.954 to −0.372, Z = −4.462, p < 0.001) and bipolar disorder II (Hedge’s g = −1.165, 95% confidence interval: −1.915 to −0.415, Z = −3.044, p = 0.002). Theory of Mind impairments were also significantly more severe in verbal tasks (Hedge’s g = −1.077, 95% confidence interval: −1.610 to −0.544, Z = −3.961 p < 0.001) than visual tasks (Hedge’s g =−0.614, 95% confidence interval: −0.844 to −0.384, Z = −5.231, p < 0.001) when compared to controls. Conclusion: The results obtained confirm that Theory of Mind is impaired in remitted bipolar disorder patients, being a potential endophenotype for bipolar disorder. Moreover, we found higher deficits in verbal Theory of Mind, compared with visual Theory of Mind. Since most studies were cross-sectional, there is a need for longitudinal studies to evaluate whether the deficits detected in Theory of Mind are progressive over the course of the illness.

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