Purpose To analyze the therapist-subject with aphasia interlocution in the process of interpretation and organization of comics. Methods Cross-sectional study of a qualitative nature. The data are from audio-recorded enunciative situations and presented descriptively by interlocution charts (A1-T1) and (A2-T2), registering activity with Comics, held at a meeting of the Interdisciplinary Group of Coexistence (GIC) in which subjects with and without aphasia participate. The interlocution between two therapists in training (T1 and T2) and two subjects with aphasia (A1 and A2) is analyzed. Results: The interlocutions between A1-T1 and A2-T2, which occurred during the process of organization of the comic, show different positions of the therapists regarding the ear and the narrated. A1 is recognized by T1 as a subject of language as the therapist promotes disjunction, that is, it directs A1 to the condition of speaker; the same does not occur with A2 and T2, because the former is not recognized as a subject of language, since T2 remains in conjunction, not giving A2 speaking space. Conclusion Benvenistian enunciation is configured as a theoretical and methodological resource for analysis and clinical intervention with subjects with aphasia; the context of group coexistence imposes itself as a locus of care and training for the different areas of attention to people with aphasia, articulating, interdisciplinary, aspects of enunciation to therapeutic practice.
RESUMO Objetivo Analisar a interlocução terapeuta-sujeito com afasia no processo de interpretação e organização de história em quadrinhos. Métodos Estudo transversal, de natureza qualitativa. Os dados coletados foram de situações enunciativas audiogravadas e apresentadas descritivamente por quadros de interlocução (A1-T1) e (A2-T2), registrando atividade com Histórias em Quadrinhos (HQ), realizada em encontro do Grupo Interdisciplinar de Convivência da instituição, do qual participaram sujeitos com e sem afasia. Analisou-se a interlocução entre duas terapeutas em formação (T1 e T2) e dois sujeitos com afasia (A1 e A2). Resultados As interlocuções entre A1-T1 e A2-T2, ocorridas durante o processo de organização das HQ, evidenciaram posicionamentos diferentes das terapeutas, no que tange ao ouvido e ao narrado. A1 foi reconhecida por T1 como sujeito de linguagem, à medida que a terapeuta promoveu a disjunção, ou seja, encaminhou A1 à condição de locutor; o mesmo fato não ocorreu com A2 e T2, pois o primeiro não foi reconhecido como sujeito de linguagem, já que T2 manteve-se em conjunção, não conferindo lugar de fala a A2. Conclusão A enunciação benvenistiana configura-se como recurso teórico-metodológico para análise e intervenção clínica junto a sujeitos com afasia. O contexto de convivência grupal impõe-se como lócus de cuidado e formativo para as diferentes áreas de atenção às pessoas com afasia, articulando, interdisciplinarmente, aspectos da enunciação à prática terapêutica.
RESUMO Objetivo Analisar a Qualidade de Vida de sujeitos com afasia participantes de um Grupo Interdisciplinar de Convivência. Método estudo transversal e quantitativo. Os participantes foram submetidos a dois questionários: um semiestruturado, desenvolvido para a caracterização dos sujeitos e o outro o World Health Organization Quality of Life Scale – Bref (WHOQOL-Bref) para identificação da Qualidade de Vida (QV) dos mesmos. A análise dos dados foi realizada de modo descritivo. Resultados Foram entrevistados oito sujeitos com idade entre 35 e 78 anos e escolaridade variando entre Ensino Fundamental Incompleto e Superior Incompleto. A ocupação predominante na amostra foi a de balconista e a renda variou entre um e quatro salários mínimos. O tempo de lesão cerebral variou de três a 10 anos, causada predominantemente por Acidentes Vasculares Cerebrais decorrentes de Hipertensão Arterial Sistêmica. Quanto ao WHOQOL houve importante variação entre os sujeitos nos quatro domínios (físico, psicológico, social e ambiental). No entanto, a maioria pontuou acima de 70 pontos. Para todos os sujeitos, o Grupo de Convivência foi identificado como espaço de produção de vida e saúde sendo motivador para a busca de outros atendimentos. Conclusão Os sujeitos eram adultos e idosos pertencentes à classe econômica média baixa; apresentavam condições crônicas de saúde, comprometimento da expressão verbal e longo período de acompanhamento das necessidades de saúde. O WHOQOL-Bref revelou que cinco sujeitos perceberam suas condições de vida/saúde favoráveis, no entanto, destacaram convívio social reduzido. O Grupo de Convivência configurou-se como importante espaço para melhoria de QV.
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