resumo: Um projeto de paternidade conjugal se vê por vezes impedido em razão de esterilidade ou de hipofertilidade, conduzindo assim o casal a iniciar o processo de uma adoção. Nesse contexto, tornar-se pai toma vias pouco habituais, o que alimenta um imaginário partilhado do qual emerge toda uma cadeia de representações e sonhos em torno do filho adotivo. Propomos, neste artigo, uma reflexão atrelada à exploração das questões psíquicas conjugais e familiares mobilizadas quando de uma filiação adotiva, ocorrida na França. Trata-se de pensar como, "entre mito e realidade", se organiza a construção do laço entre pais e filhos. palavras-chave: adoção; mito; criança salvadora-salva; família.AbstrAct: Adoption and myth: the destiny of the "family myth" in the contemporary family scene. Study from a case of adoption in France today. A marital paternity project is sometimes hindered due to sterility or low fertility, leading the couple to begin an adoption process. In this context, the pathway to parenthood may be unusual, which feeds a shared imaginary from which a whole chain of representations and dreams around the foster child emerges. In this article we propose a reflection linked to the operation of psychic marital issues and family mobilization in a case of an adoption that took place in France. We consider how, "between myth and reality", the bond between parents and children is organized.
Num painel produzido durante uma oficina de artesanato e fuxico por moradores e cuidadores do Residencial Terapêutico Morada São Pedro 5 , em Porto Alegre, vemos, em uma simples figura, a complexa teia de imagens, forças, riscos, excitações,
O artigo aborda o processo de produção de narrativas escritas sobre as cenas vividas no cotidiano dos residenciais terapêuticos, como registro histórico desse momento singular da reforma psiquiátrica em que trabalhadores de saúde mental e seus usuários deixam os manicômios e ocupam os residenciais. Em seus desdobramentos, investiga os efeitos produzidos pelo exercício compartilhado da escrita sobre a percepção de si e as práticas de cuidado desses trabalhadores.
RESUMOEste ensaio faz uma leitura do documentário Ônibus 174 (Brasil, 2002, direção de José Padilha), ensaiando alguns recortes sobre a construção midiática e intelectual de leituras e interpretações correntes de um fato social. Para tal empreitada, se utiliza especialmente das teorizações de Jean Baudrillard sobre a questão dos simulacros e de Gilles deleuze sobre a sociedade de controle.Palavras-chave: ônibus 174; simulacros; sociedade de controle; mídia e sociedade; fato social. ABSTRACTthis paper makes a brief reading on the documentary Bus 174 (Ônibus 174, Brazil, 2002, direction by José Padilha), aiming to build some bridges between the mediatic and intellectual construction of readings and interpretations about a social fact. For this, it uses specially Jean Baudrillard's theory on simulacres and Gilles deleuze's on control society.Keywords: the Bus 174 affair; simulacres; control society; mass media and society; social fact. Introdução"O que leva alguém a fazer o que faz?" -essa talvez seja a pergunta repetida por muitos através da banal e ordinária surpresa que temos ao ver acontecimentos de feroz violência sendo repetidos em nossos meios de comunicação. Com os sons e as cores da televisão, nossos mais assustadores pesadelos noturnos e cenários imaginados por romancistas e cineastas parecem até se abrandar, tamanha envergadura da violência apresentada a nós diariamente. Nossas salas têm recebido inúmeras, e cada vez mais frequentes, dessas cenas.Um dos episódios mais marcantes de nossa sociedade talvez tenha sido o do Ônibus 174, naquele fatídico dia do mês de junho do ano 2000, passado na cidade do Rio de Janeiro. Essa iniciava uma de suas comuns tardes urbanas quando mais um assalto se iniciou, dessa vez o de um ôni-bus da rede pública de transporte. Muitos dos passageiros provavelmente já haviam vivido aquela mesma cena: um assaltante tenta levar todo o dinheiro e vales-transportes do cobrador e, talvez, ainda pudesse carregar consigo alguns dos pertences e valores daqueles que assistiam ao ocorrido de suas poltronas. No entanto, algo heteróclito se passou: a polícia interveio naquele banal crime que, usualmente, passaria quase despercebido. a partir daquele instante, todos conhecem a pluralidade de versões do ocorrido, paulatinamente noticiado e discutido na mídia, presente no local através de redes de televisão, rádio e jornalismo impresso. O dramático "sequestro" foi transmitido ao vivo e em rede nacional por inúmeras emissoras, ganhando logo fama internacional pela alcunha de Ônibus 174.
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